*•••[13 - chorar ]•••*
Ainda pela floresta, seguindo seu amigo, Camille pisava as folhas velhas e rugosas com passos fortes, — Mostrando bem por onde caminhava.
Olhando para a frente, pode ver as costas de Laurent. O garoto ainda não havia aberto a boca para falar novamente. E isso era estranho. Camille sabia que ele adorava contar histórias, falar e conversar.
Aumentando seus passos, ela se colocou ao lado dele e pousou suavemente uma de suas mãos no ombro do garoto.
— Não liga para eles. — Falou, a Gauthier, querendo que ele esquecesse as palavras das outras crianças. — Eles não sabiam o que estavam falando.
Laurent desviou o olhar para sua amiga, mas por segundos.
— Sabiam sim. — Confirmou, voltando a olhar o chão de um jeito triste. — Estavam rindo na minha cara.
— Não, não, é que..
Ela parou. Parou no instante em que percebeu que não havia palavras certas a dizer. Aquelas crianças estavam fazendo bullying com Laurent e ele percebeu isso.
Mas Camille só queria que ele esquecesse isso. Mas estava parecendo que tudo dava errado.
Laurent, baixando o olhar para a loira, acabou soltando uma pequena risada seca ao perceber a inexpressividade no rosto dela.
— Até você sabe que eles estavam rindo de mim.
— Eles só tem inveja da sua história. De como seu pai salvou França. — Ela logo remendeu, querendo ver um sorriso no rosto de Laurent.
Levantando uma sobrancelha, o garoto sabia que ela não falava a verdade. Descobrio pelo rosto dela que era apenas uma forma de o animar. Deu de ombros, passando a caminhar de um jeito lento para acompanhar Camille.
Depois de pensar por momentos, virou-se para ela.
— Você tem sorte. — Afirmou ele.
— Sorte? — Perguntou, a Gauthier, confusa.
— Sim. — Laurent continuou. — Pelo menos você tem um pai vivo. Você tem um pai.
Ao ouvir aquelas palavras, o corpo de Camille automaticamente paralisou no meio daquela floresta. A simples questão sobre o pai dela a fez congelar. Seus olhos ficaram marejados enquanto olhava para todo o lado para não chorar.
Sua mente ficou branca, quando regressou ao passado e emergiu em seus pensamentos:
"Camille estava lendo um livro do lado de fora, perto de um parquinho da comunidade onde vivia com seu pai, sua tia e seu tio.
Hoje era um daqueles dias em que sua tia e seu tio iam caçar, trazer novos recursos para o lugar onde chamavam de "lar". Então, no exterior, ela só tinha que ficar com seu pai e não sair da comunidade.
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Found family • Daryl Dixon
TerrorA chegada de Daryl Dixon à França desencadeia uma violenta cadeia de eventos que inadvertidamente coloca em perigo um jovem no centro de um crescente movimento religioso. Mas Daryl se junta para cumprir seu trabalho de mensageiro. Com o passar dos m...