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Sinto meu peito doer com tamanha dor, meus pulmões pareciam fraquejar com a falta de ar, minhas pernas bambas e sem força para suportar o peso do meu corpo. A sensação de euforia e sufoco me matava aos poucos, eu queria poder mudar o cenário e dizer que ganhamos, mas isso era algo totalmente ao contrário do que eu esperava. Minha cabeça começou a girar, eu quase não conseguia identificar o que era ou não real, eu estava esgotada fisicamente, e aquela aflição que crescia dentro de mim esmagando meu peito era impossível de descrever exatamente o que eu sentia, mas entre tudo que eu sentia o pânico que se alastrava em mim era forte e um sentimento de fácil identificação.
Eu sabia que era furada me juntar aos Winchesters assim que os conheci, o sobrenome muito bem conhecido entre os caçadores e o mundo sobrenatural tinha diversos tipos de famas, desde de melhores caçadores até o mais cruel odiados por todos os mundos. Todos que se aproximavam deles se machucavam ou não tinham um final feliz e sendo bem sincera e verdadeira a vida de um caçador não tinha um final feliz, vivíamos a base de não saber se amanhã teríamos um dia seguinte. E parece que hoje, ajoelhada diante da destruição que precisava, parece que não teremos mais um amanhã. Meu peito doía enquanto a ansiedade se alastrava, meu corpo em estado de alerta e cansaço não me permitiam agir corretamente, meus joelhos doíam a ponto de não conseguir mais levantar e lutar, eu só precisava e queria desistir.
Eu estava tensa, desiludida e minha fé de que sairíamos vivos ou inteiros já estava se esgotando mesmo eu lutando com força para me agarrar no resto de esperança que havia dentro de mim. Mas, até para isso estava difícil.
── Não me olhem assim, crianças. — A personificação de mal em pessoa falou enquanto sorria gentilmente. — Eu vou ficar triste com vocês.
Seu sorriso era maldoso enquanto nos olhava, era como se ele brincasse de uni duni tê conosco e seu olhar parou em mim e ele piscou seu olho e levantou uma mão em minha direção a curvando como se estivesse me enforcando. Levei as mãos ao pescoço tentando respirar, mas aquela pressão fechando minha garganta e impossibilitando a passagem de ar me fazia engasgar juntamente com a dor. Minhas forças foram se esvaindo aos poucos e meu corpo caiu no chão ainda sentindo a pressão dos poderes de Lúcifer ao me sufocar.
── Deixa ela em paz! — A voz de Castiel carregou uma raiva que eu nunca havia visto antes. Seu corpo se chocou contra de seu irmão o jogando no chão e fazendo aquele aperto em minha garganta parar instantaneamente.
Tossi descontroladamente puxando o ar com força e sentindo dor ao receber oxigênio em meu corpo, minha cabeça doía com a pressão e minha visão já estava turva. Nós vamos morrer bem aqui, no meio do nada. Sam e Dean também já estavam em seu limite, a surra que levamos quase nos matou, feridas e alguns cortes feios tiraram nossas forças. O único que continuava a ter forças para uma briga era Cass que lutava bravamente com seu irmão e nós não podíamos fazer nada, eu já não aguentava mais fazer nada e era muito doloroso falar que enquanto estávamos no chão sentindo a humilhação nos abraçar, desistimos ali por falta de opção.
