Índris: O Reino das Sombras e dos Mistérios

Capítulo 2 💚

°20 anos depois °

Pov's Nicolas

Eu me sentia deslocado no meu próprio lar. Mesmo sendo um príncipe, nunca me adaptei à vida da realeza. Parecia que algo estava faltando, que eu estava incompleto desde que minha mãe se foi. As coisas mudaram muito depois da sua morte, e o meu pai nunca mais foi o mesmo. Ele tentava conviver com a saudade, mas eu via a tristeza em seus olhos. Às vezes, ele vinha ao meu quarto para conversar comigo e eu aproveitava para perguntar sobre ela. Ele me contava histórias de como eles se amavam e como ela era sua alma gêmea. Eu me perguntava se um dia eu encontraria a minha. Eu sentia que ela estava por aí, em algum lugar, mas como um príncipe, o meu dever era com o reino. Isso era o que o meu pai sempre me dizia: "Para um herondyle, a prioridade sempre tem que ser o reino e todo o resto tem que ficar em segundo plano, até mesmo o amor".

- Se você ficar voando nos seus pensamentos, vou acabar ganhando de você - Ema disse, vindo na minha direção com um bastão de madeira. Ela tentou me acertar, mas eu consegui desviar e bater no seu bastão, fazendo com que ela se desequilibrasse e caísse.

- Bom, parece que até mesmo com os meus pensamentos longe eu ainda consigo te vencer. Essa já é a terceira vez - eu disse, debochando dela.

- Ha, ha, ha, como você é engraçadinho. Por que não para de debochar da minha cara e me ajuda a levantar, como um cavaleiro faria? Será que as suas aulas de boas maneiras não estão te dando a educação que deve? - ela disse, estendendo a mão para mim.

- Bom, para sua informação, as minhas aulas de boas maneiras estão excelentes - eu disse, indo até ela para ajudá-la a levantar.

Quando eu cheguei perto dela e peguei na sua mão, ela me puxou com força e eu acabei caindo do seu lado. Ela se colocou em cima de mim com o bastão e o encostou no meu pescoço.

- Você sempre acaba caindo no mesmo truque. Se fizer isso na batalha, seu pescoço já era - ela disse, com um sorriso vitorioso.

Antes que ela percebesse, eu usei a minha força sobrenatural e inverti as nossas posições, ficando por cima dela e imobilizando os seus braços.

- Como diz o meu pai, nunca dê um herondyle por perdido, minha querida Ema - eu disse, retribuindo o sorriso e olhando nos seus olhos verdes, que sempre me chamaram a atenção.

Ema e eu crescemos juntos. Meu pai a acolheu depois que os seus pais morreram na guerra, defendendo o nosso reino. Desde então, ela vive conosco e o meu pai a trata como uma filha. Somos melhores amigos desde sempre, mas apesar disso, eu não consigo vê-la só como uma amiga.

Há alguns meses, eu venho notando a forma diferente que eu olho para ela, mas eu tenho medo de arriscar e confessar os meus sentimentos. Eu já perdi pessoas demais para perder ela também. Eu gostava de passar o tempo com ela, mas ultimamente eu sentia algo mais do que amizade. Eu não sabia se ela era a minha alma gêmea, como a minha mãe era para o meu pai, mas eu tinha medo de arriscar e perder a nossa amizade.

- Se você ficar voando nos seus pensamentos, vou acabar ganhando de você - Ema disse, vindo na minha direção com um bastão de madeira. Ela tentou me acertar, mas eu consegui desviar e bater no seu bastão, fazendo com que ela se desequilibrasse e caísse.

- Bom, parece que até mesmo com os meus pensamentos longe eu ainda consigo te vencer. Essa já é a terceira vez - eu disse, debochando dela.

- Ha, ha, ha, como você é engraçadinho. Por que não para de debochar da minha cara e me ajuda a levantar, como um cavaleiro faria? Será que as suas aulas de boas maneiras não estão te dando a educação que deve? - ela disse, estendendo a mão para mim.