𝒞𝖺𝗉. 02

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SANJI SENTIU-SE satisfeito ao finalmente se deitar em sua cama.
Apensar de todos os benefícios de trabalhar para a realeza, ele visitava sua própria casa e morava no trabalho - literalmente - .

O quarto que dividia com alguns dos cozinheiros não era ruim, mas não há nada que supere o próprio lar.
Sanji foi atingido pela ventania terrível da madrugada, assim percebendo que a janela ainda se encontrava escancarada.

Quando acabou o vento, ele se debruçou na janela, observando as vazias ruas de Kuraigana. Algumas tendas sendo desmontadas, garotinhos e garotinhas entrando em casa após um dia inteiro de brincadeiras.
Tinha saudades desse tempo.

Devido as condições em que vivia, começou a trabalhar com seu pai no momento em que cruzou a linha dos doze anos. A maioria das crianças gostou muito disso. Sanji admitia que, foi uma criança muitíssimo chata.

- Berinjelinha? Saia daí, quer pegar um resfriado seu idiota? Sua idade mental não passou dos cinco anos por acaso? -

- Ah, oi velho! Pensei que ia apodrecer lá. Uma pena que voltou. -

- Eu só fui buscar meu pagamento, seu insolente. -

Sanji riu junto ao seu pai. Aquelas briguinhas cotidianas ficaram mais engraçadas á cada ano que passava.

- Como foi sua primeira experiência no castelo? - Questionou, guardando parte da que havia pego nos armários.

- Assustador! Eu não sabia que você trabalhava tanto! -
Sanji respondeu. - Mas, oque realmente me fez temer a vida.. -

- Zoro? Eu conheço aquele idiota a tanto tempo que já até o ajudei a limpar a bunda. - Sanji riu alto, se jogando na cama de seu lado do quarto. A casa em que viviam era muito pequena.
Mas era um lar. - Ele não é tão medonho assim, não para esse velho aqui -

- E, como era o temído Roronoa Zoro com seus cinco anos? - Questionou, vendo o velho se sentar ao seu lado, com uma vasilha de barro repleta de pequenas mãozinhas marcadas. Lambrava-se bem do dia em que ele e Zeff a fizeram.
O velho homem descascava algumas batatas para o jantar, com uma faca quase cega e mãos enrugadas e machucadas.

- Bem, ele era o Zoro que você conheceu, apenas mais achatado.. Um garoto irritante que eu ajudei a domesticar, confiante, aventureiro, testudo... - Contava, causando risadas ao seu único filho. - Ele ainda é assim, um pouco mais sombrio e com uma testa um pouco menor.

Zeff era um velho muito bem humorado.

- Mas, diga-me berinjelinha, porque ele te chamou aquele dia? - Curioso, ele questionou.

Sanji pensou naquele momento novamente. O imperador estava sério, mas ele via aquele brilho em seus olhos, toda vez que eram direcionados a si.
- Eu.. hum... Não sei dizer, velho. Avisou-me que a comida estava saborosa, e me dispensou. -

- Oh.. - O homem acariciou a barba trançada, característica estranha e específica de Zeff.
- Então, ele não tem problemas com você. -

- Isso é bom, eu acho. -

O restante da noite foi como qualquer outra de uma família de classe baixa, mas feliz: Tranquila, e aconchegante.
Da forma como eles conseguiam ser felizes, apesar da falta de dinheiro.
O pai e filho não precisavam de nada mais que um ao outro para serem felizes.

[ . . . ]

ERA OUTRA MALDITA VISITA DE WANO. Zoro descansava no enorme trono real. Observando pela vidraçaria do castelo, a carruagem do país de Wano se aproximar do castelo.
Wano era a segunda maior potência do continente asiático. Passou séculos sendo colonizado e teve o povo excravizado, mas graças a uma união de alguns reinos espalhados pelo mundo, foi liberto e é atualmente um país poderoso e famoso pela abundância natural produzida.
Tem uma trégua com aquela potência era mais que nessessário em caso de guerra, mas o único método que o imperador daquele país concordava em utilizar para o acordo, era o casamento de sua única filha Kozuki Hiyori, e o atual imperador de Kurainaga, Roronoa Zoro.

֞ 𝒯𝐇𝐄 𝐋𝐎𝐕𝐈𝐍𝐆 𝐄𝐌𝐏𝐈𝐑𝐄 ֥  ᆞ 𝗓𝗈𝗌𝖺𝗇Onde histórias criam vida. Descubra agora