𝒞𝖺𝗉. 07

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A TARDE ESTAVA QUENTE. Sanji caminhava apressadamente, sem se importar com os pequenos galhos e espinhos que acabava pisando, ou as folhas raspando em seu corpo a medida que seus passos aumentavam.
Olhou para trás, se escondendo perto à uma árvore alta.

Um barulho no topo da mesma chamou sua atenção.
- Ah, pensou que fosse mais rápido que eu, loiro? Surpresa! - Zoro, lá de cima, pulou. Agarrou o pulso de Sanji, que se debateu.

- Não, idiota! Não pense nisso, eu já disse que não quero! - Gritou.

Sem se importar, Zoro carregou Sanji em seu colo até a pequena cachoeira que outro dia eles estiveram banhando, pulando na água com Sanji lá.
Levando tapas e chutes do loiro, ele continuava o caminho sem se importar com isso, sorrindo do estresse alheio.
- Não ouse, Han! - Esbravejou Sanji.

- Ah, eu vou. Ou melhor! Nós vamos. - O imperador disse, arrumando o corpo de Sanji em seu colo, agarrando firmemente a pele leitosa, e ignorando os gritos do loiro, Zoro pulou na água fria e cristalina.

A primeiro momento, Sanji odiou tudo aquilo, mas colocar a cabeça para fora da água, percebeu que o outro havia feito um favor para ele.
Estava extremamente calor. Se em Kuraigana já era calor, aquela época do ano era ainda mais. Sanji esfregou os olhos, um pouco incomodado com o ardor que a água causou em seus olhos.

– Urg, qual parte de "não quero"  você não entendeu?! - Brigou, sacudindo o moreno enquanto o mesmo apenas ria da situação.

– Está calor. Me agradeça depois, querido. - Disse Zoro, sem se importar com Sanji estapeando seu peito.
O Imperador agarrou sua mão com cuidado, admirado com o quão bonita era.

Estava calor. Isso antes de você se atirar na água.. Oque está fazendo? - Questionou, quando Zoro continuava a admirar e acariciar suas mãos.

– Ah, olhando. Você tem mãos bonitas para quem vive na cozinha. - Elogiou, e Sanji ficou rubro.
– As minhas, são cheias de calos. Queria ter mãos bonitas como as suas. -

Sanji olhou paras as mãos de Zoro. Era orgulhoso, mas podia admitir, gostava delas. Eram quentes e apesar de tão fortes e calejadas, quando estavam sobre sua pele, se tornavam delicadas e cuidadosas.

– Não diga isso. Gosto delas. - Murmurou, cobrindo mais ainda o rosto com o cabelo quando abaixou o rosto. Não conseguia dizer isso olhando nos olhos de Zoro. Sanji sentiu seu rosto quente.

– P-podemos voltar? Eu não avisei que ia sair, meu pai deve estar preocupado.. - Sanji sugeriu, ainda com Zoro observando suas mãos tão profundamente.

O moreno sorriu.
– Vamos. -
E, após passar a tarde matando trabalho com Zoro novamente, eles caminhavam de volta para o palácio. Os guardas responsáveis pelos portões, quem sempre flagravam os passeios demorados de Sanji e Zoro, cochicaram entre si.
No começo, o loiro achava estranha a liberdade que Zoro tinha. Ele ia para lá e para cá o dia todo, nunca estando ocupado.

Suas roupas já estavam quase secas devido ao calor, e Zoro havia o coberto com seu corpo com a túnica vermelha e confortável, e todos novamente olhavam para ele com curiosidade.
Estava desconfortável naquela situação, tanto que esqueceu de Zoro ao seu lado.

E, parecendo perceber isso, ele esperou a atenção ser desviada para outra coisa, puxando Sanji para uma outra área do castelo, esta mais vazia.
Haviam enormes portas de madeira, que levavam a uma pequena sala de reuniões, com duas portas, uma a frente da outra.
Decorações de ouro e joias deixavam o local ainda mais bonito, e Sanji completamente impressionado.

– É aqui que ficam os aposentos reais. Só pessoas de confiança vem aqui, então, sinta-se onrado! - Zoro comentou. Estava certo, e Sanji com certeza ficava onrado com aquilo. Tinha muito sobre Zoro que havia aprendido neste pequeno tempo, como a forma que ele sabe em quem confiar, e o quanto confiava em si mesmo.

֞ 𝒯𝐇𝐄 𝐋𝐎𝐕𝐈𝐍𝐆 𝐄𝐌𝐏𝐈𝐑𝐄 ֥  ᆞ 𝗓𝗈𝗌𝖺𝗇Onde histórias criam vida. Descubra agora