UMA IMENSA CALMARIA tomava conta do local. A pequena casa tinha apenas espaço suficiente para que Sanji, Zoro e a médica da cidade estivessem lá.
Ao lado de uma cama simples no quarto do loiro, Zoro se encontrava sentado em uma cadeira, com o corpo quase todo apoiado na mesa ao lado.Passaram-se talvez uma ou duas horas, e mesmo com a insistência de Sanji - que outrora acordou, e agora lia um livro sentado na cama - para que ele voltasse ao castelo logo, Zoro preferiu ficar até que o tirassem de lá a força.
Sentia sono, e observar Sanji ler tão calmamente era quase um tranquilizante.
As vezes, ele sorria e o mostrava algo, e por mais que não fizesse a mínima ideia do que era nada ali, concordava com tudo. Também pedia para Zoro ler certas palavras para ele, as que não conseguia entender. Aquilo tudo era muito adorável.Sanji não era completamente alfabetizado, mas desde jovem praticava leitura, então tinha uma certa facilidade para ler. Mas, algumas coisas ainda sim eram confusas para ele, e a febre que ainda não havia se apagado completamente, deixou resquícios de uma dor de cabeça que não passava nunca.
A Doutora que os ajudou era Kureha, uma médica de muitos anos que cuidava de todos da cidade. Apesar de habilidosa, era astuta, e cobrava preços impossíveis de se pagar.
Ainda bem é claro, que Zoro estava lá.A mulher havia saído a certo tempo, indo até a própria casa que era afastada para buscar remédios.
Não havia descoberto completamente oque houve, mas disse que Sanji poderia estar com uma doença estrangeira.
E aquilo foi o épice da confusão para o Imperador.(...)
– Tenho boas e más notícias. - A mulher falou, após uma análise sobre oque Sanji tinha.
– Qual deseja ouvir primeiro, Majestade. -– Tanto faz, só conta logo! Eu quero saber oque ele tem. Zoro pediu, ansioso.
A mulher cruzou as pernas e os braços, sentando-se na beirada da cama.
– Sanji está vivo, e não há perigo de morte, não se eu tratá-lo logo. -– Agora, a notícia boa..? - Pediu
– Essa é a boa notícia.. - Ela falou, preocupando ainda mais o Imperador.
Tinha como piorar?
– A doença de Sanji não é comum. É algo genético, passado pela linhagem. E, não é daqui. Não tem nome, mas acho que posso te explicar. - Ela disse.– Essa doença surgiu no continente europeu pela primeira vez, à muito tempo. Mas os afetados eram apenas da mesma linhagem familiar, então acabou sendo, teoricamente exterminada quando todos morreram. Não sei como ele conseguiu isso, mas suponho que a mãe de Sanji seja uma estrangeira. Zeff é Kuraigano, correto? -
– Bem, eu suponho que sim. - Falou, preocupado.
Uma única resposta para aquilo era: A mãe de Sanji, seja lá quem for, era uma estrangeira.
– Kureha, isso tem cura? - Questionou, seriamente.– Bem, eu consigo tratar e retardar o avanço. Cerca de cinquenta anos, talvez. Mas para isso, eu preciso de equipamentos e remédios em certo. -
Zoro se levantou, olhando para Sanji, que dormia.
– Eu faço o possível para lhe ajudar. Diga-me, oque é nessessário? -
(...)
E agora, não sabia como Sanji contar para Sanji. A Febre passou graças aos remédios que ele recebeu, mas se o tratamento não começasse logo, voltaria ainda pior.
– Você.. Já havia notado algum indicador de que não estava bem? - Zoro perguntou.
O loiro fechou o livro, o encarando.
– Bem, eu senti uma fraqueza nos últimos dias, nada mais. -– Deveria ter avisado alguém! -
– Hm. Isso é normal. - Ele falou, nem imaginando oque viria a seguir.
– Kureha pediu para eu falar com você. Isso é coisa séria, Sanji. - O loiro desmanchou a face descontraída.
– Sua doença não é daqui. É um problema genético que nunca tivemos pela região, mas muitos dos europeus tiveram no passado. - Contou, assustando-o.
– O-oque? - Balbuciou.
– Exatamente. Você tem sangue estrangeiro. O Zeff é Kuraigano, correto? -
– Eu não sei.. Acho que sim. Então, teoricamente, minha falecida mãe é estrangeira? - Questionou, batendo as pontas dos dedos no livro sobre a cama.
– Pode-se tratar, mas não tem cura. -
– É óbvio que não tem cura, é genético, idiota. - Sanji murmurou.
– Você que é idiota. - O outro rebateu. Sanji apenas fez uma careta, revirando os olhos para ele.
– Bem, a Kureha foi buscar coisas nessessárias. Eu pedi que os curandeiros reais viessem, mas acho que meu pai não permitiu. - Falou, lembrando-se do motivo pelo qual estava tão estressado a pouco tempo.
– Isso é.. Loucura. Vai afetar meus movimentos ou algo assim? - Perguntou, preocupado.
– Eu não quero parar de cozinhar.. - Choramingou Sanji.Com tristeza no olhar, Zoro pegou sua mão, trazendo para perto de si.
– Olha, eu não sei. Pelo que ela disse, apenas ataca seu sistema imunológico. -– Oque é isso? - Indagou, fazendo Zoro se lembrar que ele não teve uma educação tão extensiva quanto a dele.
– As.. barreiras de defesa do seu corpo. Te deixariam fraco; mas com os remédios certos, Kureha disse que pode retardar esse processo. - Ele explicou, notando a decepção do loiro.
Por um lado, jamais desejaria experimentar ser diagnosticado com algo assim. Por outro, se pudesse, carregaria toda a dor e tristeza que Sanji sentia agora, apenas para vê-lo melhor.
– Sombrancelhinha, olhe para mim. - Ele pediu, segurando o rosto do mais novo com ambas as mãos. Sanji deixou o livro de lado, segurando nos braços de Zoro.
– Eu juro que farei de tudo para que essa doença não avance. Tudo oque estiver ao meu alcance. - Ele jurou, sem desviar o olhar de Sanji por nem um segundo. O loiro simplesmente não conseguiu parar de encara-lo.
Algo dentro de si ardeu como fogo. Sanji sentiu o estômago rebirar; era a mesma sensação de quando beijou Zoro.Queria responder alguma coisa, mas apenas apertou os braços fortes, seu coração palpitando intensamente.
– S-Sim.. Obrigado. -
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֞ 𝒯𝐇𝐄 𝐋𝐎𝐕𝐈𝐍𝐆 𝐄𝐌𝐏𝐈𝐑𝐄 ֥ ᆞ 𝗓𝗈𝗌𝖺𝗇
Fanfiction𝒵oro era agora um líder. E , ele precisa se casar. O amor e a bondade eram a ùltima coisa que lembrava o imperador. Roronoa Zoro, dono de um nome importante e um fardo muito pesado. Seu simples empregado, Sanji, que causava-o sensações ùnicas. Po...