UM POUCO DE CADA COISA. Sanji sentou-se na cama. Pensando. Ele observava Kureha preparar uma espécie de chá para ele, com ervas e frutas. O cheiro não era o mais agradável, longe disso; mas era nessessário.
Demorou muito para que Zoro aceitasse ir embora. O loiro insistiu tanto, que temeu que o moreno acabasse achando que ele o queria longe. Praticamente expulsou Zoro de sua casa? Sim, mas foi por um bem maior.
Faziam algumas horas desde o momento em que ele saiu.
- Senhora Kureha.. -
A mulher olhou por cima do óculos.
- Eu.. queria saber algumas coisas sobre essa doença. - Pediu, apreensivo.
A senhora continuou oque estava fazendo, esperando pelas perguntas.
Sanji encostou a cabeça na parede, olhando para fora. Já era noite.- Isso.. vai atrapalhar meus movimentos? - Perguntou, sentindo uma dor adiantada, por mais que a resposta pudesse não ser "Sim".
A grisalha se aproxima, entregando o chá para Sanji.
- Vai aliviar sua dor e febre. -
Ela explicou, e Sanji pegou o cupo. Tomou um gole, torcendo o rosto em uma careta.- Urg.. não é.. muito bom. -
- É um remédio, não tem que ser bom. - Respondeu. Sua voz tão ríspida que Sanji apenas se calou.
- Não vai. Você vai continuar cozinhado normalmente, se eu tratar. Mas, os sintomas vão aparecer aos poucos, até que a morte te leve. -
Ela disse, com certa leveza e certeza na voz. Isso assustou Sanji." Até que a morte te leve.."
- E... quanto tempo eu vou viver? - Perguntou.
- Acho que consigo fazer algo mais forte. Uns cinquenta, creio eu. -
Sanji suspirou, aliviado. Quer dizer, não totalmente. Não tem como ficar aliviado numa situação dessas.
- Hum.. Isso é bastante. -
Estava agradecido pela data. Não era exatamente seu plano morrer sofrendo, mas só o direito de aproveitar a melhor parte de sua vida era gratificante.Sanji terminou de beber o chá, deixando a xícara de barro na mesa. Kureha não recomendou mais nada, então ele concluiu que estava tudo bem até agora.
Sanji escorou a cabeça na janela, olhando para o céu e as estrelas. Ele se perguntava, oque será que aconteceria a partir de agora? Muitas coisas aconteceram em um curto período de tempo na vida de Sanji, e sendo sincero consigo mesmo, ele sabia que estava assustado.
A cada dia que se passava, seu futuro se tornava mais incerto e assustador.Ainda pensando no quanto sua vida mudou desde a primeira vez que colocou os pés naquele castelo, sua mente pousou em Zoro novamente.
Ele se sentiu um pouco mal por ter que manda-lo ir embora, e agora sentia falta de sua companhia. Sanji suspirou, desanimado.O barulho da porta principal chamou a atenção do loiro.
Ele olhou rapidamente para o lado, vendo Zeff entrar na casa com um caixote de legumes e um olhar claramente cansado.– Pai? -
O loiro mais velho imediatamente se virou para ele, deixando o caixote sobre uma mesa e se aproximando. Ele cumprimentou Kureha, que estava de saída, e voltou sua atenção ao filho.
Sanji se lembrou da história sobre sua doença, pretendendo explicar logo ao pai oque havia acontecido. Infelizmente, a coragem era pouca.– Berinjelinha.. Como você está, em? - O tom tão calmo e amoroso lhe era estranho. Bem, ele sabia que seu pai sempre se preocupou com ele e o amou, mas o costume daquela família não era ser tão carinhoso.
– Eu me sinto um pouco melhor. Minha cabeça ainda dói, mas estou menos fraco. - Explicou. Sua mão foi até a própria testa, esfregando levemente.
Zeff desviou seu olhar para o chão, acenando com a cabeça.
Ele se sentou na cama, perto do filho, observando a velha senhora sair.– Muito obrigado, senhora Kureha! - Sanji agradeceu, recebendo um aceno e logo depois a porta foi fechada.
O silêncio se instalou, deixando o nervosismo de ambos aparente a cada mísero olhar que trocavam.
– Olha, velhote, sobre minha saúde..- Ele começou. Suas mãos pousaram no colchão velho.
– Não se preocupe, eu sei de tudo. - Com a dor aparente em sua voz, Zeff esclareceu.
Sanji ficou alguns segundos em choque. A informação dando voltas e mais voltas em sua cabeça, enquanto a confusão voltava ao seus pensamentos.
– Você sabe? M-mas como? -
– Eu sou seu pai, oras. Eu.. sabia que hora ou outra, algo assim aconteceria. -
Após a explicação dele, Sanji não pode deixar de sentir raiva. Como ele sabia que Sanji teria problemas de saúde e nunca contou nada?!
– Espera, se sabia, porque escondeu isso de mim!? - Sanji questionou, aumentando seu tom de voz.
– Eu queria te proteger disso! -
Zeff disse, acompanhando o filho no volume de sua voz.– Como me proteger, se eu sabendo ou não, ainda sim terei que conviver com isso!? -
Ele questionou novamente, desejando explicações.– Se soubesse, ficaria chateado, idiota! Eu só não queria que sua vida acabasse antes da doença fazer isso por si mesma!! -
Sanji se calou, absorvendo as palavras de Zeff. Por um lado, ele estava certo em esconder isso, em tentar proteger seu filho da decepção e tristeza. Por outro, esconder uma informação tão importante era errado demais.
– É sério? V-você acha que eu não poderia lidar com isso!? - Sanji esbravejou, sem acreditar que seu próprio pai duvidaria de sua capacidade de lidar com problemas.
– Exatamente, pirralho! Não acha que já tem problemas demais!? -
Pensando nisso, Zeff também estava certo. Ele tinhas coisas demais em mente.
E novamente, Sanji ficou calado.– Eu...- Sanji começou, e ficou por isso mesmo.
– Descanse. Você precisa. -
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֞ 𝒯𝐇𝐄 𝐋𝐎𝐕𝐈𝐍𝐆 𝐄𝐌𝐏𝐈𝐑𝐄 ֥ ᆞ 𝗓𝗈𝗌𝖺𝗇
Fanfiction𝒵oro era agora um líder. E , ele precisa se casar. O amor e a bondade eram a ùltima coisa que lembrava o imperador. Roronoa Zoro, dono de um nome importante e um fardo muito pesado. Seu simples empregado, Sanji, que causava-o sensações ùnicas. Po...