Artigo 157

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Barão 🃏.
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   Olhei geral dentro da salinha, dado tava de canto na dele. Tomou um se liga  pra ficar suave das ideias.

Barão: quero laranjinha na ativa do 157 de novo -ele me olhou, geral na  verdade me olhou- laranjinha sempre foi nosso melhor 157, garoto começou com nove anos, foi o primeiro da tropa.

Barão: tu sabe que você faz isso como ninguém po! Só deixei tu de escantei por causa que toda vez tu tava na capa de jornal po. Agora é contigo de novo -encarei ele- banco central, papo de bilhões. Montem o plano, estudem eles. Tão liberados

Vi geral saindo comentando entre si, laranjinha permaneceu na sala e se sentou na cadeira.

Laranjinha: valeu pela confiança -apertou minha mão

Barão: cuidado, tu sabe a consideração que tenho contigo! Não seja tão maluco igual antes -ele riu e saiu

Laranjinha chegou pra mim com oito anos de idade, morava na rua, assaltava dinheiro pra comprar comida. Logo ele subiu pra rocinha, começou a trabalhar pra mim como assaltante de celular.

Depois foi entrando vários meninos, mais ele sempre se destacou. Cara botava a cara pra fora do carro e atirava em todos policiais que vinham atrás, nunca deu errado com ele.

No nome dele, deve ter papo de mais de quinhentos policiais mortos em perseguição. Todo dia era o rosto dele que estava na capa do jornal.

Ele sempre foi bom.

Laranjinha ✒️.

Olho pro mapa do banco central e me concentro nele. Abro o computador hackeando o sistema de segurança deles. Dezesseis câmeras, quatro guardas em cada andar. Até chegarmos no cofre é papo de dez minutos contados.

Comecei a ver todas as rotas de fugas possíveis caso ficássemos em curalados. Plano perfeito! Agora é só saber agir e ver o dia certinho. Quando eu ia acionar os meninos no grupo, vi a Anna passar pela porta de casa com mó cara de cansada.

Anna: não sabia que você estava aqui -se aproximou me dando um selinho- o que é isso?

Antes que eu consiga fechar ela vê, seu rosto já sobe com uma expressão nada boa ao me olhar.

Anna: é sério isso? -cruzou os braços- eu lembro muito bem quando você ia assaltar, seu rosto estampado em todas as capas de jornais

Laranjinha: isso é minha vida des de oito anos, tô parado disso a quatro, voltei de novo -ela não falou nada, apenas jogou a mochila no sofá e subiu pro segundo andar

Já sabia que isso ia ser problema pra minha cabeça. Mandei mensagem pra geral avisando como séria.

Pra não chegar direto em um assalto, planejei de nós ir roubando várias lojas no shopping amanhã, quero que eles saibam que eu voltei pro bagulho.

Peço uma pizza pra mim e pra madame, subo pro quarto. Vejo ela deitada com um pijama amarelo, com os cabelos molhados.

Laranjinha: po morena, que que foi? -deitei do lado dela sentido ela me abraçar, deitar a cabeça no meu peito- hum?

Anna: eu tô me sentindo estranha, meu dia foi péssimo! Eu só queria deitar e dormir -senti alguma coisa molhada no meu peito e percebi que ela estava chorando

Laranjinha: chora não morena -puxei ela pro meu colo parando a mão na cintura dela- pedi pizza pra gente, relaxa aí

Estiquei um pouco a cabeça dela iniciando um beijo gostosinho