49. você vem para o café da manhã?

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Fique, você não irá me deixar
Esse lugar é bem onde você precisa estar
E por que suas palavras significam tanto para eles
E elas não significam nada para mim?
Então fique, você não é o que está ouvindo
Porque tenho visto você mudar
De qualquer forma, quem disse que você é um em um milhão mesmo?

Porque você vê apenas o quê você quer
Sua visão limitada te domina
E você não pode ver o que está errado
Enquanto continua dormindo a noite toda
Olhos bem abertos quando está sonhando
Você é sonâmbulo, apenas continue falando
Talvez isso te livre desse problema
Você não tem um plano B
Apenas me diga o que você está pensando
Estou com medo de você cair

WAKE UP | Eden



LEON REED ST. JOHN ADORAVA a época das festividades do fim de ano. Era comum ter que reservar espaço na minha agenda para acompanhá-lo em algumas compras, alguns planejamentos e convites nessa época, e ele jurava que seus pais insistiam para que ele fizesse isso por eles. Desconfiei, portanto, no segundo ano morando aqui, questionei seus pais. Claro, descobri que era uma vertente de seus traumas, porque ele passou quase doze anos sem comemorar absolutamente nada - nem seu próprio aniversário. Leon sempre teve uma criança dentro de si, e ele a honrava atendendo tudo o que não teve em sua infância.

A árvore de natal seria grande e brilhante e a mesa da ceia, farta. Os presentes não eram necessariamente caros, mas eles eram sempre significativos. As resoluções sempre eram uma meta pessoal, e ele nos obrigava a fazer também. As tradições da virada de ano eram cumpridas a risca, porque se faltássemos com nossas promessas, o cara realmente tinha tiques nervosos.

Leon St. John pegava todo o espírito festivo que vinha com o mês de Dezembro e enfiava tudo, profundamente, dentro si, até que ele era o espírito da festa.

Nesse ano, quando a neve começou a cair, o espaço em minha agenda reservado aos planos festivos do meu melhor amigo ficou vago, dia após dia.

Eu disse a mim mesmo que tudo bem, porque ele tinha uma mulher com quem fazer seus planos nesse ano assim como eu tinha a minha, mas estivemos tão enraizados com essas tradições que eu apenas presumi que incluíriamos as meninas, não que eu seria removido do plano inteiro. Não era de todo ruim, porque isso deixou margem para que Gwen e eu alimentássemos o espírito festivo de Calum, e ele era faminto.

Era só… diferente. Com os pais dele se mudando para Nova Iorque, ele estava constantemente presente em nossos dias. Jantares de última hora, pequenas visitas aleatórias aconteceram muito antes que Caden e Hunter começassem seus preparativos para a viagem e restasse zero tempo de sobra para lazer. Comigo, no entanto, ele continuava presente, e era quase curioso, porque ele tinha minha irmã onde sempre quis, completamente dele. Ele não precisava provar sua amizade para mim mantendo-se presente nos meus dias apenas porque estava namorando minha irmã.

Então, quando Alyssa e Gwen subiram para o andar de cima para “conversar a sós”, marchei em direção a ele, apontando o dedo em seu rosto no meio da sala enquanto ele permanecia sentado no canto do sofá, arregalando seus olhos como uma criança pega com a mão na massa.

— Você não vai tirar minha irmã de mim no Natal — eu ergui as sobrancelhas, enfatizando violentamente: — Não. Vai. Nem. Fodendo.

Os cantos de sua boca se ergueram como se ele me achasse divertido, especialmente com o uso das palavras. Se ele queria alterar os planos das festividades, por mim tudo bem, mas ele teria que considerar que esse era meu primeiro Natal e Ano Novo em família; apesar de me sensibilizar com sua luta árdua na conquista do coração da minha irmã, eu não cederia nessa parte.

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