A Voz

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(1251 palavras)
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S/n Riddle

Já estava de noite, depois do ocorrido no salão principal, eu achei melhor ir para o meu dormitório.

Deitada já na cama, Pansy me questiona.

- S/n, aconteceu alguma coisa?

Me levanto um pouco da cama ficando sentada - Alguma coisa tipo?

- Sei lá, é que você parece diferente esses dias, parece mais preocupada...

- Pera eu ouvi direito, Pansy Parkinson perguntando se eu estou bem? - botei a mão da orelha fazendo tipo um orelhão.

Pansy revira os olhos "vou dormir que ganho mais". Ela vira pro lado e puxa a coberta mais para cima.

- Na verdade tem umas coisas sim..- o sim foi mais um sussurro, não sabia se deveria contar para ela. - Mas deixa para lá né, você nem vai querer saber.

Falar isso foi como ativar um botão na Pansy para ela ficar feliz, nunca vi alguém virar tão rápido para ouvir.

- S/N RIDDLE, TU PODE ME FALAR AGORA. - minha amiga se jogou na minha cama, quase que eu tenho que dormir no chão hoje.

Olhei para ela incrédula - Eu.....é.... - não sabia se deveria contar para ela.

- Eu o quê??? - pergunta impaciente.

Finalmente eu tomo coragem para contar, mas...de novo não!

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- Tom, você v-viu o Mattheo? - pergunto desesperada.

- Não o vi, por que? Você está bem?

- Ele sumiu a mais de uma hora, eu já procurei na mansão inteira e não encontrei ele. - meu irmão mais velho faz uma careta de preocupação e vai em minha companhia atrás de Mattheo.

Estamos andando no corredor até ouvir um grito de dor muito alto.

- Tom está vindo do quarto da mamãe! - afirmo com receio.

- Não pode ser, ninguém nunca ousou entrar aí, desde o ocorrido. - nos entre olhamos e fomos em direção ao quarto na direita do corredor.

Os gritos só aumentavam à medida que nós nos aproximamos. Logo consegui reconhecer a voz dos gritos. Mattheo!

Tom agarrou a maçaneta e abriu a porta de madeira preta lentamente. Com a porta aberta, conseguimos ter a visão do nosso irmão mais novo aos mal tratos de nosso pai.

Mattheo sangrava como nunca, apesar dos gritos saindo de sua garganta, era inconfundível o olhar de raiva e ódio, os olhos dignos do ditado "os olhares podem matar".

Meu pai estava com uma rolha na mão, estranhei até ver as costas de meu irmão molhada e os cacos de vidro no chão. Ele havia sido atingido por uma garrafa de whisky de fogo da prateleira do quarto.

Os gritos de dor abafados quando meu pai o empurrava no chão. O whisky queimando nos machucados em suas costas, uma visão horrível.

Tentei entrar no quarto para impedir o homem de fazer isso. Mas quando tentei, por pouco que eu desvio de cacos voando em minha direção.

The Riddle's Secret ~S/n~Onde histórias criam vida. Descubra agora