Primera Parte

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Alguns acham que o amor verdadeiro, é só uma palavra inventada para novelas ou filmes ou até livros, ou que é possível esquecer qualquer amor, alguns acham que a vagabundagem é uma porta para esquecer o amor, porém, nada disso existe, sim, as novelas, filmes ou livros são obras que utilizam esse verbo com demasiada frequência, mas, a vida real é um filme? Claro que sim, prova disso são algumas situações que nos parece viver um filme de romance, ou até terror.

Tudo começa num dia, um dia como qualquer outro, na cidade de Novi Pazar, na Sérvia, numa casa qualquer, quem sabe até menor que as outras, num quarto bagunçado.
- Danko! - Grita uma voz alta de um homem, meu pai Dsevio, ele era alto, magro e tinha barba ruiva, o cabelo ele não tinha.
Eu estava deitado fazendo o trabalho da escola, uma maquete do Cristo Redentor, um dos pontos mais facinantes do Brasil, meu, sonho era conhecer o Brasil, mas, não sei de nada de português, só sei inglês e espanhol, ah, mas o português parece o espanhol, estranho o ensino médio ainda pede maquetes isso é ridículo.
Eu estava a caminho do café da manhã, mas, minha mãe tinha esquecido a torradeira na casa de minha Tia Stefana, meus sonhos giram em torno de outros sonhos maiores, isso parece esquisito, apesar de mim ser patriota, eu não sei se meu futuro és aqui na Sérvia, apesar de ser um país em crescimento, não sei se deveria desperdiçar meu futuro aqui, se eu fosse rico, mas não sou.
Um dia eu estava na aula do professor Dusit Valac, meus colegas de classe Mellcon e Dava estavam jogando bolinhas de papel em mim.
- Ei manés! - Falei rigidamente.
- Eita o nerd está gritando - Falou Dava, Melcon Riu - aproveitando que o professor saiu?
Eu peguei um lápis e parti para cima de Dava, mas o professor chegou... Adivinha detenção.
- Você tentou perfurar um colega, Danko! - Disse o diretor Hulter.
- Eu sei, mas ele me perturbou.
- Ok Danko, mas não faça isso novamente, ok? - Disse o diretor olhando torto.
- Me desculpe - Falei
- Sim te desculpo... Suspensão dois dias, ok Danko?
- Ah não... - Falei o diretor piscou para mim.
Por mais que seja uma boa escola a lei era rígida de mais, eu quase furei um valentão, e daí? Ele era um valentão, fui para casa meu pai quase me matou, minha mãe nem se importou aliás, eu já tirava notas excepcionais.

Dois dias se passaram, e eu estava de volta a aula, como já estávamos no ensino médio, tínhamos uma permissão especial, viagens, seria minha primeira viagem internacional, em dupla cada dupla visitava um país, no caso da minha turma onze duplas, no sorteio eu estava perplexo tinha quarenta países no pote, apenas onze seriam escolhidos e apenas um eu iria.
- Vou começar o sorteio - Disse o professor - Primeira dupla, Vic e Stefan, Rio de Janeiro, Brasil.
Eu fiquei perplexo, o Rio era meu sonho.
- Segunda dupla, Marco e Barbij, Paris, França, terceira dupla Carko e Dunan, Cairo, Egito...
E assim se seguiu cada um contando com a própria sorte para saber seu destino.
- Nona dupla, Danko e Dava...
Ah que merda eu e Dava, aquele cara que me odeia, espero que o destino seja maravilhoso, porque minha dupla.
- ...Cidade do México e Cancún, vocês deram sorte duas cidades!.
Eu fiquei feliz ir pro México, não estava nos meus planos, se bem que devia estar, não devo negar que o México é um destino e tanto, principalmente a mera cidade de Cancún, aqui na Sérvia não tem mar, por isso uma prainha tropical seria perfeito, Buenos días amigos!
Dei a notícia para os meus pais eles ficaram felizes, mas, jamais tinha sequer saído da Sérvia, ou aliás ficado mais de dois meses tão longes dos meus pais, só no dia que tive que ficar quatro meses em Belgrado, na casa de meus avós.
Os sérvios são bem dedicados e calorosos, aliás eu tenho uma paixão especial pelo basquete, uma coisa que sei que a Sérvia domina mundialmente, ou futebol eu adoraria ver uma partida de copa do Mundo, basquete ou futebol, meu time sempre foi o Partizan, mas, meus pais são Crvena Zvezda, de coração, então eu estava ansioso para minha inesquecível viagem de excursão para México, mesmo que com o cretino do Dava.
Seria semana que vem, eu não perderia isso por nada, estava incrivelmente feliz, minha mãe Patriccia estava cozinhando, uma saladinha com ravioli, eu amo ravioli, principalmente aqueles com carne moída dentro, eu também sou viciado em comida americana, hambúrguer, cachorro quente e etc eu também amo pizza e lasanha, a culinária sérvia é um pouco descriativa, com algumas comidas que eu nem conheço direito, aqui também é cheio de lendas, já ouviu falar da velha dançante da Sérvia, uma lenda que o parece real, tem até fotos.
Na véspera da excursão me aconteceu algo estranho, eu estava indo dormir, meu pai saiu de casa, era umas meia noite, eu quis chamá-lo porém ele saiu depressa, fui falar para minha mãe ela ficou preocupada, mas, foi deitar, aliás, meu pai tinha cinquenta anos se ele saísse de casa a meia noite, não seria o fim do mundo.
Eu não dormi aquela noite meu estômago embrulhava de felicidade, finalmente eu o pobre Danko teria a chance de sair da Sérvia, de decolar como um passarinho livre, falando de passarinho, eu matei um passarinho para comer, me senti sujo depois disso, mas o pássaro estava uma delícia, falar em amor, eu não curto essas coisas de amor é tudo... Coisinha lindinha, aliás nunca me apaixonei na vida, meu pai um dia disse que eu sou gay, mas eu discordo, não pai eu não sou gay.
Sobre minha vida era tranquila, tinha umas vezes que minha vida ficava tão chata que eu passava horas assistindo filmes, como agora, como eu não dormi eu liguei a televisão e assisti uma mega de filmes como "It" e "Harry Potter" até o sol brilhar na manhã de sábado, meu dia preferido.

"O medo tem medo da gente não ter medo"

O Destino de Duas Almas Onde histórias criam vida. Descubra agora