Segunda Parte

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O dia era lindo, mas eu estava um zumbi, mal dormi a noite, meu pai ainda não chegou, aliás, onde ele foi?
Minha mãe estava sentada na cadeira, não comeu nada, estava preocupada com pai.
- Filho, cancela essa droga de viagem
- Não mãe, eu sempre... eu não posso! - Falei levantando rigidamente a cabeça.
- Seu pai sumiu ele passou a madrugada fora, onde ele estava?
- Mãe, eu não sei, você acha que eu devia saber?
- Ah filho me desculpa é que eu...
Minha mãe começou a chorar eu dei um abraço nela, um abraço bem confortante.
- Calma mãe, eu vou fazer algo, aliás a excursão começará a noite, temos um dia todo.
Escovei os dentes tomei café, peguei minha velha silver 2007 e saí pelas ruas da cidade, eu procurei meu pai nas casas, mas daí...
Meu coração acelerou vi o carro do meu pai na porta de um motel "não pode ser" pensei.
Era o Civic Honda branco, do meu pai, eu reconheci pelo adesivo que eu colei quando tinha doze anos, quando o carro chegou da loja.
Eu me aproximei resolvi ficar de tocaia o dia, se for meu pai, eu iria ficar chocado, fiquei e esperei já era uma hora da tarde, eu percebi o portão do motel abrindo...
Meu chão desabou, era meu pai peguei a câmera do meu velho Motorola, e comecei a gravar, ele estava com uma mulher loura, nova eu acho que uns três anos mais velha que eu, eu gravei tudo, ele deu um beijo nela, e ela começou a acaricia-lo no peitoral e nas partes íntimas dele, eu saí dali urgentemente, minha mãe ia ficar arrasada, eu corri para casa, minha mãe olhou para mim, os olhos alvos de choro.
- Mãe... - Falei levemente.
- Oque aconteceu filho! Fala logo ele está bem...
- Mãe, ele está te traindo, com uma prostituta!
Minha mãe começou a ofegar lágrimas fazendo sinal de não com a cabeça, ela me olhou com tristeza e raiva nos olhos, em seguida eu a mostrei o vídeo, ela começou a chorar, eu dei um abraço nela, beijei sua bochecha.
Ela foi deitar, chorando disse que precisava engolir tudo aquilo que ela viu em paz.
Ao cair da noite eu comecei a arrumar minha mala, estava triste pela mamãe, mas feliz pela viajem, alguém abriu a porta...
Era o papai, ele estava normal.
- Querida, cheguei! - Disse o papai, a mamãe levantou com a cara vermelha.
- Que cara é essa, Patriccia? - Perguntou meu pai.
- Seu imbecil sem vergonha! Como pôde fazer isso! - Minha mãe estava frustrada.
- Do que você está falando? - Disse meu pai com cara de santinho.
- Disso! - Ela pegou meu celular que estava na mesa, eu fiquei pasmo com essa atitude, ela abriu a galeria e mostrou meu pai o vídeo.
Meu pai ficou chocado, e levantou o punho para minha mãe, ela estava tão indefesa.
Eu pulei em meu pai retribuindo o ato com um soco na cara dele, no fundo eu estava triste pelo feito, porém não ia deixar ele agredir minha mãe, ele saiu para o banheiro e disse que depois do banho ia esfaquear minha mãe.
Eu peguei outra mala e arrumei suas malas.
- Mãe, você vai para Belgrado comigo, o professor vai nos levar para a excursão de lá, lá você se hospeda na casa de vovó e vovô, e eu vou para o México - Minha mãe concordou com a cabeça, eu parti para as malas e as arrumei de pressa e saímos, deixando meu pai no banho, chegando na escola, era umas nove horas da noite, o ônibus da excursão estava me esperando.
- Professor? - Perguntei ao meu professor.
- Sim Danko fala - Disse meu professor.
- Minha mãe pode ir, pelo menos até Belgrado? - Eu expliquei toda a história, ele me olhou pasmo.
- Umm... Está bem Danko.
Minha mãe abraçou meu professor, ainda chorosa.
Nós entramos no ônibus eu sentei com a minha mãe.
Foi uma longa viajem, quando chegamos em Belgrado, pegamos imediatamente um táxi para a casa dos meus avós.
- Tchau mãe - Falei emocionado
- Tchau filho - Minha mãe me abraçou senti as lágrimas descerem meu ombro.
- Ah... Mãe.
Entrei na casa dos meus tios cumprimentei eles e saí, peguei outro táxi para o aeroporto, Dava estava me esperando.

Nosso professor de excursão será, Tomac um bom professor, fiquei feliz por isso.
Dava estava me observando, na entrada do aeroporto, como não possui vôo direto via Sérvia-México, vamos fazer uma parada em Berlim, de lá vamos direto para a Cidade do México, entramos no avião, eu sentei com o Dava, ele me observou e sorriu.
- E aí Dava? - Falei com tédio.
Ele olhou para mim e sorriu sarcasticamente.
"Atenção passageiros" falou o condutor "vôo direto para Berlim, apertem os cintos, vai ser uma viajem de mais ou menos uma hora" eu me acomodei na cadeira, tirei os sapatos e relaxei, ia ser uma longa viajem.

"Amigo não é aquele que diz ser seu amigo amigo é aquele que te ajuda e te apoia a vida toda"

O Destino de Duas Almas Onde histórias criam vida. Descubra agora