You're Still the One

Untitled

_______________________________________
"Deixe-me saber imediatamente
Eu adoraria deixar você molhada
Entre suas coxas porque
Eu amo quando vem dentro de você
Eu fico tão excitado quando estou perto de você"
(D'Angelo)
_______________________________________

~Dias atuais~
~Rio de Janeiro~

Dentro do 'camarote' da balada lotada, o pequeno ômega arrumava sua peruca loira com mexas rosas, rosnando um pouco irritado, pois os fios puxavam suas orelhas brancas e fofas, sensíveis de mais para seu próprio gosto, o ruivo estava irreconhecível, em seu rosto havia uma maquiagem rosa cobrindo suas pálpebras com cílios gigantes, na boca o batom vermelho cereja deixava a carne ainda maior e mais atrativa, assim como a sobrancelha bem mais arqueada e desenhada que o seu normal.

"Uau." Uma outra ruiva e melhor amiga do rapaz exclamou, ela entrou pela porta, uma roupa parecidissima com a do ômega macho em seu corpo magro, seus cabelos compridos possuíam a mesma cor que suas orelhas e calda. "Você está gostosa." O garoto sorriu, terminando de porrifar um perfume em seu pescoço e tomando seu inibidor, ele odiava a forma como seu cheiro era mais forte e atraente que o dos outros omegas, como se ser macho já não fosse castigo suficiente para ele, por isso ele tomava inibidores, para que seu cheiro diminuísse em pelo menos cinquenta por cento do natural, era horrível e fazia mal a sua saúde, porém enquanto fosse um ômega solteiro, o que seria por um longo tempo, era o melhor a se fazer. Alfas eram perigosos e na sua maioria maus com lobos como ele.

"Você sempre diz isso Lari, sabe minha resposta." Falou jogando a peruca para trás, observando através do espelho sua bunda arrebitada e cheia, em uma sainha de couro rosa Pink.

"Devia acreditar mais em mim." Disse sua melhor amiga, um sorriso em seu rosto, ela conhecia bem as inseguranças do jovem rapaz e as entendia, um ômega macho, mais sensível que os outros, menor e com características visivelmente diferentes, como ser mais cheiroso, ter calda mais comprida e cheia, e orelhas também, outro fator que causava problemas era a beleza fora do comum, seus cabelos ruivos com pequenas ondas e lábios cheios, junto do corpo curvilíneo, sem defeitos, eram motivo de inveja e ódio por muitas fêmeas.

"Eu odeio como minha calda aparenta sempre estar mais cheia..." Ele reclamou, porém ao passar os dedos entre ela, não pode resistir a um sorriso sapeca, como um filhote brincalhão, Lari sorriu, observando a cena adorável.

"Eu daria meu cu por uma calda assim..." Biancca disse, finalmente aparecendo, em sua boca o batom vermelho precisava de um retoque, a calda negra balançando tranquilamente atrás de si, um pouco despenteada.

"Daria por muito menos, que nós sabemos." O baixinho respondeu, atrevido como sempre.

"Okay crianças." Lennon, um alfa que cuidava dos três ômegas e era empresário de Diego, entrou no camarim. "Pronta Diego? Pronta meninas?" Os três ômegas concordaram."Arrasem!"

E eles arrasaram, sempre faziam. O Diego, ou melhor, a Diego, uma drag cada vez mais famosa nas baladas do Rio de Janeiro, cantava alguns pops e funks conhecidos, assim como também, músicas originais dela, fora a voz angelical, as performances perfeitas ao lado das amigas e a presença de palco, Diego tinha um magnetismo só dela, o palco sendo seu refúgio para problemas e inseguranças que ele não sabia lidar, a vida sendo mais difícil por baixo da maquiagem e da peruca. E foi nessa euforia, de um jovem rapaz buscando o sonho de ser famoso, que ele o viu pela primeira vez.

Parado próximo ao bar, com uma garrafa de cerveja na mão, havia um alfa, a música mudou, vermelho começou a tocar, enquanto Lennon cuidava do som, Diego se lembrou que tinha que cantar, seus olhos grudados no homem.