Put it with

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"Se eu te pego com jeitinho sei que vai lembrar
Das nossas madrugadas no quarto tomando um chá
'Cê veio de longe até aqui só pra me ver
Não economiza, pode botar pra fuder
Então faz assim
V

em que eu 'to no ponto, pronto pra te ver suar

Vem pra mim
Quando eu pedir tu vem bota, bota
Quando eu pedir tu vem e bota"
(Diego Martins)
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O ômega ergueu a mão para bater na porta, seus olhos observando o pequeno pingente em seu pulso, pingente esse que havia lhe tirado o sono. Dentro da pequena gota de cristal havia algo parecido com fumaça preta, como se fosse todo rajado, Diego achou que era uma impressão sua o movimento das cores, mas cada vez que parava para observá-lo estava mais ciente que aquilo, realmente se mexia.

"Diego?" Amaury tirou o ômega de seu transe, a porta da casa do maior já aberta, o alfa olhando para ele confuso.

"Eu... Desculpa, eu tô meio perdido hoje." Foi o que o pequeno disse, soltando o braço ao lado do corpo, seus olhos correndo para a corrente do mais velho. Branco, parecia algo esfumaçado, mas era totalmente branco.

Amaury sorriu, como se entendesse o menor, ele entendia, achou que o rapaz estava se referindo ao fato das muitas descobertas que viveu esse ano, não passava pela sua cabeça o que de fato prendia a atenção do ômega.

"Vem..." Ele disse puxando o menor para dentro, seus braços rodeando a cintura desenhada do rapaz, que não demorou em retribuir o gesto de carinho, sua cabeça se aconchegando no peito do homem, sentindo o cheiro gostoso de sândalo o envolver.

Os dois então caminharam para a cozinha, Diego iria fazer uma das suas especialidades: risoto de camarão, o vinho branco para acompanhar já estava gelando, porém o casal resolveu começar com uma cerveja, enquanto o pequeno cozinhava, como se a casa fosse sua, não deixando o mais velho tocar em nada.

"De onde conhece Roberta?" Foi o que o alfa perguntou, abrindo uma cerveja pela segunda vez e para o menor também.

"Nós ficávamos... Sabe-se lá como, ela descobriu que eu era a Red, foi ela quem me mandou para o banheiro na segunda vez que nós..." As bochechas do baixinho coraram, enquanto ele picava alguns temperos. "Você sabe."

"Que estranho..." Amaury se pronunciou.

"Um ômega e uma beta ficarem?" Diego perguntou perplexo, não imaginando que o homem pudesse ter algum tipo de preconceito.

"O que? Não! Ela quem me mandou pro banheiro aquela noite, disse que era sua amiga e que você havia pedido." Diego arregalou os olhos, se lembrando do que a pequena beta falou para ele naquela noite.

"Amaury... Sabe aquela amiga dela? A Duda? Ela me deu essa pulseira e eu tenho a sensação que seja lá o que tem aqui, se movimenta..." Diego desabafou, mostrando ao alfa a fumaça preta, que estava parada, como se quisesse fazê-lo parecer maluco.

"Di, a Roberta me deu um parecido." Ele disse, pegando o colar. "É um amuleto... Tem muitas pessoas com crenças diferentes por aí, as vezes é isso. Fora que qualquer coisa que seja da sorte, pode ser bom nesse momento." Diego concordou, dando um gole em sua cerveja, ele sabia que o alfa tinha razão. Eduarda não havia sido a pessoa mais simpática do mundo no primeiro dia, mas ela cuidava dele com muito carinho, sempre se certificando de que o menor estava bem.

"Tem razão..." Amaury sorriu, vendo o menor picar um pedaço de pimentão vermelho. "E alguma notícia sobre o lobo?" Amaury suspirou, sua família havia entrado em contato com ele sobre o assunto nessa manhã.

You're Still the OneOnde histórias criam vida. Descubra agora