That month

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"Naquela mesa ele juntava gente
E contava contente o que fez de manhã
E nos seus olhos era tanto brilho
Que mais que seu filho
Eu fiquei seu fã."
(Nelson Gonçalves)
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Diego estava distraido com a louça, em seu corpo havia uma camisa vermelha, larga e comprida de mais para pertencer ao menor, enquanto dançava pela cozinha e organizava a bagunça do risoto.

Risoto esse que foi preparado na madrugada, porque o pequeno ficou com fome, acordando o alfa para que ele pudesse fazer, ou melhor, terminar o jantar.

"Ah!" Ouviu a exclamação surpresa, se virando rapidamente e dando de cara com dona Fátima, que o olhava surpresa.

"Aí." Diego gemeu colocando a mão na testa, a senhora sorriu, seu coração feliz por saber o que estava acontecendo ali.

"Bom dia." A mulher falou, caminhando até a mesa e colocando um saquinho de papel, com suas famosas fatias húngaras dentro. "Tudo bem?"

"Bom dia, tudo sim e a senhora?" O menor perguntou, indo até ela para um abraço, fingindo não estar morrendo de vergonha da mulher mais velha. "Me desculpa por isso... Eu não sabia que a senhora vinha." Falou tentando ser educado, a mulher abriu a boca, mas Diego arregalou os olhos. "Não que a senhora precise avisar, a casa é do seu..."

"Filho, você fala de mais quando está nervoso" A mulher falou, calando o ômega tímido. "É normal isso." Dona Fátima falou, apontando para Diego, que interpretou errado, ficando perplexo.

"É normal encontrar ômegas aqui?" Questionou, sem se segurar, fazendo a dona rir.

"Não querido, é normal dois adultos transarem." O ômega abaixou a cabeça, envergonhado pela situação. "Eu tomo café da manhã, uma vez na semana, com meu filho. Avisei aquele alfa bobão ontem, deve ter esquecido de te contar." Diego concordou, ele realmente esqueceu, o ômega estava sem saber de nada.

"Bom, eu vou subir, pegar minhas coisas e deixar vocês a vontade..." Falou, se preparando para sair.

"Bobagem! Vai tomar café com a gente... Quero saber como você está com tudo." A senhora sorria, realmente feliz ao ver o ômega do seu filhote ser tão doce e bonito. "Vamos lá, me ajude a arrumar a mesa."

Quando Amaury saiu do seu banho e caminhou rumo a cozinha, se surpreendeu ao ouvir a gargalhada do ômega, sentindo o cheiro diferente pela casa e batendo na própria testa.

Entrou no ambiente vendo a cena mais fofa do mundo, sua mãe passava o café, enquanto Diego ria e picava algumas frutas.

"Bom dia." Ele falou, com dó de interromper os dois, que não perceberam sua presença.

"Meu amor!" Sua mãe falou, sorrindo, enquanto o alfa ia abraçá-la e pedir sua benção, Diego assistiu a cena um pouco triste e deslocado, com saudade dos pais, que não via a pouco mais de uma semana, claro que sua expressão não passou despercebida pela ômega.

Amaury caminhou para o menor, deixando um selinho em seus lábios, vendo as bochechas ganharem cor, jáque o menor não esperava esse cumprimento, ele não ficava para lidar com o outro dia.

"Sabe Diego..." A matriarca da família começou. "Amaury me contou que quer aprender um pouco sobre seu lado lúpus, o que acha de passar esse fim de semana na nossa casa?"

"Eu... Eu achei que a casa de vocês era esse condomínio." Diego comentou, confuso, sabia que todos que moravam ali eram lúpus e provavelmente parentes do alfa.

"Não pequetito... Temos nosso lugar. Você ia gostar." O alfa disse, enfiando quase meia fatia húngara na boca, suas presas alongadas e voz mais grossa denunciavam o que estava acontecendo.

You're Still the OneOnde histórias criam vida. Descubra agora