Love has arrived

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"Nesta noite o amor chegou
Chegou para ficar
E tudo está em harmonia e paz
Romance está no ar

Nesta noite o amor chegou
E bem neste lugar
E para os dois, cansados de esperar
Para se encontrar"
(Rei Leão)
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Após uma noite de pizza entre amigos, que não acabou muito tarde e não envolveu bebidas alcoólicas, talvez apenas um fininho dividido entre todos, pois Diego iria para o PROJAC amanhã. O grupo foi para suas próprias casas, com sorrisos nos rostos e os corpos cansados, mas extremamente contentes pela vitória do amigo.

Amigo esse que tomava seu banho, pensando em como seria sua vida daqui pra frente, ele teria que ser corajoso. Leu seu papel, um menino ômega, macho, afeminado e que trabalhava em um bar de putas, seria difícil dar alguma visibilidade a ele, mas o pequeno estava disposto a lutar com unhas e dentes.

Quando terminou seu banho, decidiu não passar sua loção hidratante, bravo por uma das únicas exigências da emissora, ele havia realizado todos os exames e todos os resultados estavam certos e saudáveis, porém inibidores eram proibidos de serem tomados durante o contrato, afinal, eles não podiam colocar a saúde de nenhum colaborador em risco, Diego faria os exames novamente amanhã quando chegasse lá, já fazia duas semanas que o ômega parou com as pílulas, isso significava que o cheiro antes mais leve que o de um ômega comum, agora era forte e presente, extremamente doce e atrativo, como uma droga para os alfas e um martírio para o jovem.

"Não pode usar inibidores porque faz mal... E pipipi é pópópó..." O ômega resmungou, se deitando em meio a sua cama, suspirando um pouco manhoso, nervoso com as novidades que viriam ao amanhecer.

Decidiu por bem do seu descanso, se render aos seus instintos, Diego então pegou seus cobertores, travesseiro, mais mantas no guarda roupa e ajeitou tudo com cuidado, em cima do colchão grande e macio, ele aromatizou cada pedacinho do ninho e se deitou, feliz e relaxado, abraçando sua grande pelúcia azul.

Não muito longe dali, duas pessoas importantes para o ômega, desviaram do seu caminho de casa e foram até um barzinho conversar, sua irmã Bianca, preocupada com o ômega, precisava desabafar com alguém, sobre a situação que ocorreu a um tempo atrás, Lennon, sendo o escolhido.

"Eu tô super preocupada com Diego..." Bianca falou, dando um gole na cerveja gelada, que o maior havia feito questão de pagar.

"Você tem medo dele se decepcionar com o papel?" O alfa perguntou confuso, sabendo da insegurança do seu amigo ao representar um jovem com a história de Kelvin, um jovem tão parecido com ele e que infelizmente ainda não era bem vindo na nossa sociedade atual.

"Não tem haver com a novela." A garota disse. "Sabe o dia em que contou pra ele sobre a novela? Quando ele teve aquele apagão?" O alfa concordou, esperando que a menina prosseguisse. "Eu fui atrás dele... Mas o que eu via lá... Lennon, você já viu o Diego daquela forma, sabe que ele fica parecendo um filhote de lobo, mas dessa vez... Ele estava com suas unhas como garras compridas, os dentes enormes... E seus olhos..." Ela parou de falar, perdida em suas próprias lembranças, na confusão e até mesmo no medo, pelo susto, que sentiu aquele dia. "Estavam azuis e brilhantes... Eu nunca vi nada como aquilo." Lennon arregalou os olhos, uma lembrança de dois anos atrás, quando fez uma seção de fotos para uma família de lúpus e um dos filhotes ficou um pouco nervoso, mas era impossível. Não havia ninguém que era lúpus na família do Diego e os olhos daquela criança ômega brilharam amarelos e não azuis.

"Lennon... No que tá pensando? Você já o viu assim antes?" Perguntou a ômega, o maior poderia mentir, dizer que estava apenas confuso, mas há tempos o alfa tinha suas próprias desconfianças.

You're Still the OneOnde histórias criam vida. Descubra agora