Capítulo 16

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Te desejo tudo de bom
Porque o melhor você já perdeu
Me perdeu! 

George Henrique e Rodrigo - Segue o Plano


Depois da noite de amor que eu tinha tido com Luis Henrique eu achei que todos os problemas que nós dois tínhamos seriam solucionados e que de um dia pro outro, literalmente, nós dois enfrentaríamos todos os nossos familiares e ficaríamos juntos, ...

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Depois da noite de amor que eu tinha tido com Luis Henrique eu achei que todos os problemas que nós dois tínhamos seriam solucionados e que de um dia pro outro, literalmente, nós dois enfrentaríamos todos os nossos familiares e ficaríamos juntos, para sempre, como em um conto de fadas, mas quando eu acordei não foi isso que eu encontrei. A realidade que eu encontrei foi o Luis Henrique não estar mais na minha casa, e ela estar vazia, tão vazia que eu poderia ouvir o eco da minha própria voz chamando por ele. A ausência dele foi dolorida, mas eu podia jurar que estava seguindo com minha vida como deveria até a campainha da minha casa tocar e eu receber uma cesta de café da manhã, eu quis jogar tudo aquilo no lixo, mas a minha curiosidade foi maior quando o entregador me disse que dentro dela havia um bilhete, eu procurei por ele até encontrar entre algumas frutas e nele só dizia "tem uma carta para você no seu caderno", e então abandonando cesta de café da manhã eu fui atrás dessa carta achando que ela me daria todas as respostas.

"Ava

Me desculpe por sair no meio da noite, eu sei, isso foi errado da minha parte, mas se eu ficasse por mais um instante, eu não sairia mais do seu lado. A verdade é que eu sou apaixonado por você desde quando me entendo por gente, mas nós dois sabemos que fomos criados como primos, ou irmãos e eu não consigo deixar de pensar que todos achariam errado o que fizemos ontem ou os meus sentimentos, por isso eu sempre sufoquei os meus sentimentos.

Ava, você é e sempre foi a minha melhor amiga, a pessoa que eu quis comigo em toda minha vida e pra toda a minha vida e eu sei que com o que fizemos ontem eu posso ter jogado toda essa amizade e companheirismo no lixo, mas eu não me arrependo, por nenhum instante, nem mesmo por um segundo. 

Eu vou ir passar alguns dias no sítio que vovô deixou para a Karol e eu te peço que não me procure, não torne isso mais difícil do que já está sendo para mim. 

Ava eu te desejo tudo de melhor que esse mundo doido pode te 

Uoferecer e desejo que essa tenha sido só uma noite pra você. 

Com amor 

Luis Henrique Stone"

Quando eu terminei de ler aquela carta eu quis chorar, gritar, quis muitas coisas, mas a principal delas foi que eu quis esquecer a existência do Luis Henrique. E foi exatamente isso que eu jurei fazer. Eu me afastei primeiro daqueles que me lembravam da existência dele, os Stone e me isolei em casa, eu atendia os telefonemas dos meus pais e dos meus irmãos, mas também não me encontrava com eles, eu preferia assim, eu não deixaria ninguém notar que eu sofria. 

Na segunda feira seguinte ao show do Luis Henrique minha professora de dança me ligou e disse que eu ainda tinha a minha vaga na companhia, mas meu namorado deveria ficar longe das apresentações e eu falei que aquilo não seria um problema já que agora nós dois não eramos nada além de conhecidos e ela me aceitou de volta.

 Eu dava meu sangue e suor em todos os ensaios e apresentações. A maior apresentação do ano estava chegando, a apresentação de fim de ano e então fomos designados aos papeis que faríamos e eu seria uma das três vilãs, eu estava super empolgada. Os ensaios dobraram, eu passava mais tempo na companhia do que em casa, era sempre corrido e eu mal tinha tempo pra falar com meus pais e irmãos ou pra me alimentar e isso foi sendo um problema pro meu corpo, até o dia em que desmaiei em um ensaio. 

Eu fui o centro das atenções até ser levada ao hospital e quando cheguei lá a médica que me atendeu perguntou se fazia tempos que eu estava tendo aqueles sintomas, me perguntou como era minha vida, minha alimentação, se praticava exercícios e me pediu uma série de exames de sangue e perguntou se eu tinha um acompanhante e eu disse que não mas que poderia ligar para alguém vir, e foi o que fiz, e aquele foi o primeiro dia depois que Luis Henrique foi embora que eu quis ligar pra ele, mas contrariando tudo isso liguei pra minha mãe que disse que viria o mais rápido possível, e enquanto eu esperava por ela foram realizados coleta de sangue e de urina e eu estava tomando uma bolsa de soro quando mamãe chegou. 

Como toda mãe Ana Luisa Collins Smith quase surtou quando me viu deitada tomando soro, mas eu a tranquilizei e quando eu achei que estava tudo bem a médica voltou para o quarto em que eu estava e eu jurei que era pra me dizer que meus exames estavam bem e que aquilo tudo era apenas cansaço, mas contrariando a mim ela me disse que eu seria mãe. 

Mãe. A palavra ecoava na minha cabeça em um looping infinito, eu ouvi ao longe a médica dizer algo sobre ultrassom e sem nem perceber eu sai da cama e fui pra uma cadeira de rodas onde fui empurrada por minha mãe nos corredores do hospital, eu me deitei numa maca diferente e então as luzes da sala foram apagadas e ficamos apenas com a luz de um televisor em frente a médica. A palavra mãe ainda ecoava na minha cabeça, indo e vindo. Foi então que eu ouvi um barulho diferente. Um som de coração se espalhou pela sala e eu senti a mão da minha mãe segurar a minha e ali eu entendi que se eu fosse metade do que ela tinha sido pra mim até ali tudo daria certo quanto a ser mãe. Mas então a médica colocou meu mundo de pernas pra cima de novo com uma única frase. 

— Olha o que temos aqui. - e aumentou o som me fazendo ficar mais confusa ainda - Tenho uma notícia pra você querida. 

— Está tudo bem com ele? - foi a única coisa que pensei em perguntar. 

— Com eles mamãe. - a médica falou mostrando dois pontinhos brancos na tela - Está tudo bem, vou passar as vitaminas, alimentação e tudo o que você deve fazer até encontrar um obstetra de sua confiança e então juntos vocês montam algo melhor pra vocês três. 

E como a mãe que ela foi a vida toda Nalu não me fez questionamentos, não me apontou o dedo ela só me abraço e falou que tudo daria certo. Eu contei para ela tudo, contei da noite, do pai do bebê, contei da carta e recebi o apoio dela para o que eu decidisse e eu decidi por continuar isolada ali, eu não queria que ninguém soubesse dos bebês, não até eu saber lidar com as perguntas. 

 

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