Capítulo 18

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No dia que Kyle e Caleb falaram aquilo pra mim eu quis pegar minhas coisas e ir atrás da Ava para resolver isso, e eu não estava falando dos meus sentimentos, esses nós não resolveriamos, eu estava falando do afastamento dela com a família, porque...

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No dia que Kyle e Caleb falaram aquilo pra mim eu quis pegar minhas coisas e ir atrás da Ava para resolver isso, e eu não estava falando dos meus sentimentos, esses nós não resolveriamos, eu estava falando do afastamento dela com a família, porque eu sabia o quanto Ava presava pelos momentos em que estava com eles então eu não poderia aceitar ser o causador de mais isso. Porém naquele dia quando cheguei em casa pronto para tomar um banho, colocar uma troca de roupas em uma mochila e ir atrás dela, eu respirei fundo e analisei tudo. Eu conhecia Ava como a palma da minha mão, eu sabia que se eu fosse naquele momento no estado que me encontrava eu tomaria uma bela bronca dela por conta de ter bebido, mesmo que só um copo de cerveja, e dirigido, fora que ela provavelmente estava brava, então as chances de eu chegar até o apartamento dela eram basicamente nulas e foi pensando em tudo isso que eu me planejei. 

Eu trabalharia aquela semana e resolveria todas as pendencias para estar livre pelo  menos dois dias na próxima semana e esses dois dias eu me dedicaria a entender o que de fato se passava com Ava e porque ela tinha sumido por quase quatro meses. E no fim do segundo dia se ela ainda não quisesse vir para passar um tempo com sua família eu teria que apelar a medidas drásticas que seriam colocar ela dentro do meu carro e trazer ela até a casa do Bruce e então ele que se virasse em fazer a filha dele entender que ela deveria vir ficar em casa com sua família e tudo mais. 

Eu trabalhei aquela semana sem parar, como se não houvesse amanhã e com isso não tive tempo de falar com ninguém, eu mal respondi as mensagens da minha mãe perguntando como eu estava. Tive reuniões, tive que visitar a fábrica, tive que revisar projetos eu tive tanto trabalho que eu estava exausto. Na sexta feira no horário do almoço quando dei minha semana por encerrada eu sai da empresa avisando minha secretária que eu não viria segunda e terça, então ela poderia trabalhar aqueles dias de casa se tivesse algo pendente. 

Fui para o meu apartamento, comi algo, tomei um banho e arrumei roupas suficientes para ficar fora de casa até segunda-feira, coloquei tudo em uma mochila que eu colocaria na bolsa lateral da moto e passei numa loja e peguei uma caixa de chocolates que eu daria a Ava para pedir desculpa por ter saído sem avisar aquele dia. Eu pediria desculpas exclusivamente por esse motivo já que a carta e o afastamento eu não me arrependia, eu os sentia, mas não me arrependia. 

Eu arrumei tudo e deixei tudo em ordem para sair, antes de fazer isso mandei uma mensagem para minha mãe avisando que passaria alguns dias fora da cidade, eu esperei algum tempo para ver se ela me responderia, mas isso não aconteceu.

Eu peguei a estrada e em todo o tempo eu fui me preparando mentalmente para o que falaria para Ava e como falaria. Nós dois precisávamos nos entender e acertar porque no fim das contas não era possível cortar um da vida do outro, mas era possível nós dois convivermos. Eu fingiria não sentir nada, desde que ela não tentasse mexer nos meus sentimentos e nós dois poderíamos seguir a vida até o momento que tudo não passasse de um "lembra quando a gente" nas conversas que nós teríamos no futuro. 

Quando cheguei em seu endereço eu estacionei a moto em uma vaga bem em frente ao seu prédio e toquei o interfone da portaria, estava começando uma chuva que tinha cara de que viraria um temporal, ou seja eu precisava mesmo que Ava me acolhesse ou eu teria que buscar algum lugar pra passar a noite. Eu me identifiquei com o porteiro que disse que avisaria Ava que eu estava ali, demorou algum tempo para ter minha entrada autorizada como se ela tivesse pensado se era ou não prudente me ter ali e no fim das contas eu a entendia. 

O elevador até o seu andar foi lento, parecia que ele era o mesmo desde que o prédio existia de tão devagar que ele subiu aqueles míseros seis andares. Eu parei em frente a porta que eu conhecia muito bem e hesitei em tocar a campainha, mas eu precisava fazer aquilo, fosse como fosse. Então eu toquei e ouvi a voz de Ava dizendo que ela atendia, ou seja ela tinha companhia, eu me virei e apertei o botão do elevador pra ele voltar pro andar e eu voltar pra minha casa, mas ele mais uma vez foi lento, e não chegou antes de eu ouvir a porta se abrir atrás de mim. 

— Luis Henrique..? - eu ouvi a voz dela vacilar enquanto pronunciava meu nome. 

— Oi. - falei me virando e olhando pra ela. 

Foi automático meu olhar foi de cima a baixo nela, mas ele não passou de sua barriga que eu notei algo diferente. Eu conhecia Ava desde sempre e podia dizer que eu sabia decorado cada curva do seu corpo e mesmo que não soubesse aquela curva ali seria visível para quem olhasse pra ela.  

— Você está... - a frase simplesmente não saia de minha boca, por mais que eu mentalizasse a pergunta milhares de vezes não conseguia falar - Nós fizemos... 

— Entra Luis, eu te explico tudo lá dentro. 

— É meu? - foi tudo que consegui perguntar. 

— Ah não, ele pediu. - eu ouvi uma voz conhecida demais falar atrás da Ava. 

Eu ergui minha cabeça para ver se eu realmente sabia de quem era aquela voz quando eu senti um soco me acertar no nariz.  Eu cai no chão devido a não estar esperando por aquilo e fui amparado por Ava que ficou entre mim e qualquer um que quisesse me acertar. 

— Todo mundo pra dentro. Agora. - Ava falou colocando as mãos na cintura e indicando a porta e eu só consegui pensar que ela se encaixava perfeitamente no papel de mãe. 

 

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