If I could, then I would
I'll go wherever you will go
Way up high or down low
I'll go wherever you will go
If I could turn back time
I'll go wherever you will go
The Calling - Wherever You Will Go
Eu sabia que algo estava muito errado só pelo fato de tia Beatriz ter ligado pra ele, mas então eu ouvi a conversa. Todos que tinham um pouco mais de intimidade com os Stone sabiam sobre o coração do vô Luis e eu como melhor amiga de toda vida do Rick sabia o quanto o vô significava pra ele, o quanto ele era importante. E então eu fiz a única coisa que achei que podia ajudar naquele momento, eu corri até ele e o abracei.
-Hey, vai ficar tudo bem Rick. - falei.
-E se não ficar? - questionou.
-Vamos pensar nisso se vir a acontecer. - falei - Vamos arrumar nossas coisas e fazer o check out, precisamos voltar o quanto antes.
-E seu teste, é amanhã Ava, você não vai ter animo de voltar. - falou.
-É porque eu não vou voltar, eu posso fazer outros testes Rick, mas apoiar a sua família nesse momento eu só posso fazer uma vez. - falei dando os ombros - Agora vamos.
Eu o ajudei a colocar as coisas na mala e então fechamos o quarto e descemos, eu fui fazer o check out enquanto Rick foi com nossas malas na frente pra poder guarda-las. A moça da recepção ainda quis questionar o porque estávamos indo embora depois de tão pouco tempo hospedados, quis dar descontos e sei lá mais o que, e só desistiu quando eu disse ser um emergência familiar com nosso avô.
-Prontinho - falei chegando em frente ao carro onde Rick me esperava. - Eu dirijo.
-Eu posso dirigir. - falou.
-Pode mesmo, mas eu também posso, e agora é minha vez. - falei.
-Tudo bem teimosa. - falou - Enquanto isso vou ligar pro meu irmão ver se eles sabem de alguma coisa.
E foi o que ele fez, passou a viagem de volta toda ao telefone, com o irmão e depois os primos, mas ninguém tinha notícias do vô e isso piorava o estado do Stone sentado ao meu lado.
-Já estamos chegando. - falei.
-Vai direto pro hospital que a vovó trabalha, meu vô tá lá. - foi o que ele me disse.
-Ta.
Quando chegamos ao hospital eu fui obrigada a dar duas voltas no quarteirão até encontrar uma vaga e quando a achei Luis Henrique desceu correndo do carro, mal dando tempo de eu estacionar ele. Eu preferi nem falar nada, porque sabia que aquele não era Rick sendo ele mesmo, era o lado preocupado dele agindo. Eu tranquei o carro e segui pelo mesmo caminho que ele tinha feito anteriormente e encontrei todos os Stone reunidos na recepção do hospital, todos com o olhar abatido, vi no canto mais afastado meu pai e foi pros braços dele que fui, enquanto Luis Henrique chorava nos braços da sua mãe.
-Oi papai. - falei abraçando ele e recebendo seu abraço de volta.
-Oi meu amor. - ele falou me olhando - Eu tinha certeza que te encontraria aqui.
-Eu precisava apoiar Luis e além do mais não podia deixar ele dirigir do jeito que estava. - falei.
-E seu teste? - questionou ele.
-Outros virão. - falei -Você sabe se alguém tem alguma notícia do vovô?
-Ainda não sabemos nada. - falou.
-E a vovó? - perguntei.
-Está tentando informações, mas aparentemente nem o fato dela ser médica está ajudando hoje.
-Você acha que é muito grave? - perguntei.
-Dessa vez temo que sim.
Depois da resposta do meu pai tudo que restou entre nós foi o silêncio, eu não queria fazer mais perguntas porque simplesmente não queria ouvir suas respostas, então preferi me calar e aproveitar do abraço do meu pai enquanto pensava.
-Vovó. - falei vendo a senhora que eu tanto amava sair de uma das portas da emergência.
-Como ele está mãe? - Nickolas perguntou.
-Agora bem, seu pai foi socorrido a tempo, mas a situação está se complicando cada vez mais e você o conhece. - ela disse soltando uma lufada de ar. - Ele já pode receber visitas, mas apenas um por vez.
Eu vi os Stone se organizarem para irem ver o Luis e fiquei quieta em meu canto com papai, eu tinha vontade ver vê-lo e ter certeza que tudo estava bem, mas eu não era da família, então não seria daquela vez, que eu iria. Eu vi os dois filhos dele subirem, um a um, depois as esposas e então os filhos, por último os netos e quando o último neto saiu vovó Patricia subiu, retornando logo em seguida, fazendo com que todos na sala de espera segurassem o ar.
-Bruce. - ela chamou se virando pra nós - Luis quer ver você e depois Ava.
-Claro. - meu pai falou - Vai com seu amigo.
-Vou ficar aqui eu estou bem. - falei dando um beijo nele.
-Oi Ava. - vovó falou se sentando ao meu lado.
-Oi vovó. - falei - A senhora sabe o que ele quer comigo?
-Quem entende Luis filha? Nem eu que convivi com ele toda minha vida. - falou - Mas ele foi específico em perguntar de você.
-De mim?
-Sim, primeiro ele perguntou da menina Ava e depois do seu pai e então disse que era pra eu falar pra seu pai subir e que você deveria ir por último.
-Vovô sendo vovô. - falei pra ela.
-Exatamente isso minha querida, exatamente isso. - falou acariciando minhas mãos.
Ficamos em silêncio as duas, uma apreciando a companhia da outra, eu queria tanto ter palavras bonitas e de acalanto para dizer pra ela, mas naquele momento nada vinha a minha mente então eu apenas mostrava pra ela com gestos que eu estava ali.
-Ava. - Ouvi a voz do meu pai.
-Sim.
-Luis está te chamando. - falou.
Eu ouvi as instruções dele de como chegar no quarto do vovô e subi, dei duas batidinhas na porta e ouvi sua voz fraca me pedindo pra entrar.
-Oi vovô.- falei com lágrimas nos meus olhos.
-Oi minha menina, venha aqui.
Eu fui pro seu lado o ouvir falar e me aconselhar como sempre fez, eu fiz aquilo pensando que aquela não poderia ser a última vez que ele faria isso, eu fiz pedindo pra não ser a última vez.
....
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Predestinada
RomanceSem nenhum laço sanguíneo entre eles Ava e Rick tinham sido criados como primos. Luis Henrique Stone, ou Rick, sabia que seu coração e seu destino eram de Ava Smith, mas por conta de toda a relação familiar entre os dois, Rick deixava esse sentimen...