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Josh Beauchamp.

O mundo ficou em silêncio como antes e eu não fazia idéia de como fazer isso passar, a única coisa que eu fiz foi trancar a porta e ficar andando de um lado para o outro do quarto por muito tempo, pensando e repensando no que eu fiz e no que foi dito por todo mundo e remoendo todas as minhas escolhas.

A raiva, a culpa, o nervosismo, o desespero e o arrependimento tomam conta de mim por inteiro agora, e tudo isso estava fazendo confundir toda minha mente e me deixar pior.

Eu realmente estava enlouquecendo e iria enloquecer mais de raiva e de culpa se eu continuasse sozinho andando de um lado para o outro, então decidi que preciso conversar com o Noah. Tenho certeza que eu não vou passar dessa noite se a gente não conversar de novo, ou pelo menos se entender mais.

── Noah? ─ pergunto batendo na porta.

Pela primeira vez, noah estava no quarto de hóspedes que ele tanto odeia. Isso me mostra o tamanho da tristeza e raiva que ele está sentindo por mim.

Nenhuma resposta.

── Noah, por favor.

─ Me deixa em paz, só um pouco.

Respiro fundo e encosto na porta, esperando que ele abra.

Por mais que eu queria entrar, eu tenho que esperar o momento dele, já fiz merda demais hoje.

── Vamos conversar, por favor.

─ Conversamos o suficiente, não acha? ─ diz seco.

── Só mais 5 minutos Noah, é tudo que eu preciso.

Mais nenhuma resposta novamente. Mas então, ele abre a porta, me olhando com toda a seriedade, raiva e tristeza que podia caber em um ser humano tão pequeno.

─ O que foi?

── Me deixa entrar pelo menos?

Ele revira os olhos, dá passagem pela porta, e eu entro. Ele fecha a porta e me encara, mas sem vir perto de mim.

Isso já se torna um pouco chato, porque ele não precisa ficar longe de mim, por mais que esteja bravo e com medo, ele sabe que eu não faria mais nada com ele, ou pelo menos eu gostaria que ele pensasse assim.

── Por que não quer vir perto de mim? Eu não vou fazer nada com você.

─ Você é muito idiota ou só se faz? ─ questiona com raiva. ─ Você já fez, dá uma olhada no meu pescoço.

Realmente, eu fiz, seu pescoço ainda tinha sangue, não tanto, mas o suficiente para eu ver a merda que eu fiz e fazê-lo ficar com raiva de mim, eu também ficaria se estivesse no lugar dele.

── Me desculpa por isso.

─ Troca o disco, cansei de ouvir suas desculpas.

Vai ser difícil para um caralho conversar e fazer esse menino me desculpar, afinal agora ele está bravo por duas coisas: por ontem, onde eu matei os policiais idiotas, e hoje por eu ter feito o que eu fiz.

Eu só estou fazendo merda, que porra. Eu não entendo como eu consegui virar minha vida de ponta cabeça em dois dias, apenas dois dias.

Ele se levanta e vai ao banheiro, começando a limpar o machucado, enquanto eu permaneço de pé olhando ele.

── Não era para eu ter feito isso com você. Eu juro que não estava nos meus planos te machucar, tudo o que eu queria fazer era mostrar para o seu pai que você estava ali.

𝗸𝗶𝗱𝗻𝗮𝗽𝗽𝗲𝗱 | noshOnde histórias criam vida. Descubra agora