Noah Urrea.
O dia se passou lentamente tanto que as horas pareciam que nem passavam, e em todo o tempo eu fiquei ao lado de Josh, não soltei sua mão por nada e fiquei ali, apenas esperando seu momento de acordar para que eu pudesse falar tudo o que eu tinha que falar, que eu o amo e o tanto que eu preciso dele na minha vida.
Depois, a noite chegou, e foi a primeira noite em que eu passei acordado, olhando os batimentos cardíacos dele e olhando ele também, torcendo que ele acordasse, mas nada aconteceu, ele apenas continuou do mesmo jeito. Até que a manhã chegou e o médico veio ver ele.
O mesmo fez tudo que tinha que fazer, e no final da consulta ele me olha com um olhar chateado que sinceramente eu não sei o motivo, não sei se é porque ele não tem esperança no josh ou se está com dó de mim, por eu estar com olheiras pelo sono e choro, e cansado, mas sem nenhuma vontade de dormir ou descansar.
─ Me avise se ele acordar, tudo bem? ─ assinto.
É a única coisa que ele fala, e em seguida sai da sala.
Uma coisa que eu percebi foi que as pessoas não sabem como reagir tendo um sequestrado e um criminoso no hospital, mas pelo menos eles estão fazendo o trabalho deles corretamente e não chamaram nada de polícia. Porém, eu tenho quase a certeza que depois que josh acordar eles vão querer ligar para a polícia, mas eu não vou deixar.
Eu juro por Deus que se alguém aqui tentar fazer qualquer coisa contra a gente, eu mato, mesmo não concordando em matar alguém e não achando certo isso.
Alex, Bailey e ninguém deram notícias durante a noite, provavelmente porque estão bem ocupados atrás de Marco. Para mim não importa o tempo que demore, eles só precisam achar esse cara, e quando eles acharem eu vou fazer a questão de fazer ele se arrepender muito.
Me arrumo na cadeira que estou perto de josh e aperto sua mão um pouco mais forte, deitando meu rosto sobre a mesma e pedindo em pensamento que ele acorde.
Agora eu preciso que ele acorde para que eu possa conversar com ele, e pedir desculpas por qualquer coisa que seja.
Mas nada aconteceu.
Mais metade de um dia passou e ele permaneceu do mesmo jeito, não mexeu o dedo, não deu sinal de vida, nada do tipo, a única coisa que estava normal era os batimentos que seguiam fortes, mas eu continuei confiante que ele acordaria.
Até que, quando eu estava conformado que ia ter que ficar por mais tempo, Alex me ligou.
"Como ele está?" ─ pergunta pela ligação.
─ "Do mesmo jeito."
"Que merda, ele precisa acordar." ─ ele respira fundo. ─ "A gente pegou o cara, e de brinde mais alguns. Vai querer se divertir ou nós fazemos a honra?"
O idiota do meu pai tem vários capangas mesmo, que merda.
─ "Eu chego em alguns minutos."
Desligamos a ligação. Me aproximo de josh e acaricio sua mão em forma de um "volto logo", mas sinto uma leve movimentação nos dedos do mesmo. Eu achei que era coisa da minha cabeça, mas quando ele apertou levemente minha mão de volta eu tive certeza que ele finalmente estava acordando e voltando para mim de vez.
Acho que Marco vai ter que esperar só mais um pouquinho.
Fico olhando o mesmo por algum tempo, com um sorriso e com a maldita vontade de sempre de chorar, até que ele começou a abrir seus olhos lentamente.
