Josh Beauchamp.
Nós terminamos toda a arrumação da casa, eu fui comprar nossas passagens de volta para os Estados Unidos, depois tiramos o corpo de Marco do lugar que estava, e bailey o levou para um dos meus contatos para dar um fim nele, limpamos tudo que tínhamos que limpar, terminamos de arrumar as malas e fomos dormir, afinal tínhamos que descansar porque o outro dia seria muito agitado.
Na verdade, eu não dormi, não consegui parar de pensar em tudo que aconteceu e principalmente no que aconteceria no próximo dia, no qual eu terei que deixar o Noah por quanto tempo for preciso.
A coisa que eu menos quero é deixar Noah, uma parte de mim quer ficar com ele durante esse processo de organização da minha vida, mas eu sei que não posso, porque ele também precisa arrumar a vida dele afinal ele não pode continuar como desaparecido do país dele. Ele precisa reencontrar a família, precisa fazer o que tem que fazer, ver os amigos, e eu preciso literalmente apenas ser livre e fazer meus amigos serem livres também. Depois que tudo isso estiver feito, aí sim nós poderemos viver juntos, juntos e felizes.
De qualquer jeito, eu já me sinto feliz apesar de tudo, porque eu mudei e agora eu tenho Noah. Eu não sinto mais mágoas pelas pessoas, eu não sinto mais raiva, não me vejo mais nessa vida de mafioso, e tudo por causa dele, agora a única coisa que eu quero é ter ele do meu lado, proteger ele, viver com ele e talvez até formar uma família. Quero ser uma pessoa normal, com uma vida normal, uma coisa que eu nunca tive e uma coisa que eu não quero deixar Noah sem ter.
Ele merece alguém bom, que possa proporcionar uma vida boa, e eu quero e vou ser esse alguém, é por isso que eu vou ficar esse tempo longe dele, para depois eu finalmente voltar e poder proporcionar as melhores coisas do mundo.
Enfim, quando foi de manhã, nós todos levantamos e a energia da casa estava diferente do que os outros dias, do mesmo tempo que estava boa por nós termos terminado tudo, também estava ruim por motivos óbvios.
Noah estava quieto, muito quieto e com o olhar entristecido. Para tentar o animar mesmo sabendo que não vai dar muito certo, vou perto do mesmo e o abraço por trás, dando um leve beijo em seu pescoço, fazendo-o sorrir e passar a mão por trás da minha nuca.
── Se anima, nós vamos viajar hoje. ─ digo fingindo estar animado e ele se vira para mim.
─ Nem você está animado, para de ser fingido.
── Credo. ─ ele ri. ─ Não estou mesmo, mas sabia que fingir faz se tornar realidade?
─ Como você quer que eu fique animado em ter que voltar do jeito que era antes?
── Ah, ─ resmungo. ─ nem deve ser tão ruim.
─ Ah é? Isso quer dizer que você acha que não é ruim ficar sem eu do seu lado?! ─ nego desesperadamente e ele me dá um empurrão, rindo.
Ele sempre entende as coisas erradas e me deixa desesperado, mas pelo menos ele riu agora.
── Não! Não falei isso. ─ rio e me aproximo novamente. ─ Falei que nem deve ser tão ruim voltar na sua vida de antes, na sua casa, com sua família e amigos.
─ É ruim sim, porque as pessoas daqui são meus amigos agora, e você é minha família. ─ suspiro, assentindo.
Eu falei sobre não ser ruim mesmo sabendo que vai ser horrível, e o que Noah falou é verdade, as pessoas da máfia são nossos amigos e eu e ele somos uma família, os outros viraram só outros.