ERAM QUESTÕES DE segundos para [nome] quebrar a cara daquela atendente, ela nunca fora de ser ignorante com outras pessoas sem razão. Mas essa garçonete estava-a tirando do sério.
Mesmo estando totalmente estressada, a garota não se deixou levar pela emoção. Era para ser apenas um jantar normal com seu namorado, mas ela não se renderia fácil e pregaria uma peça para a mulher insolente que a irritava.
— Amor. — Ele deu uma pausa antes de terminar. — Você fica engraçada quando fica brava. — E completou com uma risadinha.
— Nem vem, Shanks. — Ela bufou com os braços cruzados. — Finalmente tínhamos conseguido fugir daquele bando de piratas para termos paz, e essa trambiqueira egoista fica enchendo o saco. — As bochechas da menina estavam coradas de tanto ódio. — Impossível ela não ter me reparado aqui, será que virei fantasma?!
Shanks não tinha outra reação, a não ser gargalhar.
— Pode ficar rindo aí, seu idiota. — A mesma continuava. — Ela estava quase se jogando aos seus braços.
— Braços?! — Ele perguntou dando ênfase ao "s".
— Saca só. — A garota ignorou totalmente o homem e começou com seu plano. Ela se levantou de sua cadeira e foi até a recepção do restaurante. Quando chegou no local puxou o ar pela boca e começou seu discurso com o homem que tinha uma plaquinha escrita "gerente". — Pois bem, eu [nome] tive uma horrível experiência com a atendente loira. — Ela dizia apontando para a responsável enquanto o homem observava a mulher com curiosidade. — E com isso, como sou uma pessoa totalmente vingativa, dou minha palavra como esposa do Shanks, o ruivo. — Nesse momento o gerente já tinha seus olhos arregalados e quase metade do restaurante parava para prestar atenção no acontecimento, inclusive Shanks, que olhava aquilo como admiração e diversão. Todos estavam curiosos para saber o que a garota falaria em seguida. — Eu estou declarando guerra, contra esse restaurante. — Terminou sua fala com ternura e seriedade.
Uns segundos de silêncio se instalaram naquele restaurante.
Aos poucos pessoas se levantavam e saiam às presas.
Ninguém ousou intervir nas palavras de [ nome ], já foi provado no passado que Shanks daria sua vida para protegê-la quando enfrentou pessoas de alta patente só para salvar a vida da menina, e ninguém queria ficar para passar por cima das ordem de um yonkou.
[ nome ] tem tudo o quer, na hora que quer. A garota tem Shanks como marido, e Mihawk ocupando o cargo de melhor amigo. Como se não fosse o suficiente, ela era caçada pela marinha com uma recompensa equivalente a 98.000.000 berries. Ela não é para brincadeiras.
Quando declarou guerra em nome da tripulação do marido, o gerente e funcionários estavam sobre suas mãos, principalmente a loira, que antes era um pé no saco.
Os funcionários se desculpavam milhares de vezes em nome do ocorrido, dizendo que não tinham a reconhecido por conta da multidão e que isso não ocorreria novamente.
Enquanto eles se ajoelhavam e pediam perdão para a senhorita, ela tinha um semblante convencido no rosto.
— Ela ama se meter em perigo. — Foi o que saiu da boca do ruivo enquanto terminava seu prato de macarrão e seu chopp. Ele passou seu ante braço para limpar sua boca e se levantou. Todos observavam seus movimentos, bom, apenas os funcionários e sua esposa já que todos os clientes haviam fugido. Ele caminhou devagar até o local, os que imploravam misericórdia acreditavam que Shanks estava ali para acalmar a mulher e levá-la em bora. Mas não foi bem isso o que aconteceu. — Bom. — Ele ficou ao lado dela. — Melhor eu avisar logo a tripulação que essa noite vamos nos divertir, se a patroa falou, está falado. — Assim que terminou de falar, as únicas esperanças que o pessoal tinham de se livrar dessa confusão foi para o ralo.
— COMO É?! — Um dos funcionários já havia perdido a sanidade. — ESSA MULHER É LOUCA!!
Seu superior olhou de realce para ele, indicando que ficasse quieto para que nao houvesse mais confusão. Eles já estavam considerados mortos mas o gerente não queria que além de mortos, fossem enterrados em um terreno baldio.
— Ela é louca, mas ela é minha. — O ruivo riu.
. . .
— Amor, você tinha força o suficiente para destruir aquele restaurante em um estalar de dedos. — Shanks começou, eles já estavam em seus quartos no navio. Ele brincava com o cabelo dela enquanto ela estava deitada sobre seu peito. — Por que pôs nossos companheiros para fazer por você?!
Ela o olhou com uma sobrancelha arqueada.
— Não estou te criticando. — O homem se defendeu. — Fiquei apenas curioso.
— Hum. — Ela voltou a se deitar sobre o peito dele. — Queria mostrar para aquela rapariga velha que você está sobre as minhas ordens.
Ele a puxou fazendo seus rostos se encontrarem novamente. — Mas eu que sou o capitão aqui, quem tem que dar as ordens sou eu. — Ele brincou fazendo a mesma revirar os olhos.
— Você não dá uma dentro né, Shanks. — Ela ironizou.
— Eu dou dentro de você toda noite. — Ele continuou a provocá-la.
— Que palavras vazias, uma hora e meia para meia noite e não aconteceu nada até agora. — Quem entrou na brincadeira agora foi ela. Em um impasse, o ruivo rodou a garota fazendo suas costas baterem no colchão.
— Agora vai ter que aguentar por uma hora e meia. — Ele disse antes de a beijar.
— Acho que quem vai precisar aguentar vai ser você. — Foi a única coisa que a garota conseguiu falar contra os lábios ferozes de Shanks.
