— ELE CHEGOU! — Os guardas da minha residência gritaram enquanto abria as portas.
Hoje era dia de baile, baile dos maiores piratas, espadachins e um monte de coisa de politicas.
Eu era apenas uma simples filha de político chato que sofria com tudo aquilo.
Minha vida era um inferno.
Para ser mais exata, parou de ser um inferno faz pouco tempo. Desde que eu bati os olhos nele. Minha vida tinha virado do avesso.
Quando ele passou pela porta, minha mãe fez uma cara de nojo, ela odiava e desconfiada daquele cara.
Minha família estava perto da recepção, cumprimentando os convidados.
Eu estava emburrada, mas só até bater os olhos nele, agora minha felicidade era claramente visível.
Cumprimentei Mihawk e voltei aos meu afazeres.
Estava conversando com uma conhecida.
Ela percebia minhas trocas de olhares com o homem durante a festa e perguntou o que estava acontecendo, e principalmente o que eu tinha visto em um homem que tinha a idade para ser meu pai.
— Eles dizem que ele gosta de se divertir. — A respondi.
— Oh, minha nossa.
— Ele ganha vida a meia noite.
— Toda noite?
— Minha mãe não confia nele.
— Oh, minha nossa...
— Ele está aqui por um motivo. — Meu sorriso no rosto era frenético e malicioso. — Mas eu também.
— Amiga, é o Dracule. Você tem certeza?! — Ela me questionava preocupada.
— Um pouquinho mais velho. — Dizia despreocupada, ignorando nossas diferenças de idade. — Uma jaqueta de couro preta. — Agora eu o caçava com os olhos pelo salão. — Uma má reputação, hábitos insaciáveis. — Oba! O encontrei. — Ele estava tão na dele, bastou um olhar e eu perdi a respiração.
— E como você conquistou a atenção dele??
— Eu disse que se ele me beijasse, talvez eu deixaria rolar. — Dei de ombros.
— Oi?!
— Eu juro pela minha vida que tenho sido uma boa garota, mas essa noite. — Sorri ladino. — Essa noite eu não quero ser ela. — Virei minha bebida e soltei a taça sobre a mesa.
— Como é?! [ nome ] ?! — Meu pai disse atrás de mim, parecia ter escutado boa parte da conversa.
Ótimo. Vamos começar a mesma discussão sobre o mesmo assunto.
POV MIHAWK.
— Olha, sou o tipo que faz ela ficar contra o pai dela. — Eu dizia do outro lado do salão. Sabia que [ nome ] discutia com seu pai sobre mim. Eu conversava com um dos garçons que antes me servia uma cerveja. — Eu não fico viajando nela, deixo fazer o que ela quiser. — Eu terminava o copo e colocava de volta na bandeja. O garçom me olhava curioso, parecendo entender o que estava acontecendo. — Eu não fico a beijando e ela também não me beija. — Quase soltei um riso rouco mas segui com minha postura calma. — Ela chegou com ele e vai embora comigo.
— Com licença senhor, mas pelo o que eu entendi, você está se envolvendo com a [ nome ]?! — Ele me perguntava.
— Acredito que sim. — Tinha meus braços cruzados. — Aquela garota sabe o que quer e faz eu me despir sempre que a vejo. — Dei uma breve pausa. — Ela pode deixar qualquer mensagem e eu venho vê-la. — A mulher agora vinha em nossa direção. Parecia ter ignorado seu pai já que ele xingava e a chamava de volta. Ela vinha desfilando no seu vestido vermelho colado e seus saltos pretos. — Ficando assim ao meu lado você vai acabar com febre.
— O que?! Por que?! — Ela questionava enquanto me encarava. Ah, aqueles olhos.
— Por que eu estou quente.
O sorriso no rosto da garota parecia ter sido involuntário.
Por mas que eu quisesse agarra lá e beija lá, eu ainda tinha meu semblante sério.
— Meu amor. — Ela se aproximou grudando em mim. Se tínhamos a intenção de não atrair atenção para nós. Estávamos com toda certeza fazendo errado. — Mamãe não confia em você e papai não te conhece. — Ela suspirou. — Poderia por gentileza me levar embora?! — Seu pedido era uma ordem.
Envolvi meu braço sobre sua cintura.
Ela pôs a mão no meu peito e arregalou os olhos quando percebeu que por baixo da jaqueta não havia nada.
— Ai meu Deus.
Foram suas últimas palavras antes de eu a pega lá no colo e começar a sair dali.
Mas era óbvio que não iram permitir isso.
— Quais as regras?! — Perguntei esperando uma resposta da mesma.
— Não tem regras, pode derrubar todos aqui. — Ela tinha um sorriso malicioso no rosto, diferente dos guardas que bloqueavam a passagem.
Ela saiu do meu colo por vontade própria.
— Acaba com eles, amor. — Ela depositou um beijo na minha bochecha e recolheu uma taça que estava perto.
