— Eu quero o seu romance ruim. — Cuspi as palavras no rosto dele, Law era de cara o último homem feito para namorar e eu estava disposta a encarar qualquer coisa para isso.
Ele me encarava incrédulo, como se aquela fosse a primeira vez que alguém dissesse algo tão descarado.
Eu e ele estávamos tendo um caso faz uns 3 ou 4 meses, estamos escondendo o máximo da tripulação nossa relação.
Law era muito gostoso, atencioso e com toda certeza dramático. Mas para uma primeira vez ele foi muito bom tanto que eu desconfiei.
Ele estava sentado na cama e eu em pé entre as suas pernas, estava escuro e no meio da madrugada. A lua era a única fonte de luz que iluminava nos dois.
— Eu quero a sua feiúra, eu quero a sua doença. — Continuava sussurrando as palavras, já que a alguns minutos atrás ele desabafou comigo tendo em conta que eu era muita areia pro caminho dele. — Eu quero seu tudo, contando que seja de graça. — Rimos rouco. — Eu quero o seu drama, o toque da sua mão. — Suas mãos seguravam minha cintura e as minhas seguravam seu rosto. — Eu quero o seu beijo agressivo e delicado.
— Você sabe o que eu quero e sabe que eu preciso de você. — Suas palavras foram delicadas mas foram grossas, de pouco em pouco ele chegava mais perto me dando vontade apertada de o beijar.
— Eu quero o seu amor e eu quero a sua vingança. — Minha respiração se fundia com a dele.
— Eu e você poderíamos escrever uma tragédia romântica.
Selamos esse momento em um beijo pesado, romântico e falho.
Ele deitou me fazendo ficar por cima, suas mãos deslizavam pelo corpo e eu deslizava com minha língua sobre o céu da sua boca.
— Eu quero o seu horror, eu quero o seu estilo. — Falei assim que desgrudei minha boca da dele. — Por que você é pode ser um criminoso, contanto que seja meu.
— Você é louca. E eu quero sua psicose, seu corpo que cai.
— Quero você na minha janela indiscreta querido, você é doente.
Era nítido de quem escutasse uma conversa dessa nos chamaria de loucos, e se isso acontecer, vamos concordar.
Somos dois traumatizados, doentes de saúde, estamos a beira da morte, mas pelo menos estamos juntos.
Nos levantamos da cama, ficamos de frente um para o outro, nos observando nos olhos.
— Ande, moda, querido, arrase! Deixe essa vadia louca! — Eu ria vendo o dar um sorriso meia boca.
Eu era uma estudante de moda antes de virar pirata, quando descobri minha doença certamente terminal, larguei tudo e fui para o mar e nessa eu encontrei Luffy, que me puxou para o bando.
Essa descoberta só me libertou, era bastante difícil viver minha vida, meus pais eram rígidos e queriam que eu assumisse o açougue da família. Mas não era isso o que eu queria, eu queria investir em roupas, tecidos, costuras, eu amava extravagar na roupa, juntar vestido com calça, rasgar minhas calças e fazê-las em uma só, minha mãe me dizia que era coisa de louco a forma que eu me vestia, parecia uma mendiga.
Mas parece que a pessoa só entende quando está na pele da outra.
O estilo de Law me chamou a atenção, e quando pensei em estudar mais o garoto, percebi que tinha me apaixonado.
E como eu não tenho muito tempo de vida, decidi me arriscar e hoje vivo o romance mais violento e calmo que eu existe.
Muitas vezes Law demostrou se preocupar comigo, me protegendo diversas vezes ou até mesmo sempre perguntando sobre.
E dois fudidos, lascados, miseráveis se juntarem vai dar no que? Ou acabamos com o mundo ou ele acaba com a gente.
E optamos por vingança, por tudo o que esse planeta fez com a gente.
— Eu quero o seu amor, não quero que sejamos apenas amigos. — Ele me disse.
