CAPÍTULO 9 - O FUGITIVO

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Em um corredor da Washington DC vagueia um homem com barba e cabelo grande, meio assustado, em constante alerta, usava um capuz, escondia o rosto, sujo, suado, há um tempo não comia, seu estomago ronca, mas nunca perdia a atenção ao que acontecia ao seu redor, se você o visse pensaria não passar de um velho louco.

Ao ouvir de longe uma sirene do carro de polícia apressa o passo, e saindo de um beco, se mistura à grande multidão que estava na calçada do lado direito da pista, logo à frente havia um cruzamento, ele mantém seus olhos voltados para o chão, começava a soar frio e constantemente pensava:

“-Tem muita gente aqui! Não posso! Não posso!”

O carro de polícia passa por ele, ele por sua vez de cabeça baixa segue o carro com o olhar, até que o carro vira a direita no cruzamento e para sua infelicidade seu olhar se encontra ao do policial, logo em seguida, escuta um barulho, era um som familiar, não estava vindo da terra, era do ar, vindo por trás dele na mesma direção de sua caminhada, ele olha discretamente por cima dos ombros, um helicóptero federal, então apressa o passo, começa a se esbarrar nas pessoas.

-Licença, com licença, obrigado! –Dizia ele repetidamente abrindo espaço no meio das pessoas, ao chegar ao cruzamento para no sinal, olha para a esquerda e vê um carro preto, na realidade eram três vindo distante, todos com as placas diferenciadas.

Não podia ficar ali, levanta o olhar para a sinaleira, que misteriosamente para de funcionar, coloca as mãos nos bolsos, olha para o pedestre ao seu lado e diz:

-É parece que a sinaleira parou de funcionar! – Tentava ser o mais natural possível, não perde tempo, continua sua rápida caminhada.

Enquanto atravessa a rua um carro freia bruscamente, ele pede desculpas apontando para a sinaleira, não interrompe sua caminhada, mesmo com todas as reclamações e xingamentos do motorista.

Ao final da travessia olha para o outro lado à esquerda e percebe que os carros suspeitos ainda estavam longe, continua andando, seu coração começa a acelerar ao perceber, com uma rápida olhada para trás, que vinham também carros parecidos por trás dele, seu pensamento continua:

“-Tem muita gente aqui! Não dá! Não posso!”

Ele começa a correr, esbarrava em muitas pessoas, as reclamações e xingamentos começam a vir de todos os lados, uma garçonete que saía de uma cafeteria com uma imensa bandeja com vários pedidos, iria servir nas mesas que ficavam do lado de fora em parte da calçada, tem a infelicidade de esbarrar com o senhor, ela cai soltando a bandeja, não teve tempo de reagir ao impacto ou evita-lo, caída, olha para o sujeito que a derrubara com muita raiva, se levanta e limpando o fardamento com as mãos diz:

-Eu hei?! Para que isso?! Parece que é doido um sujeito desse! –Se controlava para manter a ética no ambiente de trabalho, mas para sua surpresa quando inclina-se a recolher sua bandeja, algo incrível acontece, confere que a bandeja cheia de cafés quentes estava em perfeito estado no chão como se tivesse sido colocada delicadamente lá, impressionada, pega a bandeja e continua seu trabalho.

Ele estava com muita pressa, mantém o passo firme e quando chega ao cruzamento, seu desespero piora, pois percebe que vindo à sua frente, em sua direção, mais carros como aqueles, estava cercado por todos os lados, ele volta e entra no prédio comercial na esquina, pensava em se esconder lá, mas para seu azar, logo ao entrar no prédio avista sair do elevador que ficava bem à frente da porta de entrada, o que para ele era a visão do inferno, uma mulher, com um terno preto, no bolso um símbolo escrito "THRONOS", salto alto, de cabelo corte chanel, era uma conhecida, era bem mais que um rosto familiar, mulher de olhar aterrador e frio, ela sorri, uma verdadeira ironia, ela tira um revolver da cintura e atira para cima, rapidamente dispersa grande parte das pessoas.

FRANKENSTEINOnde histórias criam vida. Descubra agora