CAPÍTULO 11 - FRANKLIN EMBARCA PARA WASHINGTON

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"- Não suporto mais passar por isso!" - Pensa Franklin ao descer do carro no aeroporto frente ao salão de embarque.

Uma multidão de repórteres e paparazzis o aguardavam, estavam sedentos por manchetes, a família Garcia era o assunto mais relevante em toda cidade, uma foto de Marcos na UTI estampava as capas dos jornais e revistas de Florência, como conseguiram?! Não se sabe, mas estavam explorando o máximo o assunto, mesmo assim não tinham nenhuma declaração da família.

Os seguranças afastam a multidão, uma avalanche de perguntas surge, enquanto Franklin se dirige a entrada:

"COMO É SER TÃO NOVO E ASSUMIR UM IMPÉRIO MILIONÁRIO?"
"SE SENTE PREPARADO PARA DAR CONTINUIDADE AO LEGADO DE SUA FAMÍLIA?"
"ACHA QUE SEU PAI CONSEGUE SOBREVIVER?"

Mas, de todas, uma pergunta chama sua atenção:

"O QUE GOSTARIA DE DIZER AO RESPONSÁVEL PELO ACIDENTE DE SEU PAI?"

Franklin toca a porta de entrada, mas para por um momento, a multidão empurrava os seguranças, "-Senhor temos que entrar!" Um deles o alerta, mas ele não perderia aquela oportunidade, vira-se para a multidão de Flashs, surpreendendo a todos, pois quanto a sua vida pessoal os Garcia sempre foram muito discretos.

- AO CRIMINOSO QUE QUASE TIROU A VIDA DE MARCOS GARCIA, MEU PAI, DIGO: NÃO IMPORTA ONDE VOCÊ SE ESCONDER OU PARA ONDE IR, A JUSTIÇA IRA TE ENCONTRAR E EU MESMO, PESSOALMENTE, TEREI O PRAZER DE TE COLOCAR ATRÁS DAS GRADES.

Franklin para por um momento, a multidão estava agitada mas quieta, era sua primeira declaração, apenas os sons dos flashs se ouvia, ele ainda tinha algo a dizer.

- E PARA A MÍDIA CRIMINOSA, REPITO CRIMINOSA! QUE DIVULGARAM FOTOS DE MEU PAI AINDA NA UTI SEM CONSENTIMENTO DE NOSSA FAMÍLIA, DIGO: A VIDA DE MEU PAI NÃO É ENTRETENIMENTO! SE EM 12 HORAS TODA E QUALQUER MÍDIA CONTENDO TAL IMAGEM NÃO FOR DELETADA, ESPEREM PELA INTIMAÇÃO JUDICIAL, TODO O NOSSO DEPARTAMENTO JURÍDICO ESTARÁ EMPENHADO EM CASSAR E PROCESSAR CADA EMISSORA OU JORNAL QUE PUBLICAR UMA MANCHETE ABUSIVA. - Franklin lava a alma com essas palavras, sentia haver retribuído o favor.

Após essas palavras a multidão perde a euforia, Franklin da as costas e entra no salão de embarque, é acompanhado pelos seguranças até a sala VIP.

Parte da equipe já o aguardavam, Fernando, Priscila do departamento de imagem e Rebeca uma auxilar da administração,

Priscila logo vai ao seu encontro, estava incrédula com o que tinha acabado de acontecer.

- Sério que desafiou toda a mídia? Sabe que acabou com minha vida né?! - O telefone dela toca - Olha pra isso! Agora meu telefone não para!

Ele suspira dando de ombros.

- Já foi! Falei! Eles queriam me ouvir, então só dei o que queriam.

Fernando ri de longe, acabava de ver uma matéria no smartphone.

- Estamos fritos garoto! Ho se estamos! - Fernando assovia - Mas mandou bem! Não tiro uma vírgula do que disse. - Fernando para por um momento e sussurra - Deus nos ajude!

Algum tempo se passa Franklin olhava para multidão de pessoas no andar de baixo pelo vidro, faltava meia hora para o horário da partida do avião particular e sua mãe Lorena ainda não tinha chegado, ele a esperava impacientemente.

Vinicius do departamento de imagem também não havia chegado, mas não era preocupação dele, mas de Priscila, que ligava, mas o telefone não atendia:

-Meu Deus! Esse cara não atende! –Diz Priscila segurando o telefone ao ouvido que chamava, chamava e ninguém atendia.

-Ainda não conseguiu falar com ele? –Diz Franklin que retirava o telefone do bolso, estava preocupado com sua mãe que ainda não tinha chagado ao aeroporto, ele não a via desde a manhã, tinha saído e não disse aonde ia.

-Não, só chama, ele não atende... - Priscila vê algo - Há! Não! Olha ele ali! Finalmente! –Diz Priscila apontando para uma das entradas do aeroporto.

Vinícius, vinha meio desajeitado, apressado, esbarrava nas pessoas, pedindo desculpas initerruptamente, estava apenas com uma sacola de ombro algumas pastas debaixo do braço, uma calça jeans, camisa branca, e uma jaqueta de couro preta e para completar um óculos escuro na cabeça, como uma tiara segurando seu cabelo, mas não fica ali por muito tempo, ele olha para o grupo e principalmente para Priscila, ele sentia alguma coisa por ela, mas não sabia o que, sabia apenas que todas as vezes que estava com ela ficava muito nervoso, seu coração dispara, ele então não vê a placa "Cuidado! Chão escorregadio!" escorrega e cai, estava usando uma bota velha e a traiçoeira o traiu, é motivo de gargalhadas, Franklin tenta segurar o riso, mas à medida que tenta seu rosto ia ficando vermelho, até que não aguenta e cai na gargalhada, Priscila porém, se mantém séria:

-Meu Deus! É esse cara que vai trabalhar comigo!? –Diz ela respirando fundo, e balançando a cabeça, ao contrário dos outros, aquilo lhe trazia aborrecimento, na realidade, tudo referente a Vinícius lhe trazia aborrecimento.

Vinicius olha pra cima e vê todos na área VIP, levanta rapidamente recolhendo as coisas no chão e graças a isso dá mais uma escorregada, mas não cai, e segue a caminhada, subia a escada rolante morto de vergonha, todos tinham assistido de camarote sua queda, ele tinha a pele negra, mas mesmo assim dava para perceber seu rosto vermelho, permanecia quieto, mas não era de seu feitio ficar sem cumprimentar todos.

Franklin olha para a entrada novamente e vê sua mãe, havia seguranças com ela, era assim desde o acidente, mas entre eles, dois homens de terno e gravata se destacam, mantinham seu semblante sério, eram fortes e altos.

Chegam à sala, Franklin vai em direção a Lorena, segura em suas mãos e a beija na testa.

- Mãe, pensei que iria perder o voo, como a senhora some assim?! – Ele olha para os homens –Aconteceu alguma coisa? A senhora está bem?

-Sim, sim, estou, não aconteceu nada comigo, mas temo por você! Hoje pela manhã fui a uma agência de segurança especializada confirmar a contratação desses homens, estarão com você em toda a viagem.

-Mas mãe...

-Franklin! Não sabemos se aquilo foi um atentado! Se fizeram aquilo com seu pai como uma forma de mensagem, eu não sei o que...

-Ei não fale isso! Não quero que se preocupe tanto! Eu vou ficar bem! E ele vai sair daquele hospital!

-Eu sei, mas não muda que eu tenho medo, tenho medo! –Diz Lorena olhando no fundo em seus olhos, segurava firme em suas mãos, parecia uma despedida, havia algo de errado, ele não sabia o que, Franklin então emudece – Esses são Fábio Alencar e Ronaldo Bolevar, eles vão fazer sua segurança durante a viagem e a conferência.

Franklin aperta as mãos dos seguranças, mas sua mente não estava ali, "o que não sei? O que minha mãe não está me contando?".

- Senhor Franklin creio que o senhor já tenha que partir! – Diz Fábio.

– Tem certeza de que está tudo bem mãe? - Olhava com certo estranhamento para Lorena.

-Vá, vá logo, não se preocupe, estão lhe esperando! – Ela apontando para a aeromoça da aeronave particular.

Franklin se despede pensativo, juntamente com a equipe embarca rumo a Washington.

FRANKENSTEINOnde histórias criam vida. Descubra agora