BLACK SNAKE (Elijah Mikaelson & MaleO.C)

BROKEN PIECES

Olá, pessoal se tiver algum erro de revisão, peço desculpas, estava um pouco febril quando revisei.

Boa leitura!
Vittório preferiu não se intrometer e deixou Elijah interagir com sua família agora que sua memória havia sido restaurada. Lee estava dando alguns telefonemas no quarto, Eli foi buscar alguma coisa que encomendou na semana passada. Ele pretendia trazer Sam com ele, mas o menino estava distraído com Henrik montando um quebra cabeça. O sifão aproveitou para embalar as coisas no porão.
“Uma onda de assassinatos e suicídios estão assustando a população de alguns lugares, especialistas falam sobre surtos coletivos e saúde mental, religiosos atribuem os acontecimentos a maldições, castigos divinos…” Vittório soltou uma risada bem humorada ouvindo o noticiário enquanto embalava grimórios e outras relíquias de família que pertenceriam a Sam. “Há também os adeptos de teorias da conspiração que afirmam que as mortes são uma tentativa do governo de encobrir o envolvimento da coroa britânica com a possibilidade de invasão repiliana e experiências com crianças… Apesar das especulações ninguém sabe ao certo a causa do massacre de cinco famílias da Europa, América central e América do Norte… Nos últimos cinco dias. Autoridades dos Estados Unidos falam em terrorismo…” O som foi mutado, Vittório ouviu vozes exaltadas vindo da casa, Sam estava lá com Henrik, deixou a caneta, que usava para desenhar símbolos na caixa, de lado e correu escada acima, enfiou a mão no bolso para segurar o objeto mágico que carregava. Poderia ser um ataque.
Klaus e Damon pareciam tentar decidir o que fazer, Elijah encarou o humano com uma expressão blasé ajeitando o punho do terno caro, aquele Elijah era completamente diferente do vampiro com quem a família Black conviveu durante meses. Lee disparou um dicionário inteiro de palavrões em coreano enquanto apontava uma pistola para Elijah.
“AIGOO, SEKIYA, SAEKKI, TON DONGORI, GAESAEKKI, QUER MORRER?”  Bradou o amigo, Elijah riu com deboche.
“Morrer? Como se um homem tolo como você fosse capaz de tal ato. Tenha respeito, sou um Original!” Colocou as mãos nos bolsos.
Klaus notou a presença de Sam e foi até o menino, tentando bloquear sua visão daquela discussão. Damon fez o mesmo, o casal decidiu não tomar partido, se ficassem do lado de Lee ficariam contra a família, se apoiassem Elijah, Eli ficaria furioso o que os também colocaria contra a família.
“Que caralho está acontecendo com eles?” Lúcifer surgiu ao lado do casal.
“Linguagem!” Klaus o repreendeu apontando para a criança. Lúcifer olhou para baixo e sorriu. “Mais um palavrão nessa casa e eu vou compelir uma assistente social a nos dar a guarda dele!”
“Nós vamos?” Damon deu de ombros. “Eh, nós vamos, titio ama, titio cuida!”
“Uma fruta não cai longe do pé… Hey, venha com o vovô…” Pegou o menino no colo e recebeu um beijo na bochecha. “Não sejam chatos, ele acabou de escutar coisas piores.”
“Em coreano, ele não sabe o que ouviu.” Damon revirou os olhos.
“Hum, Sam sabe um pouco de coreano, então o que está acontecendo?”
“Elijah recuperou a memória.” Damon começou a fazer um resumo. “Parece que, eu não sei, parece que os sentimentos dele pela família Black não são tão fortes, na verdade, ele age como se não tivessem mais importância. Sam foi pedir desculpas por ter sifonado minha magia, ele até fez um desenho…” Damon sorriu pensando que teria que emoldurar. “Acontece que ele ficou feliz por ver Elijah, mas quando Sam o chamou de Lijah apa, bem, ele foi repreendido, Elijah disse a ele que deveria usar o nome das pessoas, que ele não deveria dar apelidos ou atribuições. Lee ouviu.”
“Seu cunhado machucou os sentimentos do meu neto?” Os brilharam vermelho sangue. Lúcifer estava pronto para pulverizar Elijah com um estalar de dedos, mas as mãos de Henrik seguraram as dele.
“Não, Luci, por favor…” Pediu vendo o castanho voltar aos olhos do demônio. “Ele não é ele mesmo, alguma coisa está acontecendo.” Lúcifer ia responder, mas ouviu passos vindo da escada e previu os acontecimentos seguintes. Beijou a testa de Sam que imediatamente caiu em sono profundo.
“Venha!” Agarrou a mão de Henrik e o puxou para o quarto, levando Sam consigo. “As coisas vão ficar feias por aqui!”
“Sabe, vocês mafiosos sofrem de excesso de confiança. Al Capone se achava invencível na época dele…” Elijah debochou, foi interrompido.
“Me poupe da aula de história, nossos impostos estão em dia. Você é uma fraude, Elijah Mikaelson, viveu todo esse tempo sob proteção de mafiosos com excesso de confiança, agiu como um homem bom e honesto, enganou meu amigo e tratou Sam como se se importasse e no segundo em que recuperou sua memória quebrou todas as promessas que fez!”
“Eu nunca quebro minhas promessas!” Elijah afirmou ofendido.
“Você prometeu proteger Sam e seu primeiro ato foi ferir seu sentimento o repreendendo por tratar você como o pai que você fingiu ser, o repreendeu por usar a palavra que você o permitiu usar. Você não é nobre, você é um idiota arrogante.” Vittório passou pela porta do porão, não gostou de como Elijah olhava para seu amigo, como se ele fosse um homem morto andando.
Elijah estreitou os olhos de vampiro e atacou disposto a matar o homem na sua frente. Vittório arregalou os olhos prevendo o ataque, usou magia para retardar os passos do vampiro e avançou empurrando Lee do caminho. A mão em garra segurou a garganta de Vittório e os dois caíram no chão. Os olhos castanhos encararam os olhos azuis, a garganta espremida pelo aperto, as lágrimas no canto dos olhos. Se esforçou para levantar a mão, balbuciou um pedido de desculpas inaudível e tocou Elijah.
“PARA, ELIJAH!” Klaus gritou puxando o irmão de cima do sifão, Lee atirou várias vezes contra o corpo do vampiro, mas as balas comuns não faziam efeito.
“AAAAAAhhh…” O vampiro gritou agonizante, soltou o pescoço de Vittório e caiu para trás sentido as veias em chamas.
“Vittório…” Lee foi até Vittório tateando seu pescoço, as marcas dos dedos de Elijah surgirão vermelhas ao redor do pescoço fino, o mafioso ficou desesperado em ver a dificuldade de respirar, tapou o nariz do outro, puxou uma grande quantidade de ar e soprou na boca do sifão, para ajudar a recuperar o fôlego. Vittório sentiu o ar encher seus pulmões e se lançou nos braços do amigo, chorando, ele sabia que a culpa era dele, mas era doloroso demais que Elijah não se importasse com ele e ainda pior ter que machucá-lo. Ele olhou para o vampiro se revirando em agonia, Klaus desesperado sem conseguir tocá-lo e retirou o feitiço. Era um feitiço usado para tortura, transformar o sangue em verbena. Vittório foi cruel com o seu amado, mas em sua defesa, seu cérebro não estava recebendo oxigênio.