EXTRA 2: ELI

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Olá, espero que estejam bem. Este é o capítulo extra da nossa fic. Peço desculpas pelo tamanho.

*ESSE CAPÍTULO CONTÉM SEXO EXPLICITO E LINGUAGEM IMPRÓPRIA.*

Sei que algumas pessoas não gostam ou consideram o sexo conteúdo sensível, terá um aviso no início e final da cena.
Essa semana começarei duas histórias novas. Uma Stamon e outra sem casal definido.

Boa leitura!

Amor. O que era o amor? Como era receber esse sentimento de outra pessoa? Eram as perguntas que se acumulavam na mente de Eli, o jovem Salvatore-Mikaelson nunca foi amado, não o amor romântico que percebe ao seu redor.
Sempre pensou que era por não ter encontrado a pessoa certa, mas enquanto estava sob o efeito do que aconteceu com Henrik, sentindo suas dores, seus medos e ouvindo os sussurros maldosos ecoando na própria mente, chegou a uma conclusão triste. Ele não era digno de ser amado, por isso Junjie nunca correspondeu aos seus sentimentos, por isso Gwi o olhou com desdém e era por isso, que mesmo depois de viverem na mesma casa por alguns anos, Lee nunca aceitou seus avanços.
Mesmo que ele parecesse não se importar, era realmente doloroso não ser digno de amor, mas não era uma novidade.
Eli sempre pensou no motivo pelo qual Dahlia o escolheu, Freya havia dito que era por ele ser o primeiro a nascer, o primogênito. O tribrido acreditava, porém depois de horas ouvindo as vozes, começou a duvidar. Sua família tinha medo dele. Sempre tiveram, talvez Henrik também tenha. Todos sempre preferiam Henrik. Inclusive o próprio Eli.
Muitas vezes durante os últimos anos, Eli pensou que Lee tinha sentimentos por ele também. Quando Christopher o colocava atrás de seu corpo para proteger de qualquer ameaça, como se Eli não fosse capaz de se defender. As inúmeras vezes que o híbrido atacou qualquer um que desrespeitasse o jovem, acendiam sua esperança. Esperança que os sussurros destruíram. Eli nunca desistiu de nada em sua vida, ele não desistiu de Junjie, respeitou sua escolha e aceitou. Lee não o rejeitou completamente, suas ações o confundiam e talvez fosse sua esperança de ser correspondido que nublou sua visão. Talvez fosse hora de desistir e aceitar.
Eli recobrou a consciência aos poucos, sentiu um peso em cima da barriga e um aperto de ferro em sua mão. Abriu os olhos lentamente e seu coração acelerou, dolorido, a cabeça de Lee estava apoiada sobre sua barriga, os olhos fechados, respiração compassada e os lábios entreabertos. O homem dormiu torto ao seu lado e Eli não entendia como ele estava conseguindo ficar daquele jeito. A mão segurava a sua e aquela maldita esperança voltou a se enrolar em seu coração. Sua mão tremia quando se aproximou dos cabelos macios, retirou rápido demais quando Lee abriu os olhos. As escleras negras o encararam e voltaram ao castanho habitual.
“Você acordou…” Lee se ergueu de supetão. “Por Lúcifer…” Segurou o rosto de Eli entre as mãos e analisou em busca de sinais, porém só viu o rastro seco de lágrimas. Eli se assustou sendo puxado e abraçado com tanta força que não sabia como agir ou o que pensar. Era a primeira vez que ele o abraçava voluntariamente, era reconfortante. Deixou os braços moles com medo de estragar tudo. “Fiquei tão preocupado com você, pequeno irritante!” Ouviu daquela voz que causava arrepios em Eli. Depois de alguma hesitação, arrastou os braços pelas costas do híbrido e retribuiu o abraço. “Você está bem?”
“Sim…” Eli lamentou não poder escutar o coração de Lee, seu coração foi arrancado do peito pela Morte. “Estou bem.” Suspirou encostando a cabeça no ombro do outro. Ficaram assim por longos minutos.
“Seus pais estão aqui, gostaria de vê-los?” Perguntou com uma suavidade estranha que Eli só viu direcionada a Sam.
“Por que?” Perguntou confuso, então se lembrou de Henrik, eles vieram por ele.
“Como ‘porque’? Eles estavam preocupados com você, garoto irritante, são seus pais e você estava muito mal. Damon está sentado há horas segurando uma caixa de cookies de avelã e Klaus estava andando tanto, de um lado para outro naquela sala, que V quebrou o pescoço dele.” Cookies de avelã eram os favoritos de Eli.
“Eu… eu acho que seria bom…” Confessou. “Eu preciso ver meu irmão também, ele está bem, eu sei disso, mas não vou acreditar se não o ver.”
“Vou chamar seus pais e falar com V para pedir a Lúcifer para trazê-lo. Ele perdeu o colar.” Lee explicou.
“O que aconteceu com ele?”
“Sofreu uma emboscada, foi envenenado e abriu um portal na esperança de escapar, mas como sua mente estava confusa, acabou nos campos infernais…” Resumiu. “Samael e Lúcifer conseguiram encontrá-lo com a ajuda de Sammy.”
“Samael veio do outro mundo apenas para encontrar Henrik?”
“Hum, não esse, o menorzinho, o nosso Sammy. Henrik vai te explicar melhor, eu não soube os detalhes.” Se levantou, beijou a testa de Eli e saiu. O tribrido tocou a testa com cuidado e pensou que, talvez, ele não tenha acordado de verdade.
Não demorou muito para Damon e Klaus invadirem o quarto como dois antílopes enfurecidos agarrando o filho, verificando e abraçando. Eli se sentiu como no dia em foi encontrado por sua família, ainda criança, Klaus o abraçou e ele se sentiu estranho, quente.
“Nós estávamos tão preocupados com você, mesmo depois que Henrik acordou, você continuava inconsciente.” Damon falou com a voz trêmula. “Seu pequeno encrenqueiro, nunca mais faça isso, eu não vou suportar perder você, nenhum dos meus encrenqueiros.” Klaus esfregou a mão nos cachos escuros.
“Você e seu irmão são a razão da nossa existência, o que seria de nós se perdêssemos vocês?” Klaus falou.
“Se perdessem Henrik…” Murmurou e Damon compreendeu.
“Se perdêssemos vocês…” Enfatizou. “Eli, eu entendo como você se sente, você acha que seu irmão é melhor que você, mas isso não é verdade, vocês são pessoas diferentes e nós respeitamos essa diferença.” Damon encarou os olhos heterocromáticos.
“Eu sempre pensei que Elijah era melhor do que eu, principalmente, porque eu era um bastardo…” Klaus confessou. “Mas a verdade é que, eu também nunca facilitei as coisas para as pessoas que me amavam por causa da minha insegurança. Ninguém, além de Elijah, entendia isso. Você tem uma personalidade mais reservada e nós respeitamos isso, Eli, nós não te amamos menos, nós demonstramos de um jeito diferente.”
“Você é muito especial para nós e isso que você está sentindo é um efeito da névoa infernal.” Damon explicou para o filho tudo o que aconteceu com Henrik e sobre os sussurros. “Uma vez que Henrik está livre do veneno da névoa, você vai ficar melhor.”
“Esses pensamentos ruins me fizeram pensar em muitas coisas. Pai, você acha que se eu fosse mais parecido com Henrik, Christopher iria gostar de mim?” A pergunta soou tão séria que quase partiu o coração de Klaus e Damon arqueou a sobrancelha.
“O que você quer dizer com isso? Você sabe que aquele sem educação gosta de você, não sabe?” O vampiro perguntou, a resposta estava na cara confusa do tribrido.
“Gosta?” Klaus e Eli perguntaram juntos.
“Ah, pelos deuses, tanta coisa para você herdar do Klaus, tinha que ser a lerdeza?” Perguntou incrédulo. “O cara atravessou hectares com você nos braços, ele não saiu do seu lado um segundo, segurou sua mão e rosnou para qualquer funcionário que chegasse perto da porta. É claro que ele gosta de você!”
“Isso é verdade, esse tipo de atitude uma pessoa como Lee só toma quando se importa.” Klaus concordou.
“E respondendo a sua pergunta, não, Lee não gostaria mais de você se você fosse como Henrik. Você é você, meu marrentinho, Henrik não suportaria um dia com aquele seu namorado mau educado. E Lee não suportaria um dia com o tagarela animado do seu irmão.”
“Christopher não é mau educado, ele tem personalidade forte e eu gosto de provocar.” Confessou. “Hoje quando ele falou comigo todo cuidadoso, pareceu… errado.”
“É uma jeito bonitinho de dizer que ele é um insuportável e mal educado.” Klaus deu de ombros.
“Você também é Nik, eu te amo mesmo assim.” Damon revirou os olhos.
“Eu preciso ver Henrik. Preciso ver com meus próprios olhos.”
“Henrik está bem, ele virá até você. Eu te garanto que você não vai querer chegar de surpresa agora.”

BLACK SNAKE (Elijah Mikaelson & MaleO.C)Onde histórias criam vida. Descubra agora