Olá, espero que estejam todos bem. Esse é o penúltimo capitulo de Black Snake. Espero que gostem.
Boa leitura!
“Você precisa falar com ele, Klaus…” Damon falou olhando para a escada na direção do andar superior. “Ele não pode continuar esperando, fazem três dias. A transição não vai acontecer.”
“Eu tentei, amor, mas Elijah está irredutível, não quer aceitar que Vittório, infelizmente, não vai voltar.” Klaus falou pesaroso. “Eu não entendo, Henrik garantiu que Vittório ingeriu seu sangue, nosso filho tem memória eidética, não esqueceria.”
“Lee acordou depois de doze horas como a porra de um híbrido que eu não faço ideia do que é… já faz três dias, Elijah está em negação.” Damon se sentou ao lado do marido.
“E se estivermos errados e Vittório estiver demorando por causa do sangue de demônio? É uma possibilidade.” Klaus tentou e Damon suspirou.
“Ele precisa aceitar, Klaus, pelo jeito você também, não é justo com ele e não é justo com Sammy…” O vampiro engasgou ao pensar na criança. “Alias, como vamos dizer a uma criança que seu único parente está morto. Elijah tem que voltar a si e decidir o que fazer. Henrik não vai conseguir manter ele longe por tanto tempo, o menino sente falta da família.”
“Podemos levá-lo conosco…” O híbrido sugeriu. “Podemos adotá-lo.”
“Ninguém vai levar meu afilhado para lugar nenhum!” Lee entrou na sala com Eli no encalço, o tribrido não queria deixar o outro sozinho até que tivesse aprendido a controlar suas habilidades.
“Nós só estamos avaliando as possibilidades caso… caso…” Klaus parou de falar.
“Eu não consigo senti-lo, é como se ele não estivesse em lugar nenhum.” O novo híbrido falou.
“O que quer dizer com isso? O que você é mesmo?” Damon perguntou.
“Ceifeiro.” Lee respondeu ainda incerto. “Eu posso sentir os mortos e não sinto ele.”
“Isso é bom, não é?” Eli perguntou.
“Eu não sei, Eli, sou novo nisso, não faço ideia de como funciona. Ela não explicou nada.”
“Ela? Quem? Como isso aconteceu?” Freya entrou segurando umas sacolas com ingredientes mágicos. Ela e Eli haviam feito uma trégua e estavam trabalhando juntos para descobrir o que estava acontecendo.
“Conte a eles, quero dizer para nós porque você também não me explicou.” Eli pediu, eles estavam tão ocupados com o problema de Vittório que não tiveram tempo para conversar com calma.
“Tudo bem, vou contar o que aconteceu quando eu estava morto.” Lee respirou fundo.Lee abriu os olhos, ele estava em pé no centro de um salão circular com enormes colunas lisas de obsidiana, era bem iluminado, mas não dava para saber de onde vinha a luz, pois o teto se estendia para uma infinita escuridão. A sua frente, entre duas colunas, havia um trono gigantesco cheio de símbolos desconhecidos para ele. O homem olhou para si mesmo, ele usava o mesmo terno preto, elegante, e luvas de couro que costumava usar. Sobre o terno usava uma túnica preta, uma versão moderna de um hanbok. Em sua mão segurava uma foice de cabo longo feita de sombras escuras.
“Essa cor fica perfeita em você!” Uma voz feminina ecoou enquanto uma fumaça vermelha se juntava na sua frente tomando a forma de uma mulher. A mulher de vermelho que o assombrou nas últimas semanas.
“Quem é você?” Lee perguntou desconfiado.
“Você sabe quem eu sou, meu ceifeiro…” O tecido do vestido vermelho farfalhou com o vento frio que passou por ele. “Eu sou a Morte.”
“Eu não sabia que deveria ter uma audiência com vossa… majestade. Para seguir para o inferno.”
“Geralmente não, mas você é uma das minhas crianças…” A mulher falou. “Você é um ceifeiro!”
“E o que isso significa exatamente?”
“Que você carrega o dom da morte, criança. Minhas crianças não morrem, elas se tornam a morte. É claro, existem algumas exceções, como sua irmã que era uma criança inocente e passou por muito sofrimento.”
“O que aconteceu com minha irmã?” Lee perguntou exasperado.
“Eu liberei sua alma, ela foi para onde as boas almas vão. Para onde você nunca irá…” A morte o olhou com pesar. “Algumas das minhas crianças têm esse privilégio.”
“Então, meu castigo é me tornar seu escravo?”
“Não, eu nunca castiguei meus filhos, dou a eles a chance de exercer seu dom.” Ela sorriu. “Você não tem escolha, meu querido.” Viu a morte segurar firme seu coração. Olhou para seu próprio corpo, para o buraco aberto em seu peito. A mulher mostrou os dentes afiados e comeu, pedaço por pedaço. Lee caiu de joelhos, a cada mordida no órgão, seu peito se fechava, vazio, até que só restou uma cicatriz na forma de uma foice. “Agora você é um Ceifeiro, não fique chateado, você vai ver que não é tão ruim.”
“Você não me deu essa escolha…” Falou entre os dentes.
“Escolhas… Escolhas são ilusões. Ninguém nunca tem escolha, minha criança. Não quando se trata da morte.” Ela riu com alegria, mas parou de repente. Lee começou a desaparecer gradativamente. “O que? Não…”
“O que está acontecendo?” Lee perguntou olhando para as mãos se tornando transparentes.
“Aquele maldito tribrido…” A mulher praguejou e as paredes começaram a rachar. “De novo, não, eu já perdi o Gwi, agora você se vai, mas se tornará algo que nunca existiu…” Ele não a ouviu mais porque seu corpo desapareceu completamente e Lee abriu os olhos tão negros quanto a obsidiana do templo da morte.
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BLACK SNAKE (Elijah Mikaelson & MaleO.C)
Fiksi PenggemarElijah Mikaelson está morto, ele morreu para salvar o filho de um Elijah de outro universo. Um tempo depois, um humano é encontrado e sua única lembrança é seu nome, Elijah. Ele começa a trabalhar como pianista enquanto tenta descobrir alguma pista...