Amigos? Definitivamente não!

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Os mais velhos continuavam no quarto, deixando o pobre Seo em desespero, pensava que estavam a dois passos de se agredirem lá dentro. O menino balançava a perna direita incessantemente, olhava para os lados depois para a porta do dormitório dos dois, nada, ela seguia trancada e som algum vinha. Changbin já estava cogitando invadir o lugar, mas antes que pudesse levantar, a campainha foi tocada.

O baixinho levantou-se e seguiu até a porta principal para liberar quem quer que fosse, estranhou o fato do porteiro não interfonar antes, ou pior, ele havia ligado, todavia o azulado estava tão perdido em sua paranoia que sequer escutou. Ao abrir se deparou com Hyunjin sério e aparentemente estressado,  mas logo mudou para um largo sorriso no rosto, que novamente se desfez após notar a expressão tensa do Seo.

– Tudo bem, Bin? – indagou preocupado.

– Não. Você já deve saber que passei um dia sem dar notícias, não é?

– Sim. Vim pra' cá justamente por isso.

– Então... Minho foi me buscar na casa do Seungmin, mas ele não avisou pro' Chan, que já tava preocupado comigo e  achou que nós dois estivéssemos com problemas, agora ele tá meio que puto? – disse apressado, se atrapalhanto todo. – Depois ele chamou o Min hyung pro' quarto, estão lá até agora, não queria causar confusão e deu nisso.

– Olha, antes de tudo, se acalma. Você errou em sair da escola sem nos avisar? Sim. Errou em não mandar mensagem, nem avisar onde estava? Sim. Errou em voltar naquela casa, caso esteja se perguntando como eu sei disso, basta olhar para você; quando avisamos que você não deve ir lá na semana? Sim. Mas Minho já é adulto, ele sabe o que faz.

– É, mas Chan hyung e ele são quase casados, e você sabe como o hyung age quando se trata da gente, extremamente, repito, extremamente, protetor.  – deu ênfase na palavra, sabia como o moreno era em relação a ele e Minho

– Ele vai entender, Minho dá um jeito, confia.

– Não queria que eles brigassem por mim... Já me sinto mal de "invadir" a casa deles.

– Chega! Não vamos tratar desse assunto, pois todos sabemos que você não invade a casa de ninguém. Eu te disse, o Chan só tava preocupado, que nem eu, e eu não tô com raiva, ele também não deve estar.

– Ele quase arrastou o Minho pro quarto.

– Então talvez eles estejam tendo outro tipo de conversa.  – sorriu maliciosamente para o menor, que revirou os olhos fazendo uma careta de nojo.

– Você e essa sua mente suja, credo. Nem tudo é sobre sexo, Hyunjin.

– Eu nunca falei sobre sexo, foi você quem disse. – o menino sorriu novamente.

– Você é tão engraçado. – disse ironicamente.

– Me esforço! Agora relaxa, Binnie. Eles devem estar conversando casualmente e como duas pessoas civilizadas, afinal, não tô escutando nenhum grito, xingamento ou tapa. Os hyungs sabem o que fazem, e o Chan não consegue passar muito tempo com raiva do Min.

– É, você tá certo. Ainda assim, eu causei essa briga. – suspirou voltando para o sofá.

O maior negou com a cabeça, se juntando ao azulado. Levou as mãos até o cabelo do mais novo e o assanhou, em seguida apertou as bochechinhas do menor.

– Como pode ser tão fofinho. Tenho vontade de te apertar.

– Sai fora, Hyunjin. Já não basta Minho, agora você também.

– Quem mandou ser adorável.

– E você insuportável.

Hwang agarrou o garoto e o encheu de beijinhos no cabelo, fazendo o menor desistir e aceitar o carinho, aquele carinho que tanto amava receber, pois sabia que apenas aqueles três se importavam consigo, e não tinham vergonha de ser extremamente melosos e babões. Changbin tinha uma família, uma de verdade.

Dias? Conturbados. Noites? Solitárias!Onde histórias criam vida. Descubra agora