Após um passado trágico e cheio de arrependimentos, Victoria tem uma segunda chance de morar com seu padrinho em Barcelona. Porém, mal sabia ela, que isso mudaria sua vida.
Inicio em: 15/10/2023
Término:24/02/2024
Sentada na grama de meu quintal, olhando para as estrelas, eu reflito.
"Era mesmo para ser assim?"
Apesar de eu estar super bem agora, as vezes eu me pegava pensando, e se tivesse sido diferente? E se ele tivesse me apoiado? Ou ao menos tivesse dito para sermos apenas amigos.
São tantas perguntas que passam em minha mente. E elaboro todas contornando o pequeno pingente de lua, em minhas mãos.
Bom, mas passado é passado. Estou com o Mase agora e está tudo incrível.
Um pico de sono finalmente me atingiu, então voltei para cama.
Espero que amanhã o dia seja perfeito.
⊰✯⊱
Já estava anoitecendo, quando terminei de me arrumar.
Logo eu e Mase já estávamos na casa de Pedri.
Eu estou tão eufórica, como será que ele vai reagir?
Será que ele vai gostar?
Só tem uma maneira de saber.
Deixei dois toques leves em seu ombro já dizendo: —Feliz aniversário, Pedri.
—O que? Você? Ah meu Deus! —Me abraçou o mais forte que conseguia, e eu também. — Eu estava morrendo de saudades, pirralha.
—Eu também, pepi. —Enfim nos soltamos. Acabei de decidir, o abraço de Pedri é o meu lugar preferido.
—Mount? —Diz olhando o moreno atrás de mim.
—E aí?
—O que tá fazendo aqui.
—Ele tá comigo. —Disse, e sem precisar explicar, Pedri já entendeu tudo.
—Ah sim. Fiquem à vontade. Temos bebidas e petiscos na cozinha e uma série de atrações do quintal. Aurora realmente se esforçou para essa festa.
—Não é para menos. Finalmente fez 21, sem contar que você merece. —Ele sorriu.
—Agora eu tenho que ir dar atenção ao resto dos convidados. Mas já volto. —Acinto e lando um pequeno beijinho no ar.
Mase e eu fomos até a cozinha pegar um drink, e a casa pessoa que passava, era um cumprimento e uma breve conversa.
—Vick? —Ouvi de longe, mas não consegui decifrar quem era. —Vick! —Agora sim, os gritos de Aurora ecoaram pelo jardim.
A garota, tão eufórica, correu até mim e me envolveu em um abraço apertado.
—Quando você voltou? Até quando vai ficar? Como você está?
—Uau, espere um pouco para eu co seguir responder uma de casa vez. — É uma mania da garota. Sempre que está animada, ansiosa ou nervosa. Atropela uma palavra atrás da outra.
—Desculpe. Venha, sente-se conosco. —Pegou a minha mão me guiando até uma mesa.
—Pode sentar. —Ela fez o mesmo. — e você? Quem é?
—Mason —Esticou a mão para a loira.
—Aurora, muito prazer. —A apertou.
Ficamos ali, conversando sobre tudo.
Até uma imagem, uma imagem que realmente me chocou.
Valentina. Valentina está aqui, mas não sozinha. Está acompanhada por Pablo.
Assim que me viu, ficou pálida, parecia que havia acabado de ver um cadáver, bem a sua frente. Pelo que me pareceu, ela não gostou nadinha da minha visita.
—Vick, não sabia que tinha voltado. —Disse sem graça, sorrindo desajeitada.
—Pois é, como você mesma disse, pessoas são imprevisíveis. — Forço um sorriso.
—Vejo que já arrumou um amigo.
—É, Mason. Meu namorado. —Dou ênfase na palavra namorado. Nunca havia rotulado esse relacionamento, até porque, sabíamos que não era nada muito sério.
Mas naquele momento senti uma necessidade enorme de dizer aquilo em voz alta. Mas não por nós. Por ele.
Achava que já havia superado, afinal, três meses já se passaram e eu já estava 100% melhor. Ou pelo menos achava que estava.
Vê-lo de novo, ainda mais daquele jeito, mexeu comigo de uma forma que não sabia que ainda era possível sentir tudo isso por ele.
O encarei por alguns segundos e ele fez o mesmo.
Porém, seu olhar era frio, sem sentimento algum. Ou pelo menos não deixava transparecer.
Sua afeição estava neutra, sendo incapaz de traduzir alguma coisa em seu rosto.
Ele havia mudado.
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