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Victoria

8 meses depois

Estava no meu carro dirigindo rumo ao Old Trafford. Hoje é a semifinal da champions league.

E eu gostaria de estar torcendo por Mase, por isso, tive que faltar a aula. Porém isso nunca foi preciso em 11 meses. Acho que uma vez em todo o ano não vai fazer mal a ninguém.

Estava no camarote acompanhada de Paige e várias outras famílias.

E então os jogadores começaram a entrar. Assim que Mount apareceu, soltei meus pulmões. Dando apoio moral a ele.

Mas foi só aí que percebi que o time rival era o Barcelona.

Com a saída de meu padrinho do comando do time, eu não tinha mais tanta informação. Mas Pedri podia ter me avisado. Por que ele não avisou?

Eu ficaria contente em vê-lo de novo em tanto tempo.

E foi aí, que o meu coração acelerou. Ele estava ali. Ele iria jogar contra o Mase.

Deus, não quero nem saber o que irá acontecer no decorrer desta partida.

O United estava em vantagem com o jogo de ida. Ganhamos de 1x0.

Agora só nos restava marcar mais um, para a classificação ficar garantida, e segurar o placar.

O juiz apitou, dando início ao primeiro tempo. Nunca entendi muito de futebol, mas eu sabia o básico e com certeza, não estávamos bem na partida.

Estávamos perdendo a bola muito facilmente e dando muito espaço para o adversário se aproximar da área.

E com isso, não demorou muito para marcarem um gol. Ferran foi quem deu vantagem á sua equipe. 1x1 (no agregado).

E permaneceu assim até o meio do segundo tempo. Quando Antony, marcou o seu 1° na partida. 2x1(A).

Quando Mason recebeu a bola, tentou avança-la. Porém, Gavi  o impediu e o derrubou.

— Porra juiz, é cartão vermelho! — Paige gritou ao meu lado, mas eu só analisei a situação. Mount ainda estava caído no chão e aparentemente com dor. 

—Vamos Mount, levanta! — Disse para mim mesma. 

E dai em diante, a zona começou naquele campo. Os jogadores estavam se empurrando e xingando uns aos outros. No que isso vai dar? 

Até que tirei os meus olhos da briga e vi Mase sair do campo em uma maca. Ah, não!

O juiz, apesar de um pouco tarde, com o empurrão e a discussão em campo. Acabou realmente dando um cartão vermelho a Pablo. Confesso que, não fiquei muito feliz com isso. Mas o justo é justo.

Esperamos o jogo acabar e descemos até o vestiário.  

Porém no meu caso, fui até a sala de recuperação.

Encontrando Mase aos prantos.

—Oi. —Entro um um pequeno sorriso tentando dar algum conforto. —Tá tudo bem?

—Parece tudo bem? —Respondeu ríspido.

—Se que tá chateado mas...

—Chateado? Victória eu não vou poder jogar a final da champions league. E você sabe o quanto isso era importante para mim.

—Sim, mas...

—Não tem mas, tá legal? Só me deixa sozinho. Por favor.

Eu entendi. Deve ser muito difícil mesmo.

É como uma obra. Você está quase finalizando o quadro mais lindo da sua vida, quando borra algo com tinta preta. É a pior sensação do mundo.

E não vou forçar amizade com ele. Se não quiser me ver, não veja. Quando estiver melhor para conversar, venha até mim.

É uma das coisas que aprendi aqui.

Mase já me deu muitos desses gelos, por vários dias, ou até semanas. Mas aprendi que se a pessoa precisa de espaço. Deixe ela que se cure sozinha.

Não posso ajudar alguém que não quer minha ajuda.

—Mandei mensagem para Paige perguntando se ela poderia ir embora com Ale. Ela concordou, obviamente.

Indo para o estacionamento, recebi um abraço apertado por trás.

—Que saudades, pirralha.

—Ah, eu também. Mas não precisa me enforcar, Pedri. —Dei batidinhas no seu braço para me soltar.

—Desculpa. Quer passar no meu quarto de hotel? Podemos assistir um filme ou alguma outra coisa. Se seu namorado deixar, é claro.

—Claro, eu vou adorar. A quanto tempo não assisto um filme juntos? Tipo a uns dois anos?

—Pois é, faz muito tempo mesmo. Vai com seu carro?

—Vou. Pode ir na frente me guiando.

—Claro. —Ele assentiu e foi para o seu automóvel.

Fui seguindo seu carro até um luxuoso Hotel cinco estrelas. É, o Barcelona não tá fraco não.

Subimos até o quarto de Pedri, que, por algum milagre, não dividia com ninguém. Apenas uma cama de casal no centro do quarto.

—Vou tomar banho primeiro, mas pode ir escolhendo o filme.

—Tá. —Concordo pegando o controle remoto.

Não tinha muitas opções legais, mas crepúsculo: amanhecer, não tem erro.

—Você prefere a parte um ou a dois? —Pergunto quando vejo ele sair do banheiro, já vestido.

—Você decide. —Se deita do meu lado.

—Vamos Pedri. Sabe que eu amo os dois, não consigo decidir.

—A parte dois. —Concordo colocando o título.

Ligamos o aquecedor e no fim, assistimos todo o resto da saga.

Eu me senti como nos velhos tempos. Só eu e Pedri.

Só tenho uma coisa a dizer, está acabando!

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Só tenho uma coisa a dizer, está acabando!

La Luna - Pablo Gavi  Onde histórias criam vida. Descubra agora