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Pablo

Hoje é aniversário de Pedri. E pedi para que Aurora organizasse uma simples festa.

Porém acho que ela se empolgou um pouco. Ela sempre gostou de organizar eventos e essas coisas, é realmente boa nisso.

Eu sei que foi eu quem pedi para que ela fizesse uma festa. Mas agora, vendo que preciso tomar banho e colocar alguma roupa que não seja apenas shorts de moletom, eu estava quase desistindo.

- Vamos corazón? -Valentina pergunta terminando de abotoar os brincos.

Eu não queria que ela fosse, queria que fosse apenas uma coisa minha e de meus amigos.

Mas ela ficou sabendo da festa e agora não tem quem a faça ficar.

Valentina é uma ótima pessoa. Porém, muito complicada.

Estamos ficando a apenas uma semana, não a apresentei a ninguém e nem pretendia.

Quero dizer, nosso... sei lá o que seja isso não é recíproco, pelo menos da minha parte.

Mas ela insistia tanto nisso, que acabei cedendo. O que foi um erro.

Chegando na casa de Pedri, Corri um pouco à frente dela, para não precisar apresenta-la a ninguém.

Até que cheguei no jardim e a vi.

Ela estava ali. Logo ali, a alguns passos de distância. Porém não me movi. Não conseguia.

Até que Valentina chegou e elas pareciam conversar, mas eu não escutava nada.

Estava apenas processando que ela estava mesmo aqui na minha frente.

De repente, senti algo me consumir.

Não sabia que Victoria ainda mexia comigo desta maneira.

—É, Mason. Meu namorado. — Namorado? Ela estava namorando.

Mas ela... por que isso me afeta tanto?

Encarei seus olhos pensativos, porém esperançosos.

Por mais que eu quisesse, correr até ela e a beijar como se fosse a última vez, eu não podia. Não podia deixar nenhum dos meus sentimentos transparecer.

E percebi a decepção em seus olhos. Ela não encontrou o que procurava, e eu a empedi.

—Eu vou ao banheiro. —Anunciei baixinho, como um sussurro para mim mesmo.

Chegando no andar de cima, me tranquei bo banheiro do quarto de Pedri.

Não podia deixar que me vissem naquele estado. Não podia deixar que me vissem chorando.

Ela está com outro cara e eu não fiz nada para impedi-la.

Não fiz nada antes e não fiz nada agora.

Eu a perdi, duas vezes.

Tudo por culpa de ações impulsivas.

Caralho, quem eu era para dizer que ela não poderia correr atrás dos seus sonhos?

Eu era um homem de merda.

Eu sou um homem de merda.

Sempre dizem, que você colhe o que planta. E aqui estou eu. Não cultivei as sementes e não as reguei.

Resultado. Eu não colhi nada.

E eu não mereço nada.

Mas vê-la ali, feliz com outro homem e não sou eu.

Eu não posso suportar.

Mandei uma mensagem a Valentina dizendo que não estava bem e que já estava indo embora. Mas que ela podia ficar.

E fui para casa.

Fui para meu apartamento que me dá recordação não aproveitadas. Recordações alegres, mas que ao serem lembradas, ficam tristes e vazias.

Seu cavalete ainda estava na varanda. Na esperança de ela um dia voltar.

De ela um dia voltar para mim.

Mas vejo que é tarde demais.

Gente, eu amei esse capítulo, sério

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Gente, eu amei esse capítulo, sério.

La Luna - Pablo Gavi  Onde histórias criam vida. Descubra agora