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VICTORIA

Completamente contra minha vontade, estava me arrumando para ir ao treino junto de meu padrinho. Ele sempre faz esses 'passeios', mensalmente.

Eu gosto? Com certeza, não. Mas finjo gostar para agradá-lo.

Desde o falecimento dos meus avós, ele tem se esforçado muito para que eu me sentisse em casa. Realmente se dedicando para ser um pai para mim.

Quando estava retocando a maquiagem, Valentina, filha de Carmem, a que cuida da casa, Abre a porta.

—Seu padrinho já está te esperando. —Coloca apenas a cabeça no vão entreaberto da porta.

—Tudo bem eu já estou quase pronta. —Digo sem a olhar.

—Aqui. —Coloca dentro de minha ecobag um potinho. —Os bolinhos de morango da minha mãe. Sei que vai ser um tédio e eu sinto muito. —Finje estar com dó.

Desde que cheguei, Vaelntina têm sido minha melhor amiga, claro que, nas minhas outras visitas de antes, nós também nos encontrávamos, mas agora tendo que morar com essa atentada, vem fazendo meus dias ficarem mais suportáveis.

—Você me conhece tanto. —finjo estar emocionada. —Obrigada. —Sussurro ao ver que ela estava de saida.

Finalizei com um perfume, peguei minha ecobag e meu kit-sobrevivência (Um livro, fones de ouvido, um caderno e meu estojo). Já sabendo como é essas visitas, eu já vou preparada.

Assim que desci, me despedi de Carmem e Valentina e seguimos rumo ao CT, que segundo meu padrinho, era um lugar de possibilidades. Agora vocês que lutem para entender.

⊰✯⊱

Como o esperado estava o puro tédio. Até que decidi  pegar meu caderno e desenhar alguma coisa.

Sentir o grafite do lápis dançando sobre o papel e fazendo coisa extraordinárias, era a coisa mais gratificante para mim no mundo.

Estava fazendo um lindo rascunho até sentir alguém se aproximar.

Pedri.

Por conta dessas visitas mensais, eu acabo fazendo amizade com vários jogadores, por incrível que pareça.

—E aí, moreninha. —Chega bagunçando meu cabelo e se senta ao meu lado.

—Oi pra você também Pedri. —Digo mal humorada tentando arrumar meus fios.

—Tá fazendo o que?—Pega meu caderno e tenta decifrar, mas como era um rascunho, não deu muito certo.

—Tô tentando fazer alguma coisa relacionada à paisagem e ao clima, só que esse lugar não ajuda muito. —Ele concorda.

Sabe, um campo de treinamento não é o melhor lugar para você buscar inspiração.

Bom, a arte não estava dando em nada, por isso, estava prestes a desistir, até um certo jogador chamar minha atenção.

Já havia visto ele antes, mas nunca havíamos trocado uma palavra.

Seus traços eram marcantes, perfeitos para entrar no papel.

E assim eu fiz, o lápis deslizava sobre a folha desenhando todos os seus traços.

Estava ficando bom, mas devo que admitir, o modelo também não era nada mal.

Estava ficando bom, mas devo que admitir, o modelo também não era nada mal

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Finalmente o 1° capítulo. Espero que não desistam de mim

La Luna - Pablo Gavi  Onde histórias criam vida. Descubra agora