Capítulo Seis:
—— PONTA SOLTA ————
ERA NOSSO ÚLTIMO DIA EM PARIS e eu não sabia que tipo de relacionamento eu e Bruce tínhamos. Tentei conversar com ele sobre sermos casuais — não que eu quisesse, mas parecia que éramos. —, sua reação foi uma rodada de uma hora e meia de orgasmo negado.
Agora, era noite de outro dia. Eu havia limpado o meu quarto durante o dia e recolhido meus pertences. Já Keila e Cameron apenas quiseram arrumar o quarto na porra da última noite em Paris.
Então eu estava ajudando na faxina por livre e espontânea pressão. Cada milímetro teria que ser limpo; sem rastros, sem polícia na nossa cola.
Cameron me instruiu a dobrar as roupas dela enquanto ela usava o aspirador de pó pelo quarto. Eu estava na metade devido a pausas para piadas sobre calcinhas.
Cameron soltou uma risada, colocando o aspirador no tapete branco-sujo embaixo da cama.
Outra interrupção: alguém batendo na porta.
— Será que já é a polícia? Nem comprei os brinquedos sexuais que eu queria ainda. — Cameron fingiu um soluço.
— Cala essa boca. — Eu disse.
Keila parou de dobrar as próprias roupas, indo abrir a porta.
Ela abriu apenas uma brecha para colocar a cabeça para fora, depois, voltou para dentro.
— Laurie, é 'pra você. — A loira disse, apontando para a porta entreaberta.
Suspirei, ajeitando minha blusa larga. Eu devia ter pensado que haveriam visitas quando decidi vestir essa blusa apenas com uma calcinha por baixo.
Coloquei a cabeça para fora, encontrando Bruce roendo as unhas.
— Oi. Preciso falar com você, vem aqui fora. — Ele sussurrou.
Franzi o cenho, puxando a barra de meu blusão para baixo.
— Eu só 'tô de camiseta. — Sussurrei de volta.
— Só? — Ele perguntou, um vislumbre de malícia em seus lábios, logo voltando à expressão séria. — Então me deixa entrar. — o moreno tentou se esgueirar pela fresta da porta.
— Não. Agora não, estamos limpando aqui e há três mulheres apenas de camisola. — Eu disse, forçando a porta para que ele não entrasse.