Lutando Por Você

Apenas colegas

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Wyatt

Cameron ignora a minha existência enquanto come e bebe seu chocolate quente, fico o observando, enquanto tomo o meu café e ele me intrigava, o que um homem tão cheiroso como ele estava fazendo ali sozinho? Desde do momento em que sentir o cheiro dele pela primeira vez na entrada do galpão, parecia como que o meu corpo fervia e tinha sorte de ser controlado ou eu teria o sequestrado, o levaria para um lugar privado onde o tomaria para mim. E nunca tinha sentido isso por ninguém, não era apenas uma atração banal, parecia que ele era um pedaço meu que faltava e que finalmente o encontrei, e não iria perde-lo. Pergunto.

_Você ainda volta para trabalhar hoje?

Ele me encara por alguns segundos, levanta a sobrancelha e rebate a minha pergunta.

_Porque quer saber da minha vida?

_Curiosidade. Você volta? – Insisto e ele bebe seu chocolate quente, acompanho os seus movimentos como se hipnotizado e ele responde.

_Volto. Tem mais uma luta hoje.

_Entendo.

_Porque o interesse? – Questiona sem entender e respondo sorrindo.

_Curiosidade, pequeno urso.

Ao ouvir o seu apelido, Cameron revira os olhos e pergunta, ao cruzar os braços e me encara.

_Qual é a sua, afinal?

_O que quer dizer com isso? – Questiono sem entender.

_Você é um novato e não te conheço, Wyatt. Não te dei a mínima liberdade para apelidos e você simplesmente me chama de pequeno urso, não somos amigos e sou um enfermeiro que cuidou dos seus machucados. Apenas isso. – Diz baixo, enquanto seus olhos bonitos queimam de raiva para mim e respondo.

_Bom em minha defesa, fui educado e sou grato por ter você cuidando de mim, com essas mãos ágeis e adoráveis. E pequeno urso, é um apelido carinhoso, não nos conhecemos, ainda e prometo que se me der uma chance, acharei um apelido melhor, como: Amor, bebê ou minha vida.

Ele me encara desacreditado pelas minhas palavras, morde seus lábios e sua expressão muda rapidamente e só sinto quando ele joga o chocolate quente na minha cara, se levanta e esbraveja.

_Não ouse zombar de mim, não serei a porra de uma piada para você. E me faça um favor, não fale comigo nunca mais na sua vida.

Antes que eu diga qualquer coisa, ele sai do restaurante batendo o pé, pego o guardanapo e limpo o meu rosto, o chocolate está morno e por isso não queimou o meu rosto. Corro até o caixa e deixo uma nota de cinquenta e digo para Frankie.

_Para pagar o meu café e o que o Cameron consumiu.

_Vou te dar o troco. – Pega a nota e nego.

_Não precisa.

Saio do restaurante apressado para encontrar Cameron, e o encontro sentado no banco, me aproximo e ele diz.

_Me deixe em paz. E se está achando que tenho medo de você, eu não tenho e não me arrependo de ter jogado o meu chocolate na sua cara. – Para de falar, por alguns e afirma.

_Aliás eu me arrependo de ter desperdiçado o meu precioso com você.

Empina aquele nariz arrebitado bonito, enquanto me olha desafiador e sorrio, ele era adorável. E me desculpo.

_Vou pagar um chocolate novo para você, se quiser. E quero me desculpar, não estava zombando de você ou te fazendo de piada em nenhum momento.

_Então o que está fazendo? – Questiona sem entender, o que eu quero com tudo aquilo e para mim, parecia obvio, mas ao olhar para ele, percebo que ele não me entendia.

_Dando em cima de você, não é obvio? – Sou direto com ele, que abre e fecha a boca sem palavras e começa a rir, como se fosse uma piada e espero que ele pare de rir, ele para, me encara e pergunta.

_Você com certeza bebeu algo ou fez uma aposta com alguém. É isso, não é? Quem foi? – Questiona e sou eu que dou risada nesse momento, e afirmo.

_Não estou bêbado e não tem aposta nenhuma. Nenhum desses caras, seria louco de propor isso para mim.

_Realmente eles são boas pessoas e não fariam isso comigo, mas não acredito em nada do que me disse, sobre está dando em cima de mim.

_Tudo bem, mas eu estou dizendo a verdade, pequeno urso, eu quero você. E você tem algum namorado? – Pergunto, mesmo sabendo que não há ninguém em sua vida, fiz uma rápida pesquisa e descobrir que ele era solteiro. E ele afirma.

_Não te devo satisfações da minha vida.

_Então não tem ninguém ou tem? – Insisto e ele responde irritado.

_Não tem, satisfeito? Mas mesmo que eu não tenha ninguém agora, eu não vou ter nada com você.

Sorrio convencido ao ouvir a resposta dele, ele está com as bochechas rosadas e agradeço.

_Bom obrigado pela resposta. E tenho paciência para conseguir o que eu quero e quero você.

_Pois se quer um conselho, não gaste sua paciência comigo, Wyatt. Somos funcionários da mesma empresa e seremos apenas colegas.

Ando ao redor do banco, onde ele está e deixo o cheiro de Cameron tomar o meu pulmão como dele, o quão louco, eu estava por ele? Ando e fico de frente para ele e afirmo.

_Ser apenas o seu colega, não é o suficiente para mim.

_Isso é uma pena, porque é tudo que terá de mim.

_Acho que eu posso ter mais que isso, Cameron... – Sussurro, enquanto olho em seus olhos e ele fica me olhando, aproximo meu rosto do dele e ele se afasta, e avisa, enquanto praticamente corre para o seu trabalho.

_Apenas colegas.

Rio e fico o olhando até que ele entre no galpão, seria paciente com ele, Cameron merecia que eu me esforçasse e não desistiria de o ter para mim, mesmo que isso demorasse um tempo para acontecer. Entendia que havia barreiras a quebrar, que ele estava na defensiva comigo, por não me conhecer e isso seria algo que eu teria que resolver. Pego o meu celular e ligo para Becky, que me atende e pergunto.

_Ocupada?

_Não, o que precisa?

_Preciso que faça uma pesquisa sobre uma pessoa.

_Quem é?

_Cameron Royce. – Gosto da sonoridade do nome dele nos meus lábios e Becky pergunta.

_Quem é ele?

_Alguém que me interessa.

_Eu deveria abrir uma agencia de amor, você não é o primeiro a pedir para pesquisar sobre alguém.

_Quem foi o outro? – Pergunto curioso e ela responde.

_Meu chefe. E te mando as informações em breve.

E desliga a ligação, sorrio e guardo o meu celular, ando em direção ao galpão iria assistir a ultima luta da noite, antes de ir embora.