afternoon tea in the world of the dead

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chá da tarde no mundo dos mortos
Ps: sem rosquinhas.

Cinnamon on my teeth
Form your kiss.
Pt.1

— Não acha que chegou a hora? Bem... as coisas não estão muito boas, você não percebeu? Aquela coisa lá em baixo está ficando mais forte. -Falei enquanto meu tio saboreava o chá de flor de Lotus em uma xícara com rostos sombrios estampados.

— É impossível que isso aconteça. E Você está vendo o que Zeus está fazendo com Percy, não seria nada diferente com Nico e Bianca, para falar a verdade, seria pior. Você teve sorte do que aconteceu com você.  -Ele disse com um olhar distante.

— Você chama isso de sorte? -perguntei, Hades ficou calado e bebeu outro gole do chá.

— Percy não pode ser a criança da profecia... -Ele pareceu pensar. — Ok... tudo bem, vou tirá-los de lá, mas se algo acontecer.... -Meu tio me olhou com uma expressão que não conseguia distinguir, não era raiva mas também não era compreensão.  — Não falei sobre isso para ninguém, ok?

— Não vou falar, já guardo esse segredo a muito tempo, não é? -Terminei meu chá e pousei a xícara no pires de cerâmica branca entalhado com flores rosas e roxas, Persefone tem um bom gosto.

— Eles estavam bem? -Quando voltei a olhar para Hades ele estava com uma expressão preocupada, como as dos pais mortais quando o filho se machucava no parquinho. Eu nunca havia visto Hades ou qualquer outro imortal assim.

— eles estavam bem, se divertindo... vai contar a verdade para eles, tio? -a face de alívio de Hades logo desapareceu e deu lugar a uma expressão rígida.

— Não... eles não precisam saber. E você não vai contar.

– Tio... -tentei argumentar mas ele me interrompeu.

— Você não conta os meus segredos e eu não conto os seus, temos um acordo? - a voz dele soou sombria. Engoli em seco.

— Ok... temos um acordo. -Me levantei da mesa, meu tio me deu um aceno de mão.

— Boa sorte, Lummy. -Ele disse e se dissolveu em cinzas, provavelmente se teleportou para outro lugar.

Peguei uma das pérolas que ganhei de presente do meu pai. A joguei no chão e voltei para... bem, Santa Mônica, onde fica localizada minha loja de doces favorita.

Entrei na loja de doces a uma quadra da praia, é a minha loja de doces favorita desde que me entendo por gente. Fui até o balcão e pedi alguns donuts e docinhos, esperei o vendedor guardá-los em uma caixa para viagem e então paguei usando um cartão que minha mãe me deu no meu aniversário de 14 anos.

— Volte sempre! -O jovem vendedor falou e eu assenti.

Mas antes que eu saísse da loja escutei alguém me chamando.

— Luny? -Uma senhorinha com cabelos grisalho e óculos de grau, ela tinha um gato preso a coleira.

— Senhorita Flink? -Eu ainda não tinha a reconhecido mas o nome veio automático a minha boca.

— Eu mesma, querida! Você está uma moça... como cresceu! -Ela falou e me abraçou de lado, para evitar derrubar minhas compras.

I don't remember you. Luke Castellan Onde histórias criam vida. Descubra agora