My "godmother" addicted to fashion

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Minha "madrinha" viciada em moda
☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆

And I break down
Then he's pulling me in
In a world of boy's
He's a gentleman.

Acordei em um quarto diferente do meu no chalé de Poseidon. Este quarto era mais ventilado, o quarto era iluminado por velas aromaticas, luz natural da lua e alguns candinheiros.

- Então, tem algo para me contar? -Ela perguntou. Minha querida madrinha sentada no peitoral da janela enquanto tirava roupas de uma mala de viagem.

- Não... eu não posso, você sab-

- Sim, querida, eu sei. Mas pense bem, um dia você vai precisar da minha ajuda. -Ela suspirou. - Sem minha ajuda você não vai conseguir salvar a coisa mais importante para você. Não seja uma afilhada má.

- Você sabe o que era, não é? -Perguntei. Minha madrinha já havia me avisado que eu precisaria da ajuda dela para algo, mas sempre tentei mudar o objetivo da conversa. Eu não queria ser enganada por ela e acabar espalhando segredos que podem causar uma guerra.

- Lá em baixo? Com seu irmão, Grover o sátiro e Annabeth filha de Atena? -Ela riu e então mordeu os lábios. - Não eu não sei.

- Você sabe, sabe que seu irmão esta ressurgindo... sabe que ele vai destruir tudo, não é? -Fiquei surpresa com o que eu mesma falei. Ditte apenas me observou enquanto fechava o zíper da mala vazia.

- Não se refira a ele como meu irmão, Lummy. -Ela disse, o tom de voz agora mais rígido, uma áurea rosa bruxuleava pelo entorno de seu corpo.

- Então é verdade. -Murmurei.

- Você vai precisar fazer suas próprias escolhas, lembre-se que você é uma semideusa poderosa, com muitos segredos. E não se preocupe de ser paga de egoísta... você é, todos nos somos, mas fazemos isso por amor, não é? -Ela sorriu, mas seus lábios se retorceram, o cabelo dela começou a flutuar com o vento, a calça Jeans e o croppred lilás que ela vestia começaram a brilar uma luz rosa.

- Madrinha... -A chamei, mas Ditte apenas sorriu fraco.

- Quando precisar de mim basta me chamar, mas eu só aparecerei se for a hora certa. Você faria loucuras por amor, eu admiro isso, Lummy.

Tada minha visão estremeceu, o sonho mudará. Estava agora em uma casa destruida de mármore branco, escutava uivos de lobos, o que me causou arrepios, eu não gostei nem um pouco dessa sensação. Ouvi gritos e espadas colidindo, mas então escutei uma voz familiar gritando de dor.

- Luke! -Gritei, sai correndo na direção da voz. O vento soprava extremamente forte, um funil estranho estava girando no centro da sala se transformando em algo gigante, mas não dei importância, corri até a voz de Luke.

Ele estava no chão, ao redor dele uma poça de icor dourado, o sangue dos deuses. A espada de Luke estava quebrada, a ponta pregada no chão de mármore.

- Luke... o que... -Minhas mãos tremiam, eu sabia que era um sonhos, mas tudo estava tão real, tão assustador.

- Eu confio em você... seja egoísta e faça isso. -Ele sorriu, mesmo com todo aquele sangue perdido ele continuou sorrindo enquanto me olhava.

- Porque você está... -Eu não conseguiria terminar uma única frase desse jeito. Então escutei passos, não passos normais... lobos.

- Você... você não deveria estar aqui, criança de Poseidon. -Uma loba falou, eu já a conhecia, de uma antiga e longa história.

Derrepente a sala foi preenchida com uma cascata de neve, a última coisa que vi foi minhas mãos congelando e Luke virando fumaça.

Me levantei da cama tão rápido que senti meus olhos vacilantes, uma tontura percorreu meu corpo e tive de sentar na cama novamente.

- Maldita pressão baixa... -Murmurei.

- Tudo bem? -Percy perguntou. Eu não notará que ele havia chegado, talvez ele tivesse voltado pela madrugada... ou... não sei. Perdi a noção do tempo.

- Tudo certo? -perguntei enquanto tentava dar ordens a mim mesma como "Parem de girar olhos!".

- Sim, o raio mestre foi entregue com sucesso... Ares teve problemas no caminho,e os deuses não entraram em uma guerra entre si. -Meu irmão tinha um sorriso no rosto, mas parecia relutante a algo.

- O que foi? -Perguntei, esperei que minha voz não saísse seca.

- Você tem alguma ideia de quem roubou o raio? -Ele perguntou, eu suspirei e falei.

- Cronos. -Disse, um trovão rimbou no céu.

- Bem, sim... você é rápida. -Percy coçou a nuca. - Ele foi o comandante, mas ele não poderia entrar no Olimpo sem ser visto, não é?

- Percy... eu posso estar sendo louca mas. -hesitei por um momento, então decidi que não iria mais guardar isso só para mim. - Acho que foi um semideus, bem, eu tenho quase certeza. Não tem como ter sido algum espírito da natureza.

O garoto olhou pra mim por alguns instantes, uma sobrancelha arqueada se erguia do lado direto do seu rosto.

- Sim, deve ter sido um semideus, um bem malvado e louco. -Percy acrescentou. - Alguém do acampamento?

Balancei a cabaça em sinal de negativo. Bem, conheço todos no acampamento, não é como se eu fosse amiga de todos os campistas, claro.

- Todos aqui são corajosos, mas não acho que alguém daqui tenha essa audácia e preparamento para isso. Talvez tenha sido algum semideus revoltado com a própria vida, algum semideus insano. -Eu disse.

- Bem... vamos ter que tirar essas dúvidas depois, Quíron vai fazer uma reunião na casa grande. -Percy disse. Ele começou a desfazer a mochila que estava em cima da cama dele, por momento só saíram néctar, ambrosias, jaquetas e um monte de coisas que não me interessam. A bolsa de Percy estava tão surrada da missão que parecia que um monte de jogadores de futebol americano estavam jogando uma partida sem regras e a usando como bola.

- Isso é para você. -Percy tirou da bolsa uma caixinha de chocolates da bolsa.

- Sério? Obrigada, Percy! -Disse e me levantei para abraçá-lo, mas minha pressão, como gosto de chamar essa coisa, foi mais rápida e quase me derrubou no chão, Percy me segurou pelo ombro.

- Acontece com frequência? -Ele perguntou e me colocou sentada na minha cama.

- Ultimamente. -Respondi. Bem, isso sempre acontece quando eu recebo mensagens de deuses, ou também quando lembro de coisas que eu não deveria saber.

- Tome, se for pressão baixa isso deve melhorar. -Percy abriu a caixa de chocolates trufados e me deu alguns.

Comi um, deveria ter recheio de limão, a camada de chocolate conseguia esconder o amargo da fruta, mas não muito ao ponto de ficar totalmente doce.

- Obrigada, Percy. -Disse, ele sorriu.

- De nada, Irmãzinha. -Percy disse e se sentou ao meu lado na cama.

- Eu sou mais velha. -Respondi. Mas um sorriso estava estampado no meu rosto, Irmãzinha.



I don't remember you. Luke Castellan Onde histórias criam vida. Descubra agora