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Maya Fiore
19 de janeiro de 2023
Los Angeles

- Você realmente quer fazer uma festa de aniversário? - Oliver disse enquanto eu explicava minha ideia para ele.

- Sim, eu quero. - Disse o observando. - Nada demais, Javi disse que dispõe a casa, você sabe que ele ama qualquer coisa que envolva festa.

- Mas vai ser uma festa de aniversário ou uma festa no seu aniversário? - Oliver disse e eu ri.

- No meu aniversário, mal tenho amigos aqui Oli. - Disse fazendo carinho em Guto que estava no meu colo.

- Claro que tem. - Gabi disse e eu a encarei. - Eu, Flor, Javi, Oli. - Ela disse e eu ri.

- E vai ser a gente a minha festa? - Disse e ela concordou. - Quero gente, quero ver gente, quero sentar e observar as coisas acontecendo. Vocês sabem que eu gosto disso. - Disse e eles concordaram.

- Não prometo que vou nisso. - Gabi disse e eu sorri.

- Tá tudo bem, mas não esquece meu presente. - Disse arrancando um riso da mais velha. - E você?

- Posso pensar em ir.

- Maísa vai estar aqui ainda, Xolo vai estar lá, sei que você tem uma quedinha por ele. - Disse tentando convencer meu irmão.

- E eu? - Ouvi a voz de minha mãe vindo da cozinha. - Vou ir?

- Mãe, acho que a senhora não merece isso. - Disse e Oliver concordou.

- Não posso nem me divertir, tá vendo Augusto, ser vó é foda.

- Não fala palavrão na frente do meu filho, porra. - Disse e ouvi Oliver rir.

- Eu não aguento vocês, parecem loucas.

- Você tem a mesma genética, meu filho. - Minha mãe disse e eu concordei. - Acho que o mais civilizado era o seu pai.

- Com certeza, papai era um anjo. - Disse respirando fundo, definitivamente era uma ferida aberta. - Lembra no meu aniversário de dez anos? - Disse e minha mãe concordou.

- O que que rolou? - Oliver disse e eu sorri ao lembrar.

- Ele me acordou, disse que eu merecia uma coisa, ele tinha feito a casinha na árvore pra mim, ele fez questão de colocar lá só as coisas que eu mais gostava. - Disse sorrindo enquanto brincava com os dedos.

- Ele colocou seus livrinhos favoritos, seu violão, seus caderninhos e muita tinta. - Minha mãe disse e eu concordei. - Como você fez bagunça naquele lugar.

- Eu lembro, Maya não deixava eu subir lá. - Gabi disse e eu ri envergonhada.

- Ela não deixava ninguém subir. - Oliver disse. - Até hoje não deixa.

- É meu canto. Me deixem. - Disse e o garoto revirou os olhos. - Papai iria gostar de saber que ele continua lá.

- Ele sempre me disse que você não teria coragem de se desfazer de lá. - Mamãe disse e eu sorri. - Você e seu pai são iguais, meu deus, chega até me assustar.

Competição - Bruna MarquezineOnde histórias criam vida. Descubra agora