Mordida fatal

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Bill: Pelo amor de Deus, aguenta mais um pouco. – um braço meu estava nos ombros de Bill e o outro estava nos ombros de Georg. Com a perna direita eu fazia força para acompanhá-los na caminhada já que com a esquerda eu não conseguia movimentar direito.

Tinha a porra de um cano de ferro atravessando a minha barriga.

Eu ia morrer.

Tossi e um pouco de sangue caiu em minha roupa. Bill me olha assustado e acelera os passos para o carro.

S/n: Ai meu Deus, não morre! A gente ta quase chegando no carro!

Gustav: Aquela mulher ta desacordada mas eu não sei até quando.

Georg: Faz quanto tempo que ela não toma um banho mano?!

Gustav: Tava fedendo pra carai.

Eu acabo sorrindo e Bill me olha preocupado.

Tom: Tá de boa, eu vou me curar.

Bill: "Tá de boa" é o caralho, cadê ele?! Por que ele sumiu justo agora?!

Tom: Não sei. – sentia meu sangue escorrer da ferida que o ferro fazia. O atrito contra o cano fazia minha pele arder como se a cada puxada de fôlego fizesse a pele rasgar mais. – Não faço ideia. – meu pulmão queima e eu tusso de novo. – Para, para, para, para.

Os dois que estavam do meu lado pararam na hora e me olharam como se estivesse com o coração na boca.

Bill: O que foi?!

Tom: Eu não consigo mais andar, não da mais.

Minha cintura queimava e minha perna formigava, qualquer passo que eu desse com essa perna sentia que ia morrer.

Bill: Dá sim, se você continuar aqui vai morrer, eu não vou deixar isso acontecer!

Tom: Não dá, não dá. – tirei o braço dos ombros de Bill e apoiei a mão na barriga, o ar já estava começando a faltar. Eu precisava sentar e ficar quieto.

Georg: Aguenta mais um pouco, por favor, não ta tão longe. – estávamos no meio dos carros que pertenciam a muitos que morreram na casa.

Tom: Se eu andar mais um pouco vou morrer andando.

S/n: Você consegue, por favor vai pro carro.

Tom: Não consigo. – comecei a cair e Georg me segurou como pôde. Cheguei até o chão e a dor fina se espalhou pelo resto do corpo como um raio assim que consegui sentar. Encostei as costas no carro atrás de mim e Bill se ajoelhou em minha frente.

Bill: CADE AQUELA FILHA DA PUTA?! VOCÊ VAI MORRER!

Tom: Ele deve ta acabado...

Bill: MAS VOCÊ TÁ MORRENDO, PORRA! – Por mais que ele gritasse, sua voz falhava e seu rosto já estava completamente molhado com as lágrimas que escorriam.

Gustav: Sério que ele não tem mais nenhuma força?

Tom: Não consigo me curar, isso pode ta prejudicando ele também.

S/n: "Ele" quem?! De quem vocês estão falando?!

Georg: Do que ele precisa pra voltar?!

Tom: Do meu corpo melhor, ele apanhou mais do que eu.

Bill: Pelo amor de Deus, quer que eu arranje uma galinha agora?!

Gustav: Acha que eu tenho uma galinha enfiada no cu pra dar pra ele, meu filho?!

Georg: Tem os corpos na casa!

VENOM • TOM KAULITZOnde histórias criam vida. Descubra agora