Não sou tão forte sem ele...

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Uma faca cega cortava a minha coxa enquanto eu gritava e apertava a corrente que me prendia.

Gale: Nem deve doer tanto assim... se eu afundar... – agora ele fincava a lâmina em meu músculo.

Tom: O que acha de eu afundar essa merda no seu c-

A faca foi arrancada da minha perna e colocada em meu pescoço, sujando minha pele com o meu próprio sangue.

Gale: Você não acha que está escondendo demais o Venom de mim?

Tom: Tá tão interessado assim no Venom? – eu sorrio e sinto a perna queimar. Eu não tinha mais o Venom comigo então eu podia morrer a qualquer momento, e sentia que isso não estava tão longe de acontecer. – Ele não curte a sua fruta, não. Então nem se anima. – sorri para ele e Gale me devolve esse sorriso, tirando a faca da minha garganta enquanto começava a gargalhar.

Ele ria e me fazia ter calafrios. Gale passou a mão na boca e sujou o rosto com o meu sangue. Ele se levantou e gritou, então eu olhei para baixo, encarando a minha perna com a ferida aberta. O sangue pulava dali e encharcava a calça surrada. Eu estava perdendo muito sangue e isso era preocupante.

Com sorte eu morreria em poucas horas e todo esse sofrimento acabaria de uma vez.

Com azar eu morreria em poucas horas e Gale perceberia que o Venom não estava mais em mim e iria atrás do Bill de novo, e eu não permitiria isso.

Eu não vou morrer...

Não posso morrer...

Mas não sou tão forte sem ele...

Gale para de gritar e se vira para mim, enfiando a faca na madeira da cruz – a qual eu estava apoiado – bem do lado da minha cabeça e eu passo o olhar da minha perna para o chão, olhando para o sangue de Bill que ainda estava sujando o chão.

Gale: FAÇA ELE SAIR! – ele tirava e furava a madeira várias vezes – FAÇA ELE SAIR! – sua voz esmurrava meu ouvido, além sentir que ia morrer também sentia que ia ficar surdo – FAÇA ELE SAIR!

Sinto o gosto de ferro invadir a minha boca mas não queria que ele visse que estava funcionando – seja lá o que ele estivesse tentando fazer –, então antes que o sangue o sangue pintar os meus lábios eu engulo o líquido e minha garganta aquece.

Minha bochecha estalou com o soco que Gale me deu. Só não cai no chão porque minhas mãos acorrentadas não deixaram. Sentia a dor dos meus pulsos machucados. Eles estavam com roxos e verdes espalhados com círculos grandes ali, misturando as cores.

Gale: Vou te matar aos poucos até você fazer ele sair. Não importa quanto tempo leve, nós podemos esperar. – seu sorriso estava sendo substituído. Seus dentes estavam ficando afiadas e grandes, e sua pele se misturava formando uma gosma nojenta. Era vermelho e parecia sangue como se a pele de Gale tivesse sido virada do avesso. Ver aquilo fez me estômago revirar e querer botar o sangue que eu engoli para fora.

Carnificina: Mal posso esperar pra arrancar a sua garganta com os dentes. – saliva pingava dos seus dentes enquanto ele sorria.

Tom: Vou levar vocês pro inferno comigo.

Carnificina: Então vamos adorar conhecer o diabo juntos.

Tom: Vocês mexeram com a minha família, pode ficar tranquilo que eu mesmo vou ser o diabo de vocês.

Vi seu sorriso vacilar e aquilo fez minha alma tremer, eu não sabia o que esperar dele. Sabia que Gale não me mataria porque queria o Venom, mas eu não sabia o que o Carnificina poderia fazer.

VENOM • TOM KAULITZOnde histórias criam vida. Descubra agora