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— TORI DIAZ —
Duas semanas haviam se passado. Eu estava me adaptando bem a nova escola.
Megan continuava espalhando por aí que eu era a garota por trás do blog da escola, mas eu não ligava. Minhas notas continuavam altas.
E quanto a Walker, bem, ele está tentando. Não teve mudanças significativas, mas já estava melhorando.
Estávamos no meio da aula de matemática. Como sempre, o professor fazia piadas para nos divertir, e desta forma, achávamos aprendendo o conteúdo de um jeito bem mais fácil.
Estavam todos rindo da piada que ele acabara de fazer. Porém este momento acabou quando uma mulher da secretaria apareceu na porta.
— Com licença — a mulher disse. — Não vou tomar muito do seu tempo, professor. Só vou pegar um de seus alunos emprestado.
- A vontade, se quiser, leve todos! — ele respondeu e nós rimos.
— Senhorita Castellani? — ouvi meu nome ser chamado. Levantei a minha mão para que a mulher pudesse me identificar.
— Diaz, por favor — a corrigi.
— Certo. Venha comigo, a diretora quer falar com você.
Neste momento, ouvi diversos barulhos. Muitos dizendo coisas como "Se ferrou" "Aprontou foi?" "Com certeza não volta viva".
Revirei meus olhos e acompanhei a mulher.
(...)
Ali estava eu, na frente da diretora. Sua sala ainda mais escura, me dando arrepios.
— Então, senhorita Castellani — ela se levantou de sua cadeira e começou a andar pela sala. — Você foi a última aluna que entrou nesta escola até o momento — eu assenti. — Porém, já deve ter convivido tempo o suficiente nesta instituição para saber as regras.
— Sim — respondi quase sem voz.
— Muito bem. Eu posso saber, o que você acha a respeito de fofocas, senhorita?
— Fofocas? — senhora concordou. — Bem, eu...
— Acha divertido? — me interrompeu.
— Não!
— Não foi isso que Megan me disse — essa menina de novo?
Neste momento, a Grace mais nova entrou na sala. Exalava confiança a cada passo que dava, os cabelos balançando livremente atrás de seus ombros. Ela se sentou ao meu lado.
— Então, senhorita Grace — embora ela tentasse manter a formalidade, olhava para Megan como se ela fosse uma de suas bonequinhas favoritas. — Pode repetir exatamente o que você me disse hoje pela manhã?
