O quartel da marinha está bem agitado, depois da queda de crocodile no reino de Alabasta, os cidadãos cupão o governo por acoberta os atos de um pirata, o posto de Shichibukai virou uma piada para a população já que a marinha usa forças inimigas para fazer aquilo que não conseguem, em troca de não caçarem os piratas que ajudam a caçar outros piratas.
Akainu deixou bem claro para todos que se um dia assumisse o comando derrubaria esse sistema de humilhação, muitos não concordam em como Akainu deseja liderar a marinha, e eu sou uma delas, pessoas inocentes não devem levar a culpa ou serem sacrificadas para alcançar um objetivo maior, se matarmos eles, não seremos diferentes dos piratas que caçamos.
- Até quando vai deixar esses cretinos fazerem o que quiserem? As pessoas estão falando que um pirata com chapéu de palha fez o trabalho da marinha. Akainu quase cuspia as palavras de indignação, pra ele era muita humilhação
- Temos que manter a calma, precisamos da ajuda deles, foi apenas um deslize que deixamos passar, vamos dobrar a atenção para que não ocorra mais esse tipo de problema, Sengoku ajeita os óculos enquanto fala calmo, ele sabia melhor do que ninguém que Akainu tem um temperamento forte e que não gosta de ser subestimado por piratas.
Praticamente foi um rosnado de descontentamento foi o que saiu da boca de Akainu com a resposta do seu superior, a reunião acabou no momento em o almirante esquentadinho se retirou da sala, fiquei apenas observando os outros almirantes e os vices saírem da sala, quando o silencio se fez presente só restava eu e o inspetor.
- Quando vai me deixar sair? cruzo as pernas apoiando os cotovelos no braço da cadeira, o mais alto direciona seu olhar para mim, mas de imediato não se ouve nada da sua parte, apenas seu bode berrava atormentado meus ouvidos, um suspiro veio quando o animal não quis mais comer os pedaços de pão amanhecido e duro que o velho oferecia.
- Minha jovem Saari, seu coração esta repleto de magoas, enquanto estiver com essa sede de vingança não autorizarei sua saída dessa base. Suspiro longo enquanto mostro inquietação.
- Eu não sou mais uma criança velhote, e você não pode me manter aqui pra sempre, eu quero sai....
- Não, você quer sujar suas mãos de sangue!! minha fala e cortada na metade pela voz saindo mais autoritária
- Se eu quero ou não isso já não é mais da sua conta, o que você fez depois que o papai morreu... NADA. Fico em pé ao levantar a voz - E o culpado por isso está livre, saiu impune e não pode ser caçado por essa regra idiota que você criou
- Eu estou pensando nos seu bem, Doflamingo é forte demais, você só está antecipando sua morte
Com passos lagos e apresados que ao caminhar esmagava o chão por descontar minha raiva, sai da sala deixando Segonku sozinho mergulhados nós seus pensamento, ele não poderia me segurar pra sempre, isso só duraria enquanto eu ainda fosse marinheira, fui pro meu quarto e fiz uma pequena mala com um bolsa verde escuro com o tecido meio gasto, as roupas nas quais me esforçava tanto para manter limpas e passadas para demostrar tamanho respeito no corpo, o terno branco e azul da marinha foi jogado de lado e substituído por uma calça marrom, blusa preta e o tão famoso casaco de penas negras de meu pai, minha vida iria mudar mesmo sem o apoio do meu avô, a morte de Rosinante não seria em vão, Doflamingo irá conhecer a queda, nem que pra isso eu tenho que usar minhas próprias mãos e métodos.
Naquela noite, deixei a base da marinha, deixei de carregar o brasão do Governo nas costas, para meu avô ficou apenas uma carta com palavras bonitas de desculpas e despedida, se a marinha não irá fazer justiça então uma simples civil fará, peguei um navio que cortaria praticamente todo mar da Grande linha e me guiara as aguas do Novo Mundo , minha passagem para Dressrosa , onde o Demônio de penas Rosa está vivendo tranquilamente, onde finalmente meu Querido tio irá conhecer sua sobrinha.
A viagem durou cerca de duas semanas, e nesse tempo pude refletir, lembrar e armazenar a dor, fazer ela fluir por cada veia do meu corpo, a dor seria meu gatilho, a raiva minha direção e a vingança meu objetivo, sabia que não seria nada fácil e que o Shichibukai não confiaria em mim, cair no mesmo golpe duas vezes é o tipo de burrice que ele nunca cometeria, então já estou bem ciente das dificuldades que passarei, do sangue que terei que derramar e da culpa que me forçarei a carregar, sabia de tudo isso no momento em que sai da sala do meu avô, no momento em que dei as costas para aqueles que se dizem justos, mas se aliam com os injustos.
Ao chegar ao reino notei a presença de enormes formações rochosas localizadas nas fronteiras da ilha, com portos situados em entre eles, com os pés já em terra ando pelas ruas da cidade de Primula como era lindo, aquele lugar não parecia ser governado por um homem tão cruel e repugnante, a cidade era colorida, limpa e todos pareciam muito felizes, os edifícios são colorido e extravagante, e muitos deles têm padrões ondulados e telhados xadrez.
Meus passos é ouvidos somente por mim junto ao coração ansioso, estou arriscando minha vida em talvez uma tentativa falha, não era um bom plano, mas era o único a qual me segurar, era tudo que carregava comigo além de uma mala de panos velhos, a caminhada até o castelo levaria algum tempo afinal preciso chegar ao centro da ilha onde ergue-se uma estrutura enorme, rochoso chamado de Royal Plateau, que apoia o Palácio Real em sua parte superior.
Após algumas horas de caminhadas e olhares tortos de julgamento de acordo que ia subindo finamente cheguei ao portão do castelo, neste momento faltou coragem, eu poderia ser morta ali mesmo, assim que cruzasse esse enorme portão, mas me mantive firme, enquanto minha cabeça e meu coração seguia em um conflito, levo a mão esquerda para bater na madeira anunciando minha chegada, ele se abre sozinho, seguro com mais firmeza minha bolsa.
Um homem alto de capa e calça vermelha aparece do outro lado segurando uma espada, era agora que devo colocar meu plano em ação, interpretar um papel e ser alguém que causa repulso no meu ser, ser aquilo que Doflamingo esperava que meu pai fosse, devo me transformar naquilo que o mundo sente medo ao ouvir o nome , me torna uma merda de um Dragão celestial.
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Memorias cravada nas costas
FanfictionCom uma sede de vingança camuflada de justiça, Saari deixa o posto de marinheira para vingar a morte de seu pai, e passa a se infiltrar na casa de quem deseja a morte, seu tio Doflamingo, porém para conseguir a confiança do Demônio Celestial, a garo...