Flores amarelas

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Law se despediu de Saari, e a viu partir em um pequeno barco que encontraram na terra congelada, agora o mesmo está sozinho atrás do cientista que foi capaz de produzir a primeira Smile,ou assim dizer uma akuma no mi artificial, o cientista que está sobre a proteção de Doflamingo, ele seria uma boa arma, uma vantagem nessa luta, que certamente será traçada. O cirurgião andou pela a ilha atento para encontrar o tal laboratório localizado no meio a neve, sua atenção era redobrada pois a entrada poderia estar coberta de neve

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Havia uma semana que Law tinha chegado na ilha, e nesse tempo não teve nenhuma noticia de Saari, suas duvidas sobre a garota cresciam a todo momento, ele estava ciente de que confiar nela foi uma decisão arriscada, mesmo assim decidiu apostar nela, pois se ela realmente é filha de Corazon isso seria uma maneira de retribuir um favor ao falecido amigo, que também foi como um pai pra si.

Law estava caminhando nos corredores subterrâneos do laboratório, o rapaz conseguiu encontrar tanto o laboratório quanto o cientista de um parafuso  a menos, Caesar só aceitou a presença de Law na ilha em troca da cura do pessoal que restou.

Punk Hazard antes de se torna esse ruina foi considerado uma ilha farta e cheia de cidadãos, junto ao laboratório do maior cientista do mundo Vagapunk, Caesar era funcionário de Dr. Vagapunk, mas sua ambição era totalmente ao contraria do grande cientista, Caesar queria testar tudo que tivesse ao seu alcance sem importar o que custaria ou em quem atingiria, em uma das suas experiências, Caesar soltou um gás venenoso altamente toxico na ilha que causou morte de muitos e evacuação de toda a população, apenas os prisioneiros ficaram em suas celas, os dois cientistas deixaram a ilha, mas cerca de um ano depois Caesar retornou e com a ajuda de sua akuma  no mi purificou o gás toxico e recrutou os prisioneiros que sobreviveram ao gás, mas ficaram deficientes, com as pernas paralisadas, o Cientista maluco fez o que pode para ajudar essas pessoas a voltar a andar, depois da purificação da maior parte da ilha alguns anos depois ocorreu a batalha de dois almirantes no intuito de resolver suas diferenças e quem ganhasse assumiria o poste de comandante das frotas como sucesso de Sengoku, a batalha foi tão intensa que causou mutações climáticas e ambientais em toda ilha.

A ilha foi dividida em dois climas totalmente opostos, um lado congelado como uma era glacial, onde costumava nevar de maneira constante e ter temperaturas baixíssimas, onde se afundava em meio a neve e onde se localizava a entrada do laboratório, esse foi o lado em que kuzan lutou e foi derrotado, deixando a marinha por não concordar com os ideais de akainu, o lado de Kuzan foi chamado de terra congelada, e do outro lado, praticamente tudo destruído, a agua fervia, e o vento era como um vapor que saia da panela quando cozinhava uma comida, o chão a maior parte era obsidiam e a outra parte magma, a lava fluía como um rio ao caminho ao inferno, essa era o terra queimada, o lugar onde nasceu o comandante das frotas akainu.

  Dessa maneira, por causa dos vários ataques a ilha, Caesar fez uma acordo com o cirurgião, o shichibukai poderia ficar na ilha em segredo do restante do mundo se ajudasse os sobreviventes, Law aceitou a proposta de ajudar o cientista, essa era chance que ele tinha de se aproximar ainda mais de Dressrosa sem levantar suspeitas de Doflamingo.

                              ----------------------------------Saari 💢-------------------------

Depois do ocorrido na noite de sua chegada, Saari ficou um bom tempo totalmente a mercê da morte, seu corpo foi marcado mas uma vez pelas dores e açoitada com mais traumas e ódio, a repulsa que sentia a impedia de pensar, seu foco estava embaçado pelas feridas incuráveis do seu coração, Saari tomou tantos banhos que sua pele rachava pelo ressecamento, mesmo assim não importava o quanto a agua escorria, ou o quanto esfregasse, o cheiro que a causava vomito, os toques que causava arrepios de medo, a voz que percorria a sua mente não iriam embora junto a agua do ralo.

Seus olhos negros que se encontravam vermelhos e inchados de tanto chorar não conseguia lavar a alma maltratada, mesmo quando dormia sua mente voltava aquele fatídico momento, Saari não queria apenas vingança matando Doflamingo, ela queria o ver sofrer, se remoer pelos seus pecados. Por uma semana Saari ficou em seus aposentos, sem conseguir sair, não por estar presa e sim pelo medo que sentia de encontrar com seu tio pelos corredores.

- Você vai encontra Law, mas dessa vez vai fazer o serviço direito, vai captura-lo e trazer ele pra mim, só assim você conseguirá a vingança de seu pai. Essa foram as ultimas coisas que pude ouvir dele naquele noite antes de desmaiar.

Depois de uma semana, consegui segurar na maçaneta da porta, na qual eu tremia todos os dias ao chegar perto, e ao abrir senti um tontura que fraquejaram minhas pernas como se eu tivesse enjerido varias doses de álcool, a porta do meu quarto ficava exatamente em frente ao do maldito demônio, sai dali as pressas mesmo tropeçando nas minhas próprias pernas não parei de acelerar os passos tentando me afastar o máximo possível do lugar que me causou dor, meus passos desajeitados foram interrompidos ao me chocar em algo duro, um corpo masculino, ao ver as penas rosas e a calça bregas meu corpo trava.

- Achei que morreria naquele quarto. A voz do homem soou pelo corredor causando eco, meu corpo tremia e ainda nem sequer tinha olhado pra ele. -  O café ta na mesa, seu treinamento recomeça hoje, não se atrase ou terá consequências, eu mesmo vou cuidar de você, te farei forte o suficiente para derrotar qualquer inimigo. Doflamingo passa ao meu lado deixando alguns rastros de penas por onde passava, assim que escuto o som da porta bater meus joelhos batem no chão.

- Desgraçado!!.... seu demônio, eu vou te matar seu filha da puta!!  Meus  olhos se enchiam de lagrimas, ser violada de tal maneira abriu um buraco de fragilidade em cada toque, em cada palavra soada. Me levanto seguindo para  a cozinha onde como a refeição em silencio, ninguém ao meu redor ousou trocar uma palavra comido, nem mesmo Viola, que pelo que parecia seus olhos diziam "eu sinto muito",  não que eu não soubesse que eles sabiam o que tinha acontecido entre quatro paredes, ou que ouviram os gritos de apelo, mas mesmo que todos estivesse ciente do que aconteceu, nenhum faria algo para impedir. 

Assim que essa refeição frustrante chegou ao fim, eu segui para o jardim onde se entra varias flores amarelas, a calmaria que esse local passava era consoladora, me sento em baixo de uma arvore com as costas tocando o tronco e a bunda com a calça sendo suja de terra, minha mente viajou e me lembrei da única memoria que tinha de Dressrosa quando meu pai ainda era vivo e eu apenas uma garotinha inocente, foi a primeira e a ultima que tive nesse campo de flores com meu pai.

💭⏳

Meu pai me carregava nas costa me mostrando o enorme campo de girassóis e dizia o quão lindo era, com um passo em falso nos dois estávamos no chão, ele ficou preocupado e garantiu que eu não tivesse machucado, apenas dei risada pois novamente papai tinha sido atrapalhado.

-Papai bobo, pisou errado de novo. Dou risada e logo ele me acompanha nas risadas. -Aqui e lindo papai.  Aponto para as flores ao redor.

-Sim Saari, mas se eu não conseguir impedir Doffy, tudo ficará em ruínas. Rocinante levanta comigo em seu colo e caminha com mais cuidado até a árvore, sentando comigo em seu colo.

- Por que o tio Doffy tá fazendo isso? Pergunto assim que sentamos.

- Porque ele é muito mal, ele quer tudo só pra ele, mas vamos dar um jeito de impedi-lo. Meu pai faz carinhos no meu cabelo.

- por que a gente é mal também. Fecho a cara fazendo cara de brava, nisso sinto ser virada de frente para meu pai, onde ele me olha com calma

- Não, porquê somos bons, e é assim que vamos impedir o tio Doffy de machucar as pessoas, sendo pessoas boas

Sorrio e nisso sou jogada pra cima dando risada de como meu pai me divertia.

  💭❌

- sendo boas pessoas?

Saari seguiu esse método por muitos anos, tentou fazer como o pai queria, até fez parte da marinha junto ao seu avô, mas isso não ajudou, não mudou nada e ninguém fez nada a respeito, Doflamingo tomou um reino inteiro e o governo acobertou, ele manipula as pessoas para ter tudo o que quer e quando quer, seu pai morreu sendo bom, pessoas boas morrem nas mãos desse demônio. Eu cansei de seguir o lado bom, eu perdi tudo pela bondade.

- Eu sinto muito papai

Memorias cravada nas costasOnde histórias criam vida. Descubra agora