- Obrigada pelo chá, - Victor acena para a xícara vazia. - Ficou realmente delicioso.
- Eu só fiz um saquinho, - respondo constrangida, apertando as mãos entre os joelhos. - Nada de especial.
- Mesmo assim. Você, provavelmente, também cozinha bem?
- Aham, cozinho.
Murmuro, desviando o olhar timidamente. Melhor Victor não saber que minhas habilidades culinárias são bem interessantes. Às vezes queimo, às vezes enveneno.
Tento dar uma olhada discreta no relógio. O homem já consertou tudo, então por que ainda não foi embora? Diretamente, não posso pedir. Seria desconfortável.
Ele veio ajudar, corrigir meu erro. E foi convidado pela vovó Mary, não posso expulsá-lo.
Então, preciso entreter o convidado. Bem, acenar aleatoriamente para suas histórias. Isso é o máximo que posso fazer agora.
Abraço a xícara com as mãos, aquecendo-me lentamente e me acalmando. Hoje, algo louco está acontecendo comigo.
Bem, não poderia o Impetuoso estar nesta casa. Se fosse assim, já teriam me enfiado em uma van e me levado para a sua cela.
- Jade, - o homem pigarreia, olhando sério para mim. - Eu queria te perguntar. Na verdade, oferecer...
- Oh, a vovó Mary chegou.
Eu pulo. Pego a cadeira que está balançando, evitando que ela caia. Com esperança, escuto o rangido da porta de entrada.
Victor é bom. Não quero magoá-lo com uma recusa. Mas ainda menos quero dar qualquer esperança. Afinal, não sinto borboletas no estômago quando o vejo.
"Sabemos. Por quem tens borboletas", a voz interior acorda imediatamente.
Eu me afasto.
- Oh, querido William, tudo foi consertado? - Vovó Mary comemora com entusiasmo exagerado. - Obrigada. Eu não duvidava que você faria tudo dar certo.
- Não foi nada de mais, 5 minutos e ficou feito. - O homem se despede.
- Isto é para ti. Eis o que significa não ter apenas a cabeça a funcionar. Tens habilidades para tudo.
Victor sorri de forma contida para esse elogio, mas eu sei que é para mim que está sendo dito. Outra tentativa de casamento.
É reconfortante que o homem se despeça rapidamente e se vá. Eu respiro aliviada quando a porta se fecha atrás dele.
- E então? - Mary sorri satisfeita. - Já o convidaste para sair?
- Não.
- Como não? Não propôs nada? Bem, eu vou colocar juízo nele! Eu estive fora por muito tempo. Esse tempo tempo era mais que suficiente para ele meter-te no ombro dele e levar pro quarto.
- Homens como ele não são do meu interesse!
Instantaneamente, eu me arrepio, abraçando-me pelos ombros. Para maior convicção, balanço a cabeça, como se isso tornasse a afirmação verdadeira.
O Impetuoso foi aquele que "metia no ombro e levava para a sua toca". Nada de bom veio disso.
- E do William já gostas, não é? - Mary imediatamente se agarra às palavras. - Um bom rapaz. Eu o conheço desde criança. Com ele, Jade, tudo vai dar certo. Pense nisso, antes que outra garota o conquiste.
- Vovó Mary, chega. Eu não estou com cabeça para relacionamentos agora. Eu ainda não estou pronta...
- Ah, vocês, jovens, não sabem de nada. Veja como foi na nossa altura! O rapaz partiu-te o coração - e tu como vingança, casas. E vivem felizes para sempre. Ah.
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A única para o Impetuoso
AçãoParece que esqueceste a quem pertences. Chase cobre-me com a sua sombra. Aquele mesmo homem que me queimou até às cinzas, mas para ele não foi o bastante. - Eu... não esqueci... Preciso de ajuda... - Se estiveres comigo, ninguém te magoará. Diz-me...