Caminho até Jade. Ela percorre o salão com o olhar, dando pequenos passos para trás. Lambe os lábios de nervosismo. Ela treme.
Essa vadia é esperta. Conseguiu escapar do Carter. Deixar-me. Pode não ter cérebro, mas de vez em quando faíscas aparecem, trabalha. Ela entende que está toda fodida.
A culpa é dela.
Não a forcei fisicamente. Ela veio por conta própria, sabia a quem estava visitando. Eu, como anfitrião caloroso, providenciarei uma recepção excepcional. Vou cumprimentá-la em todas as posições.
Dou um passo em sua direção. Aproveito cada segundo. Ela não vai a lugar algum, está encurralada. Como uma fera que sente a presa, rosno e me aproximando.
Jade apenas olha em direção à saída, e eu já estou sinalizando para a segurança. Eles não vão deixar escapar ninguém.
A garota balança em seus saltos, saindo do lugar. Sorrio, observando-a fugir para o fundo do restaurante.
Dou uma vantagem a ela. Aproveito o momento, sabendo que nada nem ninguém a ajudará.
A pequena vadia não vai mais se esconder.
— E os documentos? — Helena me chama. Nós estávamos discutindo...
— Cai fora daqui, — eu rosno, sem olhar para trás. — Livre.
A mulher ainda tenta dizer algo, argumentar. Mas sob meu olhar, ela não ousa. Rapidamente, ela recolhe suas coisas, voa para fora do restaurante.
Ela curva os lábios de desagrado, mas não me importo. Tudo o que foi discutido anteriormente desaparece completamente da minha mente.
Apenas um pensamento pulsa. A imagem loira da desgraçada que tomou conta de minha cabeça. Ela se infiltrou sob a minha pele de uma maneira que me dá vontade de matar.
Os dedos coçam. Com desejo de pegar a boneca. E puni-la. Porque não é possível simplesmente me trair e sair ilesa.
Mas se Jade pedir direito, podemos chegar a um acordo.
— Chase Cameron, — a administradora se aproxima. — Vamos resolver tudo agora. Vamos cuidar da mulher e...
— Eu mesmo vou resolver. Não quero ninguém por perto.
— Oh. Entendi. Então, devemos fechar o restaurante, já que você tem uma convidada especial?
— Não há necessidade.
Não vou ficar aqui por muito tempo. Vou resolver o que essa mulher esqueceu fazendo aqui. E levá-la para minha toca.
Mas desta vez, os olhinhos tristes e o sorriso provocante não vão funcionar. Não vou cair mais nessa.
A bondade acabou. A garota não apreciou o tempo que lhe dei. Era preciso tê-la fodido bem e, assim não teria se rebelado e fugido.
E eu decidi dar uma folga pela primeira vez. Quase como um cavalheiro, porra. E para quê foi isso? Da maneira boa, certamente, não funcionou.
Então, será da maneira ruim.
Eu empurro a porta do banheiro onde a garota se escondeu. Entro com estrondo. Jade pressiona-se contra a parede, assustada, deixa o celular cair no azulejo.
— Sentiu minha falta, boneca? — Eu sorrio, observando-a. Examino esfomeadamente cada curva. — Que carnaval é esse?
— Carnaval? Eu não entendo do que você está falando. Provavelmente, você me confundiu com alguém. E, aliás, este é o banheiro feminino.
— Pare de me encher o saco.
— Homem, eu não te conheço.
Vadia teimosa. Está a tentar resistir até à última, embora saiba que foi pega. Não há saída.
Eu poderia culpar as alucinações. Eu me senti meio louco nos últimos meses, mas agora, com Jade tão perto, não há mais dúvidas. Seus lábios inchados. A voz trêmula. Seus olhos diabólicos.
Perfuram até aos ossos.
— Está bem, — eu me aproximo dela. — Como quiser. Eu não me importo. Quem eu vou pegar.
Oh. Acertei em cheio. Jade se contorce, olhando descontente. Com raiva e desafio. A garota queima.
— Vá até sua Helena, — ela diz corajosamente. — Já que você não se importa.
Eu fico pasmo. Rindo dessa explosão de ciúmes e pressiono a garota contra a parede.
Coloco todo o meu peso sobre ela para que não fizesse barulho e pouso a palma da mão no seu pescoço esguio, pressionando os meus dedos para baixo. Para o corrigir, para lhe mostrar que não é assim que se fala comigo.
Toco-lhe nos lábios carnudos com o meu dedo. Imagino-me a passar a minha pila por eles.
Que ingénua. Achaste que seria diferente?
— Chase, — ela treme e me queima com o olhar. — Eu... Espera, por favor. Espera. Eu quero falar contigo.
— Devias ter falado antes, garota. Antes de te envolveres com o meu inimigo. Decidiste fugir de mim. Agora, o teu "eu quero" não vai funcionar.
— Bem, eu vim até você. Tenho tentado me encontrar contigo. Me dá só um minuto, por favor. Só preciso de tempo para me recompor. E depois falamos sobre tudo.
— Ainda não percebeste, né, boneca? O tempo de conversa acabou. Vamos ter que nos comunicar de uma forma diferente a partir de agora.
Viro a garota de cabeça para baixo. Coloco a palma da mão em suas costas, forçando-a contra a parede. Puxo seu vestido, aperto sua bunda firme.
Toco sem cerimônia, com força, em todos os lugares, verificando o que mudou nela enquanto isso. Empurro com o quadril... Ela geme, se contorce, me deixando ainda mais excitado. O sangue ferve e o ácido atinge meu cérebro.
Esperei por muito tempo.
Mas agora minha paciência se esgotou.
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A única para o Impetuoso
AçãoParece que esqueceste a quem pertences. Chase cobre-me com a sua sombra. Aquele mesmo homem que me queimou até às cinzas, mas para ele não foi o bastante. - Eu... não esqueci... Preciso de ajuda... - Se estiveres comigo, ninguém te magoará. Diz-me...