HELL'S ANGEL - Shadowhunters ( Tadução )✓

XXVIII

"Atacado por quê?" Alec já estava saindo do apartamento de Magnus, o Feiticeiro e eu logo atrás dele.

"O Bicho Papão." Eli brincou, revirando os olhos enquanto abria a porta que dava para as escadas.

"Tente ser mais sério?" Alec sibilou, trotando atrás do moreno. "É de Jace que estamos falando."

"Não é como se eu gostasse dele." Murmurou Eli.

"Vocês dois podem calar a boca?" Magnus bufou, tentando acompanhar nosso ritmo enquanto descíamos correndo as escadas. "Você está me dando dor de cabeça e, Atena, você não está usando sapatos."

Eu lancei um olhar para ele. "Oh, me desculpe, Magnus. Meus dois amigos acabaram de ser atacados e a primeira coisa que pensei foi em pegar os sapatos."

"Bem, se você planeja correr, como nós , sapatos teriam sido uma boa ideia."

Eu bufei, agarrando os braços dos dois Shadow Hunters para puxá-los para trás. Eles me lançaram olhares furiosos, mas eu os ignorei, segurando a ponta das mangas de suas jaquetas.

"Ninguém disse nada sobre correr. Você tem aqueles portais. Use-os."

Magnus revirou os olhos, mas obedeceu minhas ordens mesmo assim e nem 10 segundos depois, havia um portal roxo que brilhava como estrelas na nossa frente.

Sorrindo, dei um tapinha nas costas de Magnus e dei um passo à frente. "Chegando com força, Magnus."

O trio me lançou olhares estranhos e na minha escolha de palavras, revirei os olhos e murmurei para mim mesmo: "Porcos incultos".

Ao passar pelo portal, fiquei um tanto chocado quando ele não levou ao instituto ou a qualquer lugar próximo dele.

"Magnus, acho que sua magia desapareceu-"

Minha voz me deixou quando me virei e vi a parede de tijolos lisa e suja atrás de mim. Nenhum portal, nenhum vestígio de magia. Levei alguns segundos para perceber que estava em um beco. Do meu lado esquerdo havia um portão que tinha o dobro da minha altura e dava para uma estrada, e à minha direita eu não sabia para onde ele dava. Estava escuro como breu, nem um único sinal de luz iluminando-o. Nem mesmo a lua–

Como foi a noite?

"Você parece um cachorrinho perdido."

Minha frequência cardíaca acelerou com a voz baixa e gutural soando atrás de mim. Eu me virei lentamente, com medo de quem ou o que encontraria. Minha respiração engatou quando fiquei cara a cara com um homem alto, de cabelos loiros e olhos negros como breu.

"Quem..." Eu parei quando vi um rosto muito familiar atrás dele. Meu sangue congelou. "Daniel."

O homem de cabelos escuros e olhos azuis colocou a mão sobre o coração, fingindo estar magoado e lentamente caminhou até ficar ao lado do loiro. Os dois pareciam se elogiar juntos. Eles poderiam ter sido irmãos com a mesma expressão sinistra e o mesmo tipo de corpo. Eles até ficaram iguais.

"Dói ao seu velho que você não o chame de 'Pai'." Daniel suspirou. "Achei que estávamos melhor."

Apesar do meu medo, quase bufei. "É isso? Essa é a sua frase de um milhão de dólares que deveria despertar qualquer emoção em mim depois de todos esses anos?"

O pequeno sorriso de Daniel se alargou. "Eu não preciso de uma única frase para deixar você com medo, Thea ." Ele franziu o rosto ao pronunciar o nome que Henric me deu. "Que nome nojento, se é que posso dizer."

"E Azel está melhor?"

"Não, suponho que não. Embora eu não tenha nada a ver com isso."

Mas Magnus disse que fui nomeado por h–

"Você já terminou?" Meus olhos se voltaram para a loira que parecia ficar irritada. "Vocês dois estão desperdiçando meu tempo."

"Ah, cale a boca, Val." Daniel sibilou. "Eu disse que você não precisava vir."

Val?

"Você não estaria aqui se não fosse por mim."

"Estou rastreando minha filha há semanas; acho que poderia-"

"Namorados." Ambas as cabeças se viraram para mim quando o nome saiu da minha língua e eu juntei as peças. "Espere, você é Valentine? Aquele com quem o instituto está tão preocupado?"

Seus olhos negros se estreitaram. "Você quase parece desapontado."

"É só..." Olhei seu corpo alto e um tanto construído de cima a baixo. "Eu pensei que você seria um ogro gigante ou algo assim."

"E você não está aliviado por eu ser um homem normal de um metro e oitenta?"

Eu sorri, um olhar diabólico tomando conta dos meus olhos. "Estou aliviado por você ter usado meu pai para ajudá-lo a me capturar. Afinal, você não pode ser tão poderoso, se for esse o caso."

Daniel riu disso. "Oh, temos muito mais planos para você do que simplesmente capturá- lo. Você realmente acha que passei minha vida tentando encontrar você para apenas enfiá-lo em uma caixa no final?"

Eu fiz uma careta. "Você fez um péssimo trabalho. Demorou pouco mais de 10 anos para me encontrar."

"Bem, eu precisava de um pouco de tempo para... certos assuntos. E é claro, uma vez que encontrei e contei a Valentine sobre você, ele estava ansioso para me ajudar."

A loira sorriu, passando a mão pela minha bochecha, me fazendo estremecer. "Você não tem ideia do que tenho reservado para você."