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São Paulo
Carol | 12/01
~ aeroporto de Guarulhos.

— José Rafael, onde caralhos você está? - disse assim que ele atendeu o telefone.

Não acredito que esse filho de uma mãe esqueceu que eu chegaria hoje, sério, agora estou aqui, sentada esperando o bonito vir me buscar.

— Tô no estacionamento, vem - foi a vez dele dizer assim que atendi o telefone.

A sorte dele é que eu estava com duas malas só, e saí em direção ao estacionamento.

Cheguei lá ele estava com o uniforme de treino, e encostado no carro, assim que viu abriu um sorriso.

— Estava com saudade, baixinha - ele disse dando um beijo no topo da cabeça.

— Tamnem estava com saudade meu amor - disse dando um longo abraço nele, que fomos interrompidos por uma terceira voz.

— Sei que o casal estava com saudade, mas precisamos ir pro treino Zezinho- um menino, com uma cara de atentado apareceu na janela.

— Entra no carro que a gente tem treino agora, depois vamos pra casa- Zé disse entrando no carro, e eu fiz o mesmo.

— O que foi menino? Quer uma foto? - perguntei assim que sentei no banco e o menino não parava de me encarar.

—  Desculpa, tô pensando como o Zé conseguiu de conquistar, por que ele é estragadinho né? - eles disse virando pro Zé.

— Mano ela é minhas irmã, e eu não sou estragado- ele disse dando um tapa na nuca do menino.

— Sua irmã é? Hm, interessante, prazer Endrick - estiquei minha mãe e dele deixou um beijo nela fazendo o Zé dar uma tapa fraco nele.
— caralho Zé, que agressão sãos essas - disse passando a mão na nuca.

— Ciúmes, isso é ciúmes - eu disse rindo.

— Acho que foi uma péssima ideia de trazer pro treino - disse negando com a cabeça.

— Foi não, viu chegar avisando pra todo mundo que o trem tem uma irmã que é gata pra caramba e que escondeu ela da gente - Endrick disse todo animado.

— Vocês não sabiam? Zé?

— Por mais que nós somos amigos, ninguém sabia que ele tinha irmã, nem o Veiga que é o mais próximo acho que sabe - o mais novo disse dando de ombros.

— Eles não sabem mesmo, por que vai parecer urubu em cima de você, mas agora não da pra esconder - ele disse mostrando um sorriso amarelo.

Eu e o Endrick fomos conversando o caminho todo, esse menino é meio maluquinho da cabeça, não é possível.

— CHEGAMOS, eu vou logo contar a novidade pro pessoal - Endrick diz saindo do carro dando pulinhos.

— Eu amei esse menino - disse entre gargalhadas.

— Se comporte, por favor - ele disse pegando suas coisas e saindo.

Se comportar?

O que ele acha que eu vou fazer?

Agarrar  qualquer jogador que passe na minha frente?

Entramos no CT, e realmente, vou ter que me comportar, o tanto de homem bonito que tem aqui é brincadeira.

Assim que perceberam nossa entrada o Endrick já foi logo me abraçando pelo ombro.

— Galerinha, essa é o ouro guardado do trem - ele disse rindo.

— Porra Endrick, vou te quebrar - meu irmão disse tirando a mão dele do meu ombro.

— Oi gente - disse sorrindo, com puro nervosismo.

Corri os olhos pelo pessoal que estava ali, e parou em um jogador, que tinha uma carinha de bobinho sabe? Mas era tão gatinho...

— Qual é Zezinho, apresenta pro seus amigos - um menino, bem bonitinho por sinal, disse com sotaque.

—  Porra - resmungou-
— Essa é a Carol, minha irmã, Carol esses são: Rios, Piquerez, Veiga, Rony e Weverton - disse apontando pra casa um deles.

— ¿Hermana? ¿Bonita de esta manera?- Piquerez  disse fazendo todo mundo rir, menos o Zé.

— Tá engraçadão né uruguaio? - respondeu.

— Vamos Vamos! Opa, quem é a moça bonita? - Abel disse entrando na academia.

— Até você professor? - Zé Rafael disse passando a mão no rosto.

— Acredita que ele tava escondendo a irmã da gente professor? - Endrick disse fazendo ele rir.

Seguimos pro campo, eu fiquei sentadinha esperando o bonito terminar o treino.
Fiquei acompanhando o treino todinho, e quando eu resolvo pegar meu celular, senti uma pressão no rosto.

Puff

Levei um bolada bem no meio da cara.

Ah, qual é?

Quanto finalmente abri os olhos e levantei o rosto, o jogador estava na minha frente, desesperado.

— Oi? Tá tudo bem? Desculpa, foi sem querer, desculpa por favor - ele disse agachando na minha frente.

— Bem eu não estou né? Mas tudo bem - disse me levantando, droga, que tontura.

— Ei, calma, seu nariz tá sangrando, tá doendo? - disse me segurando, por que eu estava indo de Santos.

— Tá doendo um pouco, cadê o Zé? - perguntei segundando o nariz.

— Já entrou, vamos, vou te levar lá pra lavar o nariz - ele disse me guiando até a academia.

Que bela apresentação.

— Dr, tem como ver aqui se o nariz dela quebrou? - ele gritou fazendo todos olhar pra mim, que abri um sorriso amarelo no rosto.

— Como assim? O que houve? Veiga? — Zé apareceu desesperado.

— Ei calma, levei uma bolada, mas foi sem querer, tá de boa - eu disse apoiando a mão no ombro dele.

— Foi sem querer trem, de verdade - Veiga disse pro Zé.

Enquanto isso o médico mexia no meu nariz.

— Olha, o ideal é que seja feito um Raio x, mas pelo jeito quebrou sim - O dr disse.

Bacana

Quebrei o nariz no meu primeiro dia em SP!

Saímos em direção ao hospital, que era perto do CT, fiz todos os exames, e é isso, quebrei mesmo.
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First LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora