Veiga
15/01Era quase duas horas da manhã, e ainda estávamos na balada, Menino, Endrick e eu, acompanhando das meninas, Brendha Gabi e a Carol.
As três dançavam conforme a batida da música, mas só uma mantinha meu olhar preso, na verdade não parava de olhar pra ele desde que saímos de casa.— Mano, pelo amor de Deus tá feio já - o Menino me cutucou.
— Coitada da menina, precisou até ir no banheiro pra se hidratar - Endrick disse
— Que? Do que vocês estão falando? - disse dando um gole do energético que estava tomando.
— Ah Veiga, qual foi, tu tá secando a Carol desde que ela chegou aqui, parece adolescente quando vê mulher bonita - Brendha disse.
E o pior que é verdade, mas ela tava linda, impossível não olhar.
— Mano, da um beijinho nela, não mata ninguém - Endrick disse dando risada.
— A gente falou a mesma coisa pra ela amor - Gabi disse pro Endrick.
— mas acho que não vai ser possível por que a santaninha tá vindo pra cá - Endrick disse balançando a cabeça em sinal de negação.Porra, o que ela tá fazendo aqui?
Ela veio na nossa direção, e o pessoal saiu de perto, me deixando ali com ela, e na minha cabeça só passava a Carol, não sei por que.
— O que você tá fazendo Veiga? Achei que não saía mais pra balada depois do nosso relacionamento - ela disse num tom irônico,
— Vim com meus amigos - disse limpando a garganta.
— Eu estava com saudades - ela disse pegando minha mão e pousando na perna dela, chegando mais perto do meu rosto.
— Bruna.... para - disse tentando afastar dela, que me olhou surpresa, mas eu só estava com medo da Carol ver essa proximidade, por algum motivo eu me preocupava com isso.
— Vai me negar mesmo Raphael? - ela disse brava
— Você terminou nosso relacionamento do nada, não falou mais comigo, aí chega assim? Olha, eu to seguindo minha vida, e faça a mesma coisa. - disse me levantando.
— Raphael, você se importa muito com tudo, por isso que eu fiz o que fiz, te trai, e não me arrependi de nada que eu fiz - ela disse e saiu batendo pé.
Meu Deus, como pode? O que eu fiz de errado? Eu me importo muito? Esse é o meu problema?
Fiquei um tempo ali pensando até o Endrick chegar.— Irmão, ajuda a Carol lá em baixo, por que ela tá muito louca, falando nada com nada e quase bateu na Bruna - ele chegou desesperado.
Desci junto com ele, e ela estava lá, linda e bêbada, dançando com um carinha que eu nunca vi na vida, e eu tenho certeza que ela também não, confesso que fiquei com um pouquinho de raiva ao ver a cena.
— Carol vamos, tu tá muito bêbada - cheguei abraçando ela pelo ombro, fazendo o cara sair de perto dela.
— Não tô bebada veiguinha, eu tô com raiva - ela disse arrastado, o que foi engraçado.
Com muita luta levei ela pro carro, o Endrick foi embora com o menino então era só nós, eu e a bêbada.
Assim que ela entrou no carro, ela capotou.
Chegamos em casa, ela estava tentando ficar firme, tirei o salto dela no carro, pra não correr o risco dela cair e se machucar.
— Carol, já estamos em casa - disse assim que entrei com ela no apartamento.
— Não me chama de Carol, pode me chamar de amor - ela disse vindo pro meu lado.
— Vai tomar um banho vai, seu mal é sono - eu disse pegando ela pelo braço e levando pro quarto.
— Veiga se sabe que você não faz meu tipo né? Mas eu tô doida pra te dar um beijo - ela disse fazendo biquinho, eu soltei uma gargalhada sincera, por que tava muito engraçado ela falando.
— Carol, ainda bem que você não vai lembrar de nada amanhã, vai pro banheiro vai - disse empurrando ela até o banheiro.
— Eu não vou tomar banho - ela cruzou os braços fazendo bico.
A madrugada vai ser longa.
— Bora minha filha, amanhã a gente tem que trabalhar- eu disse saindo e pegando uma toalha pra ela.
E quando eu voltei ela estava tomando banho com o box aberto.
Minha reação foi fechar meus olhos, e entregar a toalha pra ela e sair do banheiro.
Sentei na cama e joguei meu corpo no colchão, pensando em milhões de coisas tristes, por que a minha situação estava complicada.
Fechei os olhos mas apenas a imagem da Carol vinha na minha frente.
— Sai da minha cabeça menina - disse chacoalhando a cabeça na tentativa de dispersar esses pensamentos.
Mas fui interrompido por um peso no meu colo.
Essa menina é terrível, juro que tô tentando me controlar aqui em baixo, mas tá difícil com ela em cima de mim, só com uma toalha enrolada no corpo.
— Carol para pelo amor de Deus - disse baixo tentando tirar ela de cima do meu colo, mas só piorou, por que ela passou a mãos pelo meu pescoço.
— Vai me dizer que não quer? - ela disse baixinho no meu ouvido, e foi o suficiente pro meu amigo acordar completamente.
— Eu quero, mas quero que você se lembre de cada detalhe - disse conseguindo tirar ela de cima de mim.
— agora vai se trocar que eu vou tomar banho e dormir.— Dorme aqui comigo, por favor - ela pediu num sussurro.
Ela tá maluca que eu vou dormir com ela, eu só concordei por que sabia que ela iria capotar no tempo do banho.
Mas sei lá, eu tomei banho e voltei pro quarto dela, e ela estava acordada ainda, não sei se isso é bom ou ruim.
— Achei que você não ia vir - ela disse arrastada.
— É, eu achei que não ia vir também - respondi deitado na cama.
O que eu tô fazendo?
O que deu na minha cabeça meu Deus?
To aqui indo dormir de conchinha com a irmã do meu amigo.
Ela se arrumou pra dormir, deitando em cima do meu peito e jogando as pernas em cima das minhas, e num ato involuntário comecei a fazer cafuné no cabelo dela, e assim dormimos.
